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Projeto de Conclusão de Curso - Milho Transgenico

Por:   •  26/3/2018  •  13.693 Palavras (55 Páginas)  •  296 Visualizações

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- – O surgimento dos transgênicos

Os transgênicos são organismos que possui em seu genoma um ou mais genes provenientes de outras espécies inseridos por processo natural ou, mais especificamente, empregando métodos da engenharia genética. Atualmente já existe no mercado mundial (especificamente no mercado americano), 56 produtos agrícolas geneticamente modificados. A maioria destes, produzidos a partir de sementes manipuladas geneticamente por laboratórios de empresas multinacionais (Jornal do Brasil, 1999).

A comunidade Européia encara com desconfiança os transgênicos, por considerá-los potencialmente nocivos à saúde humana (Jornal do Brasil, 1999).

O aparecimento dos transgênicos se deu em 1970, através da recombinação de trechos do DNA de uma bactéria, depois de inserido o gene de um sapo. Assim, se apresenta a cronologia da engenharia genética desde o século XVIII até os dias atuais, chegando ao surgimento e o aparecimento dos transgênicos.

Os primeiros registros de plantas híbridas apareceram em 1719. Em 1799, foi publicado o primeiro registro de cereal híbrido. Em 1876, foi publicado um trabalho sobre cruzamento de ervilhas. Em 1900, os Estados Unidos cultivou os primeiros milhos híbridos em seu país, dando assim o início a pesquisa dos genéticos. A primeira planta geneticamente modificada foi desenvolvida em 1983, que foi uma linhagem de tabaco resistente a antibiótico. Em 1989, nos Estados Unidos, 5.000 pessoas ficaram doentes, 37 morreram e 1.500 ficaram inválidas, após consumirem um suplemento alimentar feito de uma bactéria geneticamente modificada, produzida pela empresa japonesa Showa Denko. Mesmo assim, o governo americano, em 1990, aprova o primeiro produto modificado geneticamente, que é uma enzima para fazer queijos, e em 1994, chega aos supermercados americanos, o primeiro alimento transgênicos, um tomate que demora para amadurecer. Em 1997, é desenvolvido um milho híbrido rico em vitamina A, Zinco e Ferro (Oliveira e Campos, 2002).

- – Impactos e Vantagens

Nos Estados Unidos, os produtores deixaram de jogar três milhões de litros de agrotóxicos no meio ambiente por ano, pela adoção de variedades resistente a herbicidas e insetos. Para o Biotecnologista da Embrapa (Paiva, 2002) o Brasil, é candidato sério à utilização desta tecnologia para atender a sua demanda interna de grãos e se credenciar ao mercado internacional, com isso o produto se tornará mais competitivo podendo alimentar melhor as famílias de baixa renda (Anuário Brasileiro do Milho, 2002).

O Brasil, em 1998, aprova o plantio experimental de transgênicos em 48 áreas, em quatro estados. A empresa Monsanto do Brasil obteve autorização para plantar comercialmente produtos transgênicos (soja Roundup Ready). Uma liminar concedida pela justiça proíbe a liberação do produto para consumo antes de um estudo de impacto ambiental.

Em 1999, O governo britânico estende até 2002, moratória sobre cultivo de transgênicos – Parlamentares propõem uma legislação que obriga a rotulagem de transgênicos nos EUA. Em conferencia sobre biodiversidade da ONU, em Cartagena, Colômbia, 170 países não chegaram a um consenso sobre um protocolo de Biossegurança.

Em 2002, a Alemanha proíbe o plantio e a venda de milho geneticamente modificado. E delegados de mais de 130 países assinam em Montreal, Canadá, o protocolo de biossegurança que prevê rótulos nos carregamentos de grãos, indicando que eles podem conter alimentos transgênicos (Oliveira e Campos, 2002).

- – Milho Transgênico

O Brasil, ainda engatinha quando o assunto é produtos geneticamente modificados. São lentos os passos da pesquisa pública no Brasil em busca do desenvolvimento da variedade transgênica de grãos comerciais.

Na área do milho, não é diferente, a falta de vontade política, batalhas judiciais e conflitos de argumentos entre a comunidade científica, ambientalistas e ONGs, fazem com que estudos sigam devagar. Para complicar ainda mais faltam recursos que seriam necessários para obter o domínio desta tecnologia. Vê-se que, no Brasil, os políticos não se empenham para que isto aconteça. Sabe-se que há outras empresas que não têm interesse algum que os transgênicos se desenvolvam, porque elas perderiam uma grande fatia do mercado com a entrada dos produtos geneticamente modificados.

As instituições públicas do Brasil, principalmente a Embrapa, Universidades e alguns órgãos regionais, desenvolvem pesquisas para a modificação genética do milho variedade e híbrido. A expectativa é que, com a estrutura necessária e uma provável liberação da comercialização e plantio deste organismo transgênico, sementes transgênicas, principalmente resistente a pragas, estejam prontas para entrar no mercado em três anos.

Segundo o Biotecnologista da Embrapa, Edílson Paiva, a introdução deste organismo geneticamente modificado, irá acrescentar elementos favoráveis à produção nacional. As pesquisas privadas estão muito à frente no controle desta tecnologia e dispõe de sementes para colocação imediata no mercado, enquanto as pesquisa públicas ainda estão bastante atrasadas. Os Institutos Públicos devem dominar as técnicas e o conhecimento como forma de disponibilizá-los aos produtores de maneira eficiente e segura quando houver esta demanda. É muito importante à socialização deste conhecimento, fazê-lo chegar aos agricultores (Anuário Brasileiro do Milho, 2002).

Com esta tecnologia poderá redução do custo com inseticidas e eliminação do uso de produtos com agrotóxicos. Não haverá perdas por ataques da lagarta-do-cartucho, principalmente pragas do milho brasileiro, aumentando assim, a produtividade na produção do milho.

Em 1995, não havia um hectare dos organismos geneticamente modificados no mundo. Atualmente, mais de 50 milhões de hectares de variedades transgênicos são cultivadas nos cinco continentes. O maior produtor são os Estados Unidos com mais de 70% de sua soja transgênica e 10% de milho transgênico com resistência a insetos.

É cada vez maior o grau de argumentos dos biotecnologistas para liberar a comercialização dos OGMs no Brasil. A inserção de genes em plantas, associadas a outras técnicas, poderá ter um gigantesco alcance social.

Segundo Paiva, à tecnologia de clonagem, a inserção de genes desejáveis em plantas de milho pode fazer com que num futuro próximo uma criança seja imunizada contra tuberculose e poliomielite ou suprir suas carências de uma determinada vitamina

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