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Características Agrônomicas do Milho

Por:   •  5/4/2018  •  2.391 Palavras (10 Páginas)  •  315 Visualizações

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O milho é uma cultura sensível a fatores bióticos e abióticos. O seu cultivo exige um rigoroso planejamento e execução correta do manejo, visando maximizar a produção e a capacidade produtiva. A produtividade do milho está diretamente ligada a fatores ambientais como: temperatura, luz, ventos e disponibilidade hídrica, o que determina a adaptabilidade dos diferentes genótipos, em diversas regiões do país (ANDRADE, 1995).

Os programas de melhoramento genético de milho já produziram híbridos e cultivares de excelente potencial produtivo e com caracteres agronômicos adequados a nossas condições ambientais. O híbrido AG 1051 é um híbrido que se adaptou bem em nossas condições climáticas, embora o solo do município seja relativamente podre devido as chuvas que carregam consigo os nutrientes encontrados no solo, isso faz com que necessite de adubações regulares. Segundo Andrade (1995) a adaptabilidade de uma determinada cultivar depende de fatores edafoclimáticos favoráveis para que a mesma desempenhe o seu máximo potencial produtivo. O híbrido AG 1051 é um híbrido que se adaptou bem em nossas condições climáticas, embora o solo de nossa região não seja rico em nutrientes.

É conhecida a importância do nitrogênio (N) quanto às suas funções no metabolismo das plantas, participando como constituinte de moléculas de proteínas, coenzimas, ácido nucléicos, citocromos, clorofila etc., além de ser um dos nutrientes mais relevantes para o aumento da produção. As doses baixas e o manejo incorreto do nitrogênio (N) são fatores responsáveis por baixas produtividades nessa cultura (Amado et al., 2002). A adubação nitrogenada influencia não só a produtividade, mas também a qualidade do produto em consequência do teor de proteína nos grãos de milho (Sabata & Mason, 1992; Landry & Delhaye, 1993; Zhang et al., 1994). O teor de N nas folhas é muito influenciado pela adubação nitrogenada e, segundo Killorn & Zourarakis (1992), a concentração foliar de nitrogênio reflete sua disponibilidade no solo, sendo que a sua análise pode ser útil na detecção de deficiência de N e, consequentemente, na predição de produção. Considera-se que a fertilidade do solo e o uso inadequado de adubações sejam um dos principais fatores responsáveis pela baixa produtividade das áreas destinadas para a produção de milho.

O nitrogênio (N) e o fósforo (P) são os nutrientes exigidos em maiores quantidades pelo milho e os que mais oneram o custo de produção, além de que, quando manejados inadequadamente, podem causar poluição dos recursos hídricos (Baird, 2002). A obtenção de altas produtividades de milho é diretamente dependente de elevadas doses de N (Amado et al., 2002; Sousa & Lobato, 2004). Todavia, respostas aquém das expectativas, mesmo com altas doses de N, podem ocorrer em razão da deficiência de P ou de outros nutrientes (Marschner, 1995). A deficiência de P pode induzir à deficiência de N, principalmente pela redução nas taxas de absorção de nitrato (Lee et al., 1992; Alves et al., 1998), e a separação espacial dos nutrientes pode causar menor acúmulo de ambos na parte aérea do milho. Para Büll (1993), é marcante a influência do N na maior absorção de P pelo milho.

Para a cultura do milho o potássio tem um grande impacto na qualidade da cultura, tem influência positiva sobre a massa de grãos por espiga, tem importância em vários processos bioquímicos como a fotossíntese, a respiração e a translocação orgânica ademais é um dos nutrientes mais extraídos pela cultura.

Segundo Stipp & Yamada (1988), a absorção de potássio pelas plantas de milho é mais intensa no período que antecede o embonecamento, sendo que 70% do potássio requerido pelasplantas é absorvida neste período. Porém a absorção de nutrientes até o final do ciclo da planta é importante para compensar as perdas excessivas que ocorrem nas folhas pela translocação dos mesmos para os grãos.

Alternativamente à adubação mineral, a adubação verde, principalmente com leguminosas, constitui-se numa importante maneira de adicionar N e reciclar outros nutrientes para as plantas, em virtude da liberação lenta e em sincronia com as necessidades das plantas (Amado et al., 2002; Araújo et al., 2005; Torres et al., 2008).

A realização desse trabalho justifica-se, pois busca obter informações técnicas sobre o melhor tipo de adubação para o melhor desempenho agronômico da planta, pois em nossa região não há nenhum trabalho que informem quais as maneiras corretas na utilização de adubos e a quantidade certa, para que a planta tenha o que tenha seu desenvolvimento adequado.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado na área de Culturas Anuais 1, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, campus São Gabriel da Cachoeira, considerado pobre em nutrientes. A semente de milho utilizada foi o híbrido duplo AG 1051 de ciclo semi precoce. O projeto foi constituído por unidades experimentais de 90 cm entre linhas e 20 cm entre plantas, divididas em 12 linhas de 20 metros.

Foram utilizados quatro tratamentos com três repetições cada, conforme segue: T1 – adubação com N (nitrogênio) e K (potássio), num total de 500 g aos 28 dias após o plantio; T2 – adubação com NPK, 500 g aos 28 dias após o plantio; T3 – adubação com N (nitrogênio) e K (potássio), num total de 250 g aos 20 dias e mais 250 g aos 40 dias após o plantio; e T4 – somente adubação de cobertura no plantio, num total de 500 g de NPK. A figura 1, abaixo, mostra um esquema da organização dos tratamentos na área de Culturas Anuais 1.

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Figura 1. Disposição dos tratamentos na área de Culturas Anuais 1, do IFAM, campus São Gabriel da Cachoeira.

O nitrogênio utilizado foi na forma de ureia (45% N) e o potássio na forma de cloreto de potássio, na proporção de duas partes de N para uma parte de K (KCl na concentração de 60 % de K2O). O NPK utilizado foi na proporção de 10-10-10.

Os tratos culturais e o controle de pragas foram realizados de acordo com a necessidade da cultura. A capina foi realizado de forma manual, e o controle de pragas foi feita através da pulverização.

Foram avaliadas as seguintes características agronômicas: altura da planta, número de plantas por metro, número de folhas da planta. As avaliações foram realizadas semanalmente, sendo selecionadas aleatoriamente cinco plantas de cada fileira. As medições e as médias do crescimento das plantas foram feitos semanalmente. Os resultados das médias

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