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Obesidade

Por:   •  24/1/2018  •  1.518 Palavras (7 Páginas)  •  397 Visualizações

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O excesso de peso pode trazer agravamentos médicos como a hipertensão, diabetes e disfunções respiratórias. O tratamento contra a obesidade é considerado clínico, ou seja, é necessário que ocorra a reeducação do paciente na forma física, psicológica e nutricional.

Incidência por faixa etária

Excesso de peso e obesidade juntos atingem cerca de 60% dos brasileiros adultos.

Mais da metade (51,4%) dos meninos e 43,8% das meninas com idade entre 5 e 9 anos estão acima do peso ideal.

Influência da mídia

Dadas as crescentes taxas globais de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis, muitos especialistas têm sugerido que a propaganda e a publicidade de tais alimentos contribuem para um ambiente “obesogênico” que torna as escolhas saudáveis mais difíceis, especialmente para as crianças.

O público infantil é o mais vulnerável aos apelos promocionais e publicidade que envolve a promoção de diversos alimentos, como biscoitos, refrigerantes, fast-food e alimentos semiprontos industrializados. As indústrias vêm investindo pesadamente na mídia televisiva divulgando alimentos ricos em calorias, bebidas carbonatadas, cereais açucarados, snacks, alimentos ricos em gordura, açúcar e sal, sendo alimentos pobres em nutrientes.

Tipos de obesidade

1. Obesidade exógena

É resultante de fatores externos, principalmente com o desequilíbrio do gasto calórico com a ingestão alimentar e sedentarismo.

2. Obesidade endógena

O ganho de peso é resultado de fatores de desequilíbrio hormonal, provenientes de alterações do metabolismo tiroedeano, gonodal, hipotálomo-hipofisário, de tumores e síndromes genéticas.

A obesidade pode ser classificada em quatro tipos, de acordo com a distribuição dos depósitos de gordura:

• Tipo I. Caracterizado pelo excesso de massa adiposa corporal total sem concentração particular.

• Tipo II. Caracterizado pelo excesso de gordura subcutânea na região abdominal e do tronco, também conhecida como do tipo andróide ou obesidade do tipo "maçã", pois o aspecto corporal do indivíduo assemelha-se a esta fruta. A obesidade tipo II está associada ao aumento da fração de colesterol LDL, estimulando o desenvolvimento de problemas cardiovasculares e a resistência à ação da insulina. Este tipo de obesidade é característica principalmente dos homens sob efeito hormonal da testosterona e de corticóides.

• Tipo III. Caracterizado pelo excesso de gordura visceroabdominal, que também está associada a problemas cardiovasculares e a resistência à ação da insulina.

• Tipo IV. Caracterizado pelo excesso de gordura gluteofemoral, também conhecida como do tipo ginóide ou obesidade do tipo "pêra". A obesidade do tipo IV pode estar mais suscetível a alterações nos períodos de gestação (principalmente repetidas) e desmame precoce. Este tipo de obesidade manifesta-se principalmente em mulheres sob efeito hormonal dos estrógenos, em geral a partir da puberdade.

A gordura corporal não é apenas uma inimiga do corpo. Quando em níveis satisfatórios possui importante função fisiológica à saúde. É responsável pela proteção dos órgãos vitais, isolamento corporal em situações térmicas baixas e funciona também como uma importante fonte de energia.

Influência da mídia para a obesidadeA obesidade infantil é apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos mais graves problemas de saúde pública. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um terço das crianças de 5 a 9 anos está com peso acima do recomendado.

Algumas pesquisas têm demonstrado haver relação entre o uso de mídias digitais e consumo de alimentos e bebidas de baixo valor nutricional. No Brasil, os alimentos mais frequentemente anunciados nas mídias pertencem ao grupo representado, na pirâmide alimentar, por gorduras, óleos, açúcares e doces. De um modo geral, crianças e adolescentes não têm maturidade suficiente para controlar suas decisões de compra e acabam dando preferência para a compra e consumo de guloseimas, pobres em substâncias nutritivas, acarretando, com frequência, a obesidade infantil.

Estudos demonstraram que o aumento nas horas por dia junto à televisão, jogos eletrônicos e DVDs foi associado com o aumento na ingestão de alimentos de baixa qualidade nutricional total, com o aumento da ingestão de bebidas açucaradas, fast-foods, doces e salgadinhos e com a diminuição do consumo de frutas e hortaliças.

Segundo os autores estes resultados reforçam o fato de que o marketing de alimentos pode mediar ligações entre tempo de utilização das mídias de tela, dieta e adiposidade. Recomendam, que a quantidade de marketing de produtos não saudáveis voltados para a juventude nessas mídias sejam melhor controlados, como forma de contribuir para o combate à obesidade.

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