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A A DESCRIÇÃO DAS CINCO PRINCIPAIS MOLÉSTIAS QUE AFETAM A CULTURA DA VIDEIRA E A CULTURA DO CENTEIO

Por:   •  19/10/2018  •  6.621 Palavras (27 Páginas)  •  575 Visualizações

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Mosaico das Nervuras: Grapevine fleck disease

Complexo do Lenho Rugoso: Grapevine rugose Wood

Mosaico da Videira Traviú- Grapevine fanleaf vírus

Necrose das Nervuras - Grapevine vem necrosis

Doenças causadas por fungos:

Antracnose – Elsinoe ampelina

Mildio – Plasmopara viticola

Oídio – Uncinula necator

Mancha da folha – Mycosphaerella personata

Podridão amarga – Greeneria uvicola

Podridão da uva madura – Glomerela cingulata

Declínio – Eutypa lata

Fusariose- Fusarium oxysporum f. sp. herbemontis

Mofo cinzento – Botrytis cinerea

Botriodiplodiose - botryodiplodia theobromae

Escoriose- Phomopsis viticola

Podridão cinzenta - Botryotinia fuckeliana

Podridão amarga do cacho - Melanconium fuligineum

Ferrugem da videira - Phakopsora euvitis Ono

Doenças causadas por bactérias:

Mal de Pierce - Xylella fastidiosa

Cancro bacteriano - Xanthomonas campestris pv. Viticola

Galhas - Agrobacterium tumefasciens

DESCRIÇÃO DAS CINCO PRINCIPAIS MOLÉSTIAS QUE AFETAM A CULTURA DA VIDEIRA

ANTRACNOSE

A antracnose é uma das principais doenças da videira, principalmente em regiões úmidas, esta é originária do continente europeu, porém tem sido relatada em todas as áreas produtoras de uva no mundo. Os danos na produção são severos, desta forma reduzem significativamente a qualidade e quantidade da colheita em variedades suscetíveis.

Contudo conforme Kimari (1995-1997, p. 693), “quando a severidade é alta, o vigor da planta é afetado, comprometendo não apenas a safra do ano, mas também safras futuras.” Esta doença também é conhecida como “olho de passarinho”, isto porque o sintoma é característico nas bagas.

Sintomas

A antracnose manifesta-se em todos os órgãos aéreos da planta. Tecidos jovens, verdes e suculentos são mais suscetíveis.

De acordo com Kimari (1995-1997, p. 693)

Nas folhas, os sintomas apresentam-se como pequenas manchas circulares, pardo-escuras, levemente deprimidas. As lesões são, normalmente, muito numerosas e podem coalescer, tomando parte expressiva do limbo, ou permanecer isoladas. O tecido necrótico eventualmente desprende-se da lesão, que se transforma num pequeno furo. No pecíolo e nas nervuras, as lesões são alongadas. Nas nervuras, elas são mais notáveis na página inferior da folha.

Assim estas lesões causam um desenvolvimento desigual dos tecidos foliares que por sua vez, ocasiona o enrolamento e encarquilhamento das folhas. Assim devido, as folhas serem mais jovens são mais suscetíveis, onde as deformações se tornam mais evidentes no ápice dos brotos, que parecem queimados.

Sem brotos, sarmentos jovens e gavinhas, segundo Kimari (1995-1997, p. 693), “formam-se inicialmente, manchas necróticas pardo escuras que progressivamente vão se alargando, aprofundando-se no centro, transformando-se em verdadeiros cancros, acinzentados na parte central, deprimidos, pardo-escuros nos bordos e levemente salientes.”

Desta forma, sob condições de alta umidade, á parte deprimida das lesões apresenta massas rosadas formadas pelos esporos do agente causal. A manifestação da doença nos ramos, quando severa, restringe seu crescimento e ocasiona o subdesenvolvimento das folhas, que tomam uma coloração mais clara que as folhas normais.

Já nas bagas, de acordo com Kimari (1995-1997, p. 693-694),

A doença manifesta-se como manchas circulares, necróticas e isoladas. Quando completamente desenvolvidas, as manchas alcançam 5 a 8 mm de diâmetro, apresentam o centro acinzentado e os bordos pardo-avermelhadas. [...] as lesões podem, eventualmente, estender-se até a polpa e provocar rachaduras na casca da uva. Nos ráquis e nos pedicelos, as lesões são semelhantes àquelas que ocorrem em brotos e sarmentos.

Etiologia

O agente causal da antracnose é o fungo Elsinoe ampelina, Ascomiceto da ordem Dothideales.

O fungo sobrevive de um ano para outro nas lesões dos sarmentos e gavinhas, bem como sobre restos de cultura no solo. Ao final do ciclo da cultura, pode haver formação de escleródios nos bordos das lesões. Portanto, conforme Kimari (1995-1997, p. 694),

Na primavera, sob alta umidade, conídios são formados a partir dos escloródios ou de lesões dormentes. Eles são disseminados por respingos de chuva e, ao atingir tecido jovem, germinam e infectam o hospedeiro. A infecção requer pelo menos 12 horas de água liquida sobre o tecido vegetal e pode ocorrer a temperaturas que variam de 2 a 32 °C. O intervalo ótimo de temperatura para o desenvolvimento da doença é 24-26°C. Sob condições favoráveis, a incubação do patógeno [...] é curta, em torno de 7 dias.

Porém segundo Sonego e Garrido (2003, p. 6) “desenvolve-se melhor em temperatura em torno de 20°C.

Controle

Algumas medidas preventivas devem ser tomadas por ocasião da implantação do vinhedo, segundo Sonego e Garrido (2003, p. 6) são elas: “evitar o plantio em baixadas úmidas e terrenos expostos aos ventos frios do Sul, construir quebra-vento quando a área for exposta aos ventos frios; utilizar material sadio.”

O controle da antracnose deve aliar medidas tomadas no período de repouso da planta. A fim de reduzir o inóculo inicial e medidas tomadas no decorrer do ciclo vegetativo, para evitar o desenvolvimento de epidemias.

Entre as medidas de controle pode citar a eliminação de restos de

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