ECOTURISMO: UM GUIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Por: Sara • 4/5/2018 • 1.146 Palavras (5 Páginas) • 392 Visualizações
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Nesse sentido, o capítulo 5 traz uma breve apresentação de como estruturar os espações para o recebimento dessas instalações. Deve-se buscar na natureza inspirações para montagem, bem como na comunidade local a mão-de-obra necessária o que seria uma forma de promoção do desarrolho.
Outro ponto interessante nessa passagem é o fato do autor propor que essa infraestrutura não precisa vim de agentes externos ao local, podendo ser reproduzida pela comunidade em seus empreendimentos. Há uma menção ao impacto que esses modelos têm produzido em outros hotéis que não estão dentro dessas áreas, sendo pare eles uma estratégia adotada para atração de novos clientes.
Todavia, esse olhar deve ser depreciador, ou seja, seria uma apropriação natural desses recursos e sua imersão dentro dessa nova realidade, como cita o pesquisador sobre as ideias criativa com relação ao aproveitamento de águas, árvores e o próprio clima na escolha de modelos de hospedagem.
Sabendo que uma das principais vantagens dessa atividade é a sua capacidade de contribuir com a comunidade local, os capítulos de 6 e 7 os autores contemplam a relação do ecoturismo com a comunidade local. A associação do ecodesenvolvimento a atividade do ecoturismo muitas vezes acaba induzindo a um imaginário tudo é simples e belo, o que por vezes mascara os riscos inerentes ao seu desarrolho como danos ao meio ambiente, a cultura e a economia local.
E nesse aspecto, envolver a população no processo de planejamento é um elemento essencial para o sucesso desses projetos. Quando as comunidades estão inseridas nesses processos, e principalmente a partir do momento que as perspectivas de melhores condições econômicas passam a ser vivenciadas, as pessoas começam a prezar pela conservação e aceitação do empreendimento.
“O objetivo central de tais projetos é promover o desenvolvimento socioeconômico e propiciar à população local fontes de renda que não ameacem seus recursos naturais.” (BRANDON, 1995, p. 231).
De modo geral, o ecoturismo pressupõe o envolvimento e participação de seus agentes de modo que esses venham a compartilhar os benefícios, assumir os riscos e responsabilidades na preservação dos recursos. Quando se fala em guia de planejamento, a preocupação não é de fornecer um modelo padrão, mas sim de apresentar alguns elementos que precisam estar presentes na implantação do ecoturismo.
Pensar a atividade ecoturística é pressupor o envolvimento de fatores políticos, sociais, econômicos e ambientais, onde haja uma exploração sustentável dos recursos naturais capaz de satisfazer os interesses com os menores danos possíveis e com uma maior participação social daqueles que se inserem nesses ambientes.
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