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A Análise sobre as origens da vida social e de sua natureza são quase tão antigas quanto o próprio homem

Por:   •  7/12/2018  •  2.398 Palavras (10 Páginas)  •  415 Visualizações

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O homem, por natureza, é um ser produtivo, e, por isso, essencialmente ativo. Desse modo, o trabalho é uma peça-chave para sua dignidade, uma vez que se trata de uma potência humana. O sistema capitalista, de forma nociva, produz riqueza a partir da força de trabalho dos indivíduos, uma vez que esta busca somente seu lucro e somente isso – a mais-valia – conceito que trata da diferenciação entre o valor gerado pelo trabalho empregado pelo indivíduo e qual a remuneração que recebe do empregador capitalista. E isso consequentemente rebate na classe trabalhadora, gerando em uma luta de classes – que em suma refere-se a uma tensão imposta pela desigualdade de forças dos grupos sociais, que se dividem entre os proprietários – dos meios de produção – e o proletariado – os trabalhadores em si.

Segundo Marx, esse sistema seria abalado por crises, de tempos em tempos, que se caracterizariam tanto por serem estruturais, quanto por sua periodicidade. Após essas instabilidades viria a crise final, acumulando as demais crises, detonando o fim do modo de produção capitalista. Pois o grupo de proletários seria maior e, por isso, seus direitos podem prevalecer. Fariam protestos nas ruas, dando início a uma sociedade justa, equilibrada, acabando com a propriedade privada de todos os meios produtivos. Tudo isso culminaria em um desenvolvimento pleno do ser humano.

Émile Durkheim

Nascido na região de Lorraine, na França, o sociólogo Emile Durkheim (1858-1917) é considerado um dos autores fundadores da sociologia moderna. Ministrou o primeiro curso de sociologia, criado em 1887, em Bordeaux, França. Suas contribuições para a área ajudaram a moldar a forma da abordagem sociológica e ainda hoje seus métodos de pesquisa são usados como referência de abordagem científica no campo das ciências sociais.

Durkheim é apontado com um dos primeiros grandes teóricos da Sociologia, embora Comte possa ser considerado o pai por tê-la batizado. Durkheim e seus colaboradores emanciparam a Sociologia da Filosofia Social e colocou-a como disciplina científica rigorosa. Sua preocupação foi definir o método e as aplicações desta nova ciência. Ele formulou com clareza o tipo de acontecimento sobre os quais o sociólogo deveria se debruçar: os fatos sociais que deveriam ser o objeto da Sociologia. A educação desempenha, uma importante tarefa na conformação dos indivíduos à sociedade em que vivem, a ponto de, após algum tempo, as regras estarem internalizadas e transformadas em hábitos. Uma vez identificados e caracterizados os fatos sociais, a preocupação de Durkheim dirigiu-se para a conduta necessária ao cientista, a fim de que seu estudo tivesse realmente bases científicas. Para Durkheim, como para todos os positivistas, não haveria explicação científica se o pesquisador não mantivesse certa distância e neutralidade em relação aos fatos, resguardando a objetividade de sua análise. Foi preciso que o sociólogo deixe de lado seus valores e sentimentos pessoais em relação ao acontecimento a ser estudado, pois eles nada têm de científico e podem distorcer a realidade dos fatos. Procurando garantir à Sociologia um método tão eficiente quanto o desenvolvido pelas ciências naturais, Durkheim aconselhava o sociólogo a encarar os fatos sociais como coisas, exteriores, deveriam ser medidos, observados e comparados independentemente do que os indivíduos pensassem ou declarassem a seu respeito. Estas formulações seriam apenas opiniões, juízos de valor individuais que podem servir de indicadores dos fatos sociais, mas mascaram as leis de organização social, cuja racionalidade só é acessível ao cientista. Para se apoderar dos fatos sociais, o cientista deve identificar, dentre os acontecimentos gerais e repetitivos, aqueles que apresentam características exteriores comuns. Os fenômenos devem ser sempre considerados em suas manifestações coletivas, distinguindo-se dos acontecimentos individuais ou acidentais. Para Durkheim, a Sociologia tinha por finalidade não só explicar a sociedade como encontrar remédios para a vida social. A sociedade, como todo organismo, apresentaria estados normais e patológicas, isto é, saudáveis e doentios. Durkheim considera um fato social como normal quando se encontra generalizado pela sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou sua evolução. Assim, Durkheim afirma que o crime, por exemplo, é normal não só por ser encontrado em qualquer sociedade, em qualquer época, como também por representar a importância dos valores sociais que repudiam determinadas condutas como ilegais e as condenam a penalidades. A generalidade de um fato social, isto é, sua unanimidade, é garantia de normalidade na medida em que representa o consenso social, a vontade coletiva, ou o acordo de um grupo a respeito de uma determinada questão.

Segundo Durkheim, os fatos sociais possuem três características principais:

• São externos ao indivíduo, ou seja, os fatos sociais existem independentemente de nossas vontades individuais;

• São de natureza coercitiva, o que quer dizer que eles possuem força para nos “obrigar” a agir de determinada maneira sob a ameaça de punições como o isolamento social, por exemplo, no caso de um comportamento socialmente inaceitável;

• São também generalistas, ou seja, atingem a todos sem exceções.

Marx Weber

Marx Weber nasceu na Alemanha, em Efurt, (1864-1920) em uma família de burgueses liberais. Desenvolveu estudos sobre direito, filosofia, história e foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha. Suas principais obras são: Artigos reunidos de teoria da ciência, Economia e Sociedade (obra póstuma) e A ética protestante e o espirito do capitalismo (nesta obra ele relaciona o papel do protestantismo na formação do comportamento típico do capitalismo ocidental moderno).

Este autor teve grande influência de, também pensadores, Marx e Nietzsche, os quais abordavam questões sobre o capitalismo ocidental, mostrando como as ideias e fatores materiais intervinham na sociologia. Este autor consegue distinguir ciência de política, sendo que a ciência é racional, é aquela que traz esclarecimento e conhecimento, e tem como obrigação dizer a verdade. Logo, pode-se dizer que a política é uma reflexão da ação do homem.

Weber, em suas abordagens, buscava compreender, através de analises sócio histórica, os caminhos pelos quais a sociedade passou, essa era uma tentativa de construir um conjunto de modelos teórico que pudessem ajudar a compreender

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