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A Sociedade do Espetáculo - Guy Debord

Por:   •  10/10/2018  •  929 Palavras (4 Páginas)  •  351 Visualizações

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de sua própria existência. O espetáculo na sociedade corresponde a uma fabricação concreta e intensiva da alienação.

Todo espetáculo, imagem e propaganda mostra uma gama imensa de tendências e objetos, com isso é capaz de ditar moda e até campanhas contra ou a favor de uma causa, denegrir ou arruinar, pois é a principal produção da sociedade atual.

Dessa maneira, a realidade não passa de uma simples imagem, e as imagens tornam-se realidade. A unidade que falta à vida, se recuperou no plano da imagem. Enquanto a primeira fase do domínio da economia sobre a vida se caracterizou pela notória degradação do ser em ter, no espetáculo chegou ao reinado soberano do aparecer. As relações entre os homens já não são mediadas apenas pelas coisas, como no fetichismo da mercadoria de que Marx falou, mas, agora, diretamente pelas imagens.

Para Debord, no entanto, a imagem não obedece a uma lógica própria como pensam, ao contrário disso, para o autor a imagem é uma abstração do real e o seu predomínio, ou seja, o espetáculo, significa um “tornar-se abstrato” do mundo. A abstração generalizada, porém, é uma sequela da sociedade capitalista da mercadoria, da qual o espetáculo é a forma mais desenvolvida. A mercadoria se baseia no valor de troca, em que todas as qualidades concretas do objeto são nulas em favor da quantidade abstrata de dinheiro que este representa. No espetáculo, a economia transformou-se em fim, a que os homens se submetem totalmente, e a alienação social alcançou por fim o seu ápice: “o espetáculo é uma verdadeira religião terrena e material, em que o homem se crê governado por algo que, na realidade, ele próprio criou”.

Em conclusão disso, fica em evidência que a sociedade do espetáculo se constitui em uma crítica rígida do autor em relação a toda sociedade, em especial a capitalista, que permite com que as imagens (representações da realidade), levem os homens à total passividade, aceitando como verdade em detrimento de sua própria percepção sobre os fatos. Isso acabou por fazer com que os indivíduos abdicassem da realidade, passando a aceitar apenas no plano de sua aparência.

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