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ATAQUES DE TUBARÃO NO BRASIL

Por:   •  26/8/2017  •  4.466 Palavras (18 Páginas)  •  482 Visualizações

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O objetivo desse trabalho é elencar os aspectos que envolvem essa temática, buscando trazer informações sobre as prováveis causas que levam os tubarões a atacarem pessoas, nas mais variadas instâncias, além de identificar os locais onde ocorrem uma maior incidência de ataque a humanos. Trata-se de animais marinhos que vivem nas águas oceânicas, mas, não muito incomum, podem aproximarem-se da costa, a procura de alimentos nas águas rasas e, dessa forma, ocorrerem os referidos ataques (SZPILMAN, 1998).

A relevância dessa pesquisa dá-se a partir dos pressupostos de que o conteúdo aqui explanado servirá de embasamento teórico para futuras pesquisas que buscarão discorrer sobre as várias particularidades que envolvem essa criatura marinha, tão temida pelo homem no seu habitat natural.

2 TUBARÕES: ASPECTOS GERAIS

Antes mesmo dos dinossauros aparecerem na Terra, há cerca de 400 milhões de anos, surgiram os ancestrais dos tubarões, animais que atualmente povoam os mares e oceanos de todo o planeta. De acordo com Stutz (1987), em virtude dos fósseis desse animais se decomporem de maneira rápida, os estudos dos ancestrais dos tubarões tornam-se difíceis.

Em virtude do seu tamanho, da sua força e da sua letalidade, os tubarões são vistos como animais perigosos e ameaçadores. Sua capacidade de locomoção na água faz com os mesmos levem vantagens ante suas vítimas e, invariavelmente são capturadas com facilidade, sem chances de defesa. Eles agem exclusivamente por instinto e suas reações à diversas situações são imprevisíveis (CARWAEDINE, 2002). São animais por natureza predadores que contribuem de forma relevante para equilíbrio dos ecossistemas marinhos.

Os tubarões são providos de dentes grandes e afiados, fixos às mandíbulas, constituídos de até vinte fileiras, de acordo com a espécie, e por não existir raízes dentárias, podem ser perdidos durante os ataques às presas, sendo substituídos por novos dentes na fileira de trás. Stutz (1987) discorre que durante a sua existência o tubarão pode perder até cerca de vinte mil dentes. De acordo com Szpilman (1998) a mordida do tubarão é muito potente, podendo chegar a 300 kg/mm.

A pele dos tubarões é recoberta por grande número de pequenas escamas, as quais são grudadas na pele, denominadas de escamas placóides. Têm sua estrutura semelhante aos dentes, servindo, dessa forma, como uma proteção contra possíveis predadores, as quais são substituídas de acordo com a necessidade. São estruturas escamosas precisamente apostas voltadas para trás, que reduzem o atrito com a água durante o processo de natação (ORR, 1986). O sistema nervoso dos tubarões é considerado muito primitivo. Constituído de um cérebro pequeno, o que propicia pouca sensibilidade à dor.

O ciclo reprodutivo dos tubarões é diferente dos outros peixes. Muitas espécies marinhas reproduzem-se rapidamente, o que contribui para a manutenção de um estoque considerável, para a perpetuação da espécie. Com o tubarão essa particularidade não é notada, uma vez que a maioria dos tubarões leva de dez a quinze anos para que a sua maturidade sexual esteja apta à reprodução. Esses animais reproduzem-se uma vez a cada dois anos, com um período gestacional bastante duradouro, além de 50% dos filhotes não sobreviverem (SZPILMAN, 2004, p. 31).

Esses gigantes dos mares têm uma enorme facilidade de localizar suas presas em virtude de possuírem receptores elétricos por toda a extensão do seu focinho, denominados de ampolas de Lorenzini. Tais dispositivos são bastante sensíveis, possibilitando que os tubarões consigam identificar várias nuances no seu meio ambiente, como também das outras espécies que constituem o ecossistema onde vivem, como por exemplo: a temperatura da água, a salinidade, a pressão, captar a presença de possíveis presas, mesmo que estejam muito distantes ou enterradas na areia (SZPILMAN, 1998; CARWAEDINE, 2002).

De acordo com o tipo de presa, o comportamento dos tubarões durante o ataque podem variar. Quando os mesmos têm a oportunidade de ataque a uma grande quantidade de peixes, por exemplo, torna-se altamente agressivo e empreende grande voracidade e agilidade no intuito de surpreender a vítima e capturar uma maior quantidade de comida. Tal comportamento é denominado de “frenesi”. Sua dieta alimentar é constituída de moluscos, plânton, mamíferos como focas, leões marinhos, filhotes de baleias, golfinhos, ovíparos como tartarugas e peixes variados, dentre outros (Carwaedine, 2002).

3 O ATAQUE DE TUBARÕES A HUMANOS: CAUSAS

Apesar da fama de predador sanguinário e impiedoso, os tubarões não são agressivos a humanos no seu habitat natural. Os ataques ocorrem à medida que o homem invade seus domínios, fazendo com que os mesmos defendam seu território. Grabianowski (2014) versa em sua literatura que os humanos não constituem a dieta alimentar dos tubarões, pois não fornecem carne com gordura, o que lhe daria energia suficiente para manterem-se ágeis e fortes na busca de presas. Peixes, tartarugas marinhas, baleias, leões marinhos e focas são as comidas preferidas dos tubarões (GRABIANOWSKI, 2014).

Muitos fatores são apontados como as possíveis causas de ataques de tubarão aos seres humanos. Dentre eles pode-se destacar a poluição dos mares, a derrubada das matas às margens dos rios, propiciando, dessa forma, o desaguamento de grande quantidade de sedimentos nos mares, causando uma coloração mais escura na água. Essa particularidade, de acordo com Falcão (2009, p. 50) pode acarretar em situações de ataque, pois em águas menos limpas, a visibilidade dos tubarões torna-se menor, o que, por si só, pode levar esses animais a confundirem os humanos com as presas que fazem parte do seu cardápio alimentar.

Em algumas vezes os ataques ocorrem porque mergulhadores insistem em tentar interagir com os tubarões, segurando a sua cauda, como é o caso dos tubarões dormedores, que preferem ficar imóveis no fundo do mar, à espreita das presas. Ocorre que essa espécie quando acha-se ameaçada por qualquer motivo, tende a revidar atacando aqueles que se aventuram a invadir o seu espaço, causando acidentes que, invariavelmente pode levar a consequências indesejáveis (GRABIANOWSKI, 2014).

Os ataques de tubarões a humanos mais comuns são os que envolvem os surfistas. Atletas que adentam o mar no intuito de praticarem esportes aquáticos como o surf, são facilmente confundidos com outros animais, como a tartaruga, a foca, dentre outros, pois a impressão que o tubarão tem embaixo d´água é a de que aquela imagem que o surfista expõe

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