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Comparação da matriz energética brasileira com demais países

Por:   •  10/1/2018  •  3.183 Palavras (13 Páginas)  •  489 Visualizações

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O objetivo desse trabalho é analisar as matrizes energéticas sul-americanas em comparação com o Brasil.

Fundamentação teórica

- Matriz Energética

Segundo Reis, Fadigas e Carvalho (2005), uma matriz energética é o balanço das fontes de energia utilizadas por uma sociedade e das formas como são utilizadas, feito anualmente pelo governo de cada país. Seja na indústria, na produção de energia elétrica ou nos transportes, é necessário haver uma fonte de energia que possibilite o funcionamento das máquinas e realização dos trabalhos. A matriz é calculada para acompanhar as necessidades de energia da sociedade e planejar a curto médio e longo prazos para que ela não falte. O que a torna um instrumento fundamental para a execução de um planejamento correto e para o estabelecimento de políticas e estratégias, quando elaborada para cenários futuros.

Segundo Mano, Pacheco e Bonelli (2010), essas matrizes são classificadas em: renováveis e não renováveis. Os recursos não renováveis consistem na produção de energia através de petróleo, carvão mineral e vegetal, gás natural, entre outros. Já os recursos renováveis, são classificados em energias eólica, solar, hídrica e biomassa. Em relação ao Brasil, grande parte de sua matriz energética está volta para os recursos renováveis, tanto que é considerada como o país com a maior matriz renovável do mundo, com quase a metade da sua produção de energia voltada para os recursos renováveis, provenientes de fontes como recursos hídricos, biomassa, além das energias eólica e solar.

Em contrapartida, parte de suas fontes de energia está voltada para os recursos não-renováveis, que se apresentam como recursos esgotáveis, ou seja, uma vez esgotadas, as reservas não podem ser regeneradas, como exemplo o petróleo e gás natural (fontes não renováveis mais utilizadas no país). Devido a sua queima, gases são liberados constituindo e agravando o efeito estufa. A AGENEAL - Agência Municipal de energia de Almada (S/D) comenta essa discussão:

“As instalações que utilizam combustíveis fósseis não produzem apenas energia, mas também grandes quantidades de vapor de água e de dióxido de carbono (CO2), gás que é um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa do planeta.”

Tratando-se da América do sul, esta é considerada como uma das regiões do planeta com maior capacidade em utilizar fontes alternativas de energia, devido a sua abastança de rios, petróleo, gás natural, além de considerar suas condições climáticas (ventos e sol), segundo GAMA (2012), Países como a Argentina, por exemplo, utilizam o gás natural como principal fonte de energia, além de menores porcentagens como o petróleo, hidráulica e nuclear, constado no jornal Folha de São Paulo de 2007.

Além de alguns países da América do Sul se beneficiarem com as diversas alternativas de energia que podem utilizar devido a sua localização, muitos desses conseguem exportar a matéria. Segundo a SEESP (S/D), a Bolívia, devido a sua abundância em gás natural, consegue exportar parte de sua fonte de energia com outros países, como um exemplo o Brasil, onde através do Gasoduto Bolívia-Brasil é transportado até chegar a Comgás (Companhia de Gás de São Paulo), no qual esta distribui à city gates (estações de redução e saída de gás) no Estado.

Seguem-se então as matrizes energéticas utilizadas nos respectivos países, os quais constituem a América do Sul, a figura 01 apresenta as matrizes energéticas dos países sul-americanos.

País

Descrição energética

Matriz energética utilizada

Chile

País de matriz energética frágil, já que tem que importar muitos dos recursos para produzir energia. Mas que tem buscado a sustentabilidade, através do investimento em novas formas de energia que sejam limpas e de baixo custo. Apresenta grande potencial para as energias renováveis não convencionais (ERNC).

62,9% advindas do petróleo, carvão ou gás natural; 31,2% da hidroeletricidade; 5,9% das ERNCs.

Paraguai

País que apresenta um produto interno de energia bem menor do que a utilizada. Provindo essa, na maior parte da Itaipu, e de outras duas usinas menores, a Acaray e Yacyretá. Procura investir no sistema 500vk, como resolução de seus problemas com a transmissão da energia que é produzida pela Itaipu, o que fará dele um dos potenciais energéticos do mundo, já que terá como conservar a sua energia.

72,5% provinda da Itaipu; e o restante das outras usinas hidrelétricas.

Equador

País com elevada dependência do petróleo em termos energéticos, o que demonstra um modelo não sustentável, que se não revertido, poderá trazer altos problemas econômicos, já que o recurso pode entrar em escassez. Com a ciência do balanço energético do país, investe-se em oito novas hidroelétricas.

90% advindo do petróleo; 4% do gás natural; 3% da hidráulica; 1,2% da madeira; 1,2% cana de açúcar.

Argentina

O país possui um crescimento econômico, que cresce juntamente com a demanda de energia, assim, aumentando-se a oferta. A Argentina tem investido em energia solar, e tem planos de investir em energia eólica.

51,62% de Gás Natural; 35,03% de Petróleo; 9% de Energia Renovável; 2,7% de Energia Nuclear e 1,48% de Carvão Mineral.

Venezuela

Tem o petróleo como principal produto econômico do país. Além de investir em energia eólica, como uma fonte de energia renovável.

74% de Petróleo; 15% de Gás Natural; 9% de Hidrelétricas e 2% de Carvão.

Colômbia

Sua produção já atingiu mais de um milhão de barris de petróleo por dia. Sendo o terceiro maior produtor da América do Sul.

43,2% de Petróleo; 17,5% de Gás Natural e 5,1% de Carvão.

Uruguai

País pretende aumentar em 90% de produção de energias limpas na matriz energética nacional.

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