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O Monitoramento e Avaliação em Serviço Social, Serviço Social ao contexto urbano e rural

Por:   •  22/11/2018  •  3.059 Palavras (13 Páginas)  •  440 Visualizações

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Avaliar é sistematizar informações relevantes sobre: causa e desafio, públicos, projetos e programas, instituição e rede social. A avaliação é uma ferramenta para melhorar a atuação direta sobre o público, melhorar o processo de gestão, é uma estratégia para captação de recursos e é uma estratégia para divulgação dos trabalhos. Em 1981 o Joint Committe on Alandards for Educational Evolution (comitê dos EUA formado por 16 associações profissionais) publicou “Os princípios da avaliação de programas”, sendo este referência teórico utilizado para importantes organizações internacionais e nacionais. Segundo este documento o processo de avaliação deve ser observado dentro de quatro atributos: utilidade, viabilidade, propriedade e precisão.

Tipos de avaliação

Existem diferentes formas de classificar os tipos de avaliação que uma organização pode desenvolver entre as quais a destacam-se:

Avaliação ex-ante

É uma avaliação anterior a implementação do programa, também chamada de avaliação de viabilidade. Esta avaliação possibilita avaliar a viabilidade e sustentabilidade financeira, política e institucional do programa. As informações produzidas podem subsidiar processos de tomada de decisão sobre implementar ou não um programa ou ainda a seleção e priorização de alternativas de ação visando maximizar o retorno do investimento social.

MonitoramentoRealizado durante a implementação do programa. Indaga e analisa em que medida as atividades realizadas e os resultados obtidos correspondem ao planejado. Possibilita identificar pontos fortes e deficiências do projeto, oportunidades e necessidades de ajustes.

Avaliação de resultados

É realizada ao final da etapa de execução do projeto. Avalia se o projeto alcançou as metas previstas para cada um de seus objetivos. Oferece elementos importantes para conhecer a efetividade, eficácia e eficiência do projeto ou programa

Avaliação de impacto

Realizada após a conclusão do projeto. Analisa mudanças nos indicadores identificados inicialmente com o propósito de verificar se o projeto ou programa produziu impactos/alterações em determinadas condições de vida da população.

Avaliação participativa

Pode ser utilizada em qualquer etapa do projeto. Incorpora a perspectiva das populações beneficiadas na análise de aspectos e problemas relacionados ao planejamento, execução e resultados do projeto. As avaliações participativas procuram superar algumas deficiências das abordagens tradicionais, abrindo canais de participação entre usuários e gestores.

Sobre os conceitos de pobreza e desigualdades sociais, rende-se uma longa discussão e também de exclusão e inclusão sociais, dada a centralidade dessas temáticas entendidas como manifestações de uma sociabilidade própria das sociedades capitalistas.

Logo a pobreza e a exclusão social configuram-se como indicadores de um lugar social, de uma condição de classe, expressando relações vigentes na sociedade. São, contudo, produtos dessas relações, produzindo e reproduzindo a desigualdade, nos planos social, político, econômico, definindo para os pobres um lugar na sociedade. Essa é uma questão social recorrente pelos países que perdura desde o período da colonização no continente latino-americano. Tratando-se de um processo de empobrecimento histórico e social, dado por determinantes econômicos, políticos e culturais, que possivelmente será reproduzido mediante mecanismos que o reforçam e o expandem.

A globalização financeira, cujas refrações tendem a serem configurações específicas em cada país, está visivelmente presente em nosso país, alimentando a generalização das relações mercantis para as várias dimensões da vida social. A complexa relação Estado e sociedade é atingida, reconfigurando-se e reconfigurando relações sociais. A regressão dos direitos sociais é um resultado desse movimento, que também ecoa nas atuais características das políticas públicas. A pobreza é produzida e reproduzida no seio dessas relações sociais, e os pobres apresentam-se destituídos de poder, trabalho e informação, para além dos indicadores clássicos de renda.

A mensuração dessa pobreza, tendo como foco a renda, é elemento indispensável para a elaboração de diagnósticos, mas está longe de se esgotar enquanto a análise dos fenômenos nela contidos. Seu caráter multidimensional torna indispensável a utilização de uma grade analítica que dê conta das inter-relações existentes. Levando em conta que a maior parte da população brasileira vive em áreas urbanas e que nossa atuação tem se concentrado em regiões metropolitanas brasileiras, aprofundamos, ainda, nossos estudos sobre a pobreza urbana e suas conseqüências. Na sociedade brasileira, os efeitos da pobreza são amplificados pela enorme distância entre os grupos sociais cravada pelas desigualdades sociais. Relatórios de diferentes organismos internacionais (BID, PNUD, por exemplo) indicam o Brasil como um dos países mais desiguais do planeta.

É diante desse contexto que vimos emergir o amplo debate em torno da noção da exclusão/inclusão social. No entanto, apesar da polêmica que apresentam, possibilitam ultrapassar a discussão da carência e da renda precária, do não-atendimento das necessidades básicas, transitando para a reflexão sobre a eqüidade social, da emancipação e do pertencimento (Lavinas, 2003, p.2). Numa sociedade como a nossa, em que as desigualdades sociais são imensas, a questão da exclusão/inclusão social se torna referência no debate das políticas públicas.

Apesar da realidade complexa, o território traz elementos que permitem dar à questão social uma perspectiva de totalidade, pois, para além das condições objetivas que oferece, ou não, para os que nele habitam como redes de serviços públicos, serviços privados, redes comunitárias etc., incorporar a dimensão territorial significa, também, considerar as dimensões subjetivas decorrentes das relações que os sujeitos estabelecem com seu território e se manifestam em desejos, sonhos, sofrimentos etc. e nas redes de sociabilidade que constroem. O território contém certamente um componente geográfico, físico, concreto. Mas, também se constitui em uma construção sócio-histórica cujo significado lhe é atribuído por aqueles que nela vivem.

Quando se desenvolvem a gestão de projetos sociais, entendemos ser fundamental a utilização

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