CENTRO DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA CEFORTE
Por: eduardamaia17 • 31/5/2018 • 1.115 Palavras (5 Páginas) • 439 Visualizações
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Apesar de concluídas a reconstrução do Templo e dos muros da cidade, o estado espiritual do povo judeus estava decaindo. Os sacerdotes se descuidavam e tornaram-se indiferentes para com as funções no Templo. Frustrados, os judeus se tornaram orgulhosos, arrogantes e opressores para com as pessoas em geral e céticos e impacientes para com Deus.[6] (ELLISEN, 1991)
O formalismo e ceticismo eram os principais males da época de Malaquias. Podemos considerar esses males como o início do farisaísmo e saduceismo.[7] (LOPES, 2006).
Do ponto de vista político, nesta época temos a Palestina como integrante da quinta satrapia, Transeufrates, e Israel era uma pequena parte da província, sob o domínio do rei persa Artaxerxes I. Após a morte de Zorobabel, Neemias foi designado como governador da Judéia e exerceu seu cargo até 432 a.C. quando voltou a Pérsia.[8] (ELLISEN, 1991).
Mensagem
O objetivo da mensagem de Deus entregue para Malaquias foi de despertar o povo de sua estagnação espiritual, para possibilitar que Deus voltasse a abençoar suas vidas. Para isso o profeta tomou como base a ênfase na grandeza de Deus.[9] (ELLISEN, 1991)
A mensagem deste livro é uma sentença dada por Deus contra Israel, que era o povo da aliança, porém, aviam desprezado a aliança, insultando assim, o amor de Deus. Longe de corresponderem ao amor de Deus, O desprezaram, também Sua Palavra, o culto e as ofertas. Sendo assim, o juízo vem sobre o povo de Deus.[10] (LOPES, 2006)
Malaquias não se conformava em anunciar a palavra de Deus de forma mecânica apenas aos seus discípulos, mas sim em pregar a mensagem de Deus em praça pública, para que todos os homens e mulheres fossem confrontados em relação aos caminhos que decidiram seguir, em seus relacionamentos com Deus e na rebeldia declarada a lei de Deus. O profeta se empenha em debater com aqueles que questionam a bondade e justiça do Senhor.[11] (BRUCE, 2008).
A justiça do Senhor passou a ser questionada quando o povo não a via sendo aplicada sobre os ímpios. Parte destes questionamentos vinham pela falta de moral dos sacerdotes e porque o povo esperava que após a reconstrução do Templo, Deus mandaria prodígios e sinais entre o povo. Em meio a estes questionamentos, Deus entrega através de Malaquias uma resposta, dizendo que entrará na história e tomará as medidas necessárias, mas, sobre Seu povo.[12] (GOMES FILHO, 1988).
Ao final de sua mensagem, Malaquias relembra o povo da importância da Lei, estatutos e juízos, bênçãos e maldição e que através da Palavra de Deus, todos são chamados ao arrependimento. Deixa claro que a justiça do Senhor nunca falha e a verdade triunfará.[13] (LOPES, 2006). O profeta adentrou nas profundezas da Lei e dos profetas. Sua grande súplica é um relacionamento íntimo com Deus, que busca pessoas que andem com ele.[14] (BALDWIN, 1972).
Conclusão
No livro de Malaquias podemos ver que as bênçãos de Deus vem através da confiança e compromisso para com Ele. A justiça de Deus jamais falha e sempre virá no momento exato, por mais que os seres humanos não compreendam.
Joyce Baldwin completa dizendo que:
“O marcante impulso ético de Malaquias ainda não perdeu o ímpeto com o passar do tempo. Seu ensino, negativo e positivo, fere o coração do cristão nominal e descompromissado, como fez com o judeu”.[15]
Com isso temos um paralelo com os judeus da época de Malaquias e os cristãos de nossos dias, e vemos a importância que Deus dá para um relacionamento íntimo com Ele.
Referências Bibliográficas
ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o Antigo Testamento. São Paulo. Vida,
1991.
BALDWIN, Joyce G. Ageu, Zacarias e Malaquias. São Paulo. Vida Nova, 1972.
GOMES FILHO, I. Malaquias, nosso contemporâneo. Rio de Janeiro. JUERP. 1988.
REED, O. F. et al. Comentário Beacon: volume 5. São Paulo. CPAD, 2006.
BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamentos. São Paulo. Vida. 2008.
MEYER, F. B. Comentário Bíblico: Antigo e Novo testamentos. Belo Horizonte. Betânia. 2002.
LOPES, H. D. Malaquias: A Igreja no tribunal de Deus. São Paulo. Hagnos. 2006.
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