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A População dos Idosos no Brasil

Por:   •  5/2/2018  •  2.891 Palavras (12 Páginas)  •  290 Visualizações

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É possível perceber, portanto, que vários fatores têm contribuído para aumentar a expectativa de vida da população brasileira: a descoberta da cura para várias doenças, vacinas, melhoria no saneamento básico, cuidados com a higiene pessoal, alimentação adequada e saudável, além do acesso às informações sobre os cuidados relacionados a saúde. (KALACHE, 1996; CARVALHO; BARBOSA, 2003).

Desenvolvimento:

Os Idosos com acesso a boa qualidade de vida

Qualidade de vida é um termo de interesse das áreas da Medicina, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, assim como do Marketing, da Economia e de outras áreas direta ou indiretamente relacionadas ao ser humano e ao seu bem-estar. Todos querem gozar de qualidade de vida (QV), independente de sua idade, raça, religião e meio sócio-cultural

Apesar de não haver uma única definição para QV, algumas merecem destaque, como a da OMS (2005) que define qualidade de vida como:

A percepção que o indivíduo tem de sua posição na vida dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores de onde vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito muito amplo que incorpora de uma maneira complexa a saúde física de uma pessoa, seu estado psicológico, seu nível de dependência, suas relações sociais, suas crenças e sua relação com características proeminentes no ambiente (OMS, 1994).

Costuma-se dizer que a idade determinante da velhice é 65 anos, quando se encerra a fase economicamente ativa da pessoa e começa a aposentadoria. Contudo a Organização Mundial da Saúde, através de estudo e levantamento estatístico mundial, elevou essa idade para 75 anos, devido ao aumento progressivo da longevidade e da expectativa de vida.

Em muitas culturas e civilizações, principalmente as orientais, o velho, o idoso é visto com respeito e veneração, representando uma fonte de experiência, do valioso saber acumulado ao longo dos anos, da prudência e da reflexão. Enquanto em outras, o idoso representa "o velho", "o ultrapassado" e "a falência múltipla do potencial do ser humano".

A expectativa de vida está aumentando em todo o mundo. O desenvolvimento sócio-econômico-cultural e a tecnologia conseguiram aumentar a sobrevida da espécie humana. Com isto, um número cada vez maior de indivíduos passa a sobreviver até 70, 80, 90 anos. Hoje, cem anos é uma idade possível.

Podemos afirmar que o envelhecimento populacional (aumento da proporção de idosos numa população) é um triunfo. Ele é resultado do desenvolvimento das sociedades, prova cabal das vitórias do ser humano sobre os percalços e adversidades da Natureza, até mesmo um atestado de competência para muitas políticas e programas.

Assim, as pessoas desejam viver cada vez mais, desde que essa sobrevida aumentada lhes proporcione uma vida com boa qualidade.

Para viver com qualidade o idoso deve manter um bom convívio com os vizinhos, com os amigos e com a família. Partilhar com as novas gerações os conhecimentos adquiridos ao longo da vida facilita a sua integração social.

O trabalho realizado com prazer é um meio de manter-se ocupado e melhorar a qualidade de vida. Formas de lazer como viajar, passear, dançar, jogar baralho, cultivar plantas, cuidar de animais, praticar exercícios e fazer artesanato proporcionam prazer e também melhoram a disposição.

Muitos idosos encontram na religião e na fé uma base sólida para o equilíbrio emocional e para a aceitação dos próprios limites. A prática da solidariedade e da caridade deixa as pessoas mais ativas e conscientes das realidades da vida.

A leitura e o estudo - alguns freqüentam a faculdade da terceira idade -, também são formas de atualizar-se e adquirir conhecimento, mantendo o cérebro sempre ativo.

Ao longo da vida, a pessoa precisa poupar e adquirir alguns bens que possam contribuir para sua segurança e conforto na idade avançada. Assim poderá prover sua alimentação, vestuário, transporte e assistência médica, sem depender da ajuda financeira dos filhos e parentes próximos.

A preparação para as grandes mudanças na vida decorrentes da aposentadoria e da perda de amigos e familiares é muito importante para a saúde psicológica do idoso.

A vida é um processo de aprendizagem constante, seja na infância, na idade adulta ou na velhice. O tempo produz limitações para o corpo, mas o idoso que permanecer ativo e integrado terá alegrias de forma ilimitada.

Os Idosos sem acesso a boa qualidade de vida

É importante enfatizar que, ao contrário do que muita gente pensa, velhice não está associada a má qualidade de vida. O processo de envelhecimento é bastante heterogêneo e pode levar a duas situações-limite: uma com qualidade de vida muito ruim e outra com excelente qualidade de vida. Entre esses dois extremos, existem inúmeras situações intermediárias.

Em nossa sociedade, existe um desejo contraditório que se constata desde cedo e é explicitado fortemente pelos jovens e adultos-jovens: o de viver cada vez mais. A longevidade é intensamente desejada pela maioria dos indivíduos, desde que sob certas condições: a primeira é a de não ficar dependente, o que é bastante compreensível, e a segunda, a de não ficar velho. Como se isso fosse possível! Não é possível envelhecer, sem ficar velho. Pelo menos no estágio atual do desenvolvimento tecnológico e científico da humanidade. E aqui está a contradição, reforçada pela associação freqüente entre velhice e experiências negativas. A maioria dos indivíduos deseja viver cada vez mais, porém a experiência do envelhecimento (a própria e a dos outros) está trazendo angústias e decepções, pelo menos em nosso país. Essa visão negativa do final da existência pode levar ao “medo de envelhecer” e ao “desejo da eterna juventude”.

Viver cada vez mais tem implicações importantes para a qualidade de vida. A longevidade pode ser um problema, com conseqüências sérias nas diferentes dimensões da vida humana, física, psíquica e social. Esses anos vividos a mais podem ser anos de sofrimento para os indivíduos e suas famílias, anos marcados por doenças, declínio funcional, aumento da dependência, perda da autonomia, isolamento social e depressão. No entanto, se os indivíduos envelhecerem mantendo-se autônomos e independentes, com participação na sociedade, cumprindo papéis sociais

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