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EXERCICIOS - FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO

Por:   •  20/9/2017  •  3.022 Palavras (13 Páginas)  •  599 Visualizações

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Como o setor exportador cafeeiro era o setor mais produtivo e de maior dinamismo, existia uma elevada concentração dos recursos naturais e de capital. Essa concentração causava uma elevada desigualdade na distribuição de renda. Desigualdade essa, característica do modelo agroexportador.

O maior problema no sistema agroexportador adotado pelo Brasil era o descompasso entre a base produtiva e a estrutura de consumo, ou seja, a exportação é uma das únicas bases que determinava a renda nacional. Não havia investimentos em bens de consumo ou tecnologia por exemplo; tudo era importado. Deste modo, qualquer problema no balanço de pagamentos (diminuição de exportações ou guerras) poderia ocasionar uma diminuição das importações, afetando diretamente as condições de consumo da população.

Um dos problemas da economia agroexportadora são as oscilações de preço do produto exportado. Quando o preço subia aumentava a lucratividade e parte desse lucro era reinvestido no próprio setor. Porém, esse reinvestimento não aumentou a remuneração dos trabalhadores empregados no setor cafeeiro, mas sim a quantidade de funcionários, já que nessa época (final do séc. XIX) o contingente de trabalhadores aumentou significativamente ocasionado pelo aumento do fluxo imigratório e pelo fim da escravidão. Por outro lado, quando o preço caia, também não havia queda nos salários, mas sim no volume de trabalhadores.

Quando isso acontecia o governo utilizava dois mecanismos muito eficientes a curto prazo, porém, não positivos a longo prazo. Eram eles: A desvalorização cambial e a política de valorização do café.

Fonte: Portal do Administrador

1950- MUDA O MODELO DE DESNVOLVIMENTO

Nos inícios dos anos 50, a indústria brasileira apresentava dois aspectos salientes: de um lado, empreendimentos centrados na produção de bens perecíveis e semiduráveis, destacando-se particularmente as indústrias têxtil, alimentar, gráfica, editorial, de vestuário, fumo, couro e peles; de outro, empresas inteiramente nacionais, normalmente gerenciadas pelo núcleo familiar proprietário.

Quanto a estas últimas - segundo o economista Paul Singer –, embora algumas "tivessem dado mostras da apreciável capacidade de expansão via auto-acumulação, chegando a se constituir alguns ‘impérios industriais’ (como os de Francisco Matarazzo e Ermírio de Moraes), estava claro que nenhuma tinha possibilidade de mobilizar os recursos necessários para efetivamente iniciar a indústria pesada no país".

Efetivamente, a industrialização em 1950 não estava ainda completa, pois, segundo o mesmo autor, a produção de bens perecíveis e semiduráveis de consumo não conduziu a indústria além dos limites da demanda por esse tipo de produto. Para compreender melhor o passo seguinte na industrialização, vejamos quais as partes essenciais de um sistema industrial completo.

Segundo os economistas, as indústrias estão articuladas da seguinte maneira: indústria de consumo, que se caracteriza pela produção de bens e serviços destinados à direta satisfação dos consumidores (alimentos, roupas, diversões, sapatos, fumo, couro); indústria de bens intermediários, que produz bens que necessitam de transformações finais para se converterem em produtos aptos ao consumo (gusa para diversas indústrias, trigo para o padeiro, etc.); e, finalmente, a indústria de bens de capital, que não se destina à produção de bens imediatamente consumíveis, sendo organizada para dar eficiência ao trabalho humano, tornando-o mais produtivo (máquinas, estradas, portos, etc.).

Pois bem, no Brasil havia quase que exclusivamente a indústria de consumo, ou leve, que se dedicava à produção de "bens perecíveis e semiduráveis”. Desse modo, a implantação definitiva do sistema industrial dependia do encontro de soluções para a implantação da indústria pesada, produtora de bens duráveis de consumo, bens intermediários e bens de capital.

Fonte: Mundo Vestibular

OS REFLEXOS NO PIB (CRESCIMENTO ECONOMICO)

A queda abrupta da inflação ocasionou efeitos expressivos sobre o poder de compra da população. Paralelamente, o acréscimo salarial aliado ao aumento do nível de emprego estimulou o consumo. Os dados do comércio do Estado de São Paulo apontam que o Real foi bastante impactante sobre o consumo. “O faturamento cresceu quase 18% em março de 1995 em relação a março de 1994 e registrou-se elevação de 57,6% nas vendas do setor de bens duráveis no mesmo período” (MARQUES, 2006, p. 236). Portanto, de um ano para o outro, as vendas de automóveis, eletrodomésticos da linha branca e outros produtos duráveis cresceram mais de 50%. Por isso, o Brasil passou a adotar algumas medidas restritivas – aumento dos empréstimos compulsórios, restrições de crédito e juros altos – que sacrificaram os níveis de crescimento atingidos no início de 1995. Tal medida foi utilizada a fim de amenizar os déficits na balança comercial e prevenir uma eventual inflação de demanda. O Brasil termina 1996 com a taxa de crescimento do PIB negativa em relação a 1995. Este resultado foi reflexo, principalmente do déficit nas contas públicas, originado pelo saldo negativo da balança comercial e pelo desemprego. Ao longo dos últimos anos, a queda de participação relativa ao setor industrial e agropecuário no produto interno bruto (PIB) foi compensada pela expansão relativa do setor de serviços. “A partir do começo de 1995, o desaquecimento econômico acarretou a exclusão de postos, especialmente na indústria.” (DIEESE, 2010). Além disso, em 1996, o setor terciário perdeu grande parte de seu dinamismo, baixando expressivamente o taxa de crescimento do PIB em relação aos anos anteriores. O período de 1997 a 2000 foi bastante marcante no governo de Fernando Henrique Cardoso, pois neste período a país passou por duas crises que impactaram diretamente no cenário econômico nacional. A primeira delas foi a Crise Asiática, ocorrida em 1997. No ano seguinte a Crise da Rússia, seguida pela Crise Brasileira em 1999.

CONSEQUÊNCIAS DO EXODO RURAL

As causas do êxodo rural são diversas, dentre elas temos a mecanização no processo de agricultura. Com o crescimento econômico de determinadas regiões, os campos modernizam-se e as atividades manuais passam a ser mecanizadas, substituindo a mão de obra por máquinas. O trabalhador rural, em desvantagem perante a modernização do campo, sem trabalho e sustento para a família, vê-se obrigado a migrar

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