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O Envelhecimento do Brasil

Por:   •  26/8/2018  •  1.941 Palavras (8 Páginas)  •  242 Visualizações

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Em 2030, de acordo com as projeções, o número de idosos já superará o de crianças e adolescentes (menores de 15 anos de idade), em cerca de 4 milhões, diferença essa que aumenta para 35,8 milhões, em 2050 (64,1milhões contra 28,3 milhões, respectivamente). Nesse ano, os idosos representarão 28,8% contra 13,1% de crianças e adolescentes no total da população (IBGE, 2009, s/p).

O crescimento da população idosa provoca um aumento das demandas sociais nesta parcela da sociedade e representam um desafio econômico, político e social, e em conjunto com a ausência de políticas públicas dirigidas a esta realidade causam uma preocupação em todas as parcelas da sociedade, que sofre este processo nos dias atuais.

Este trabalho aborda a questão do envelhecimento da população brasileira, a qualidade de vida e as condições da saúde ofertadas para os idosos no município de Nilópolis, estado do Rio de Janeiro. O envelhecimento é um fenômeno mundial, é um processo natural que todos nós (pelo menos esta é a expectativa) passaremos por ele. O ideal é que vivamos esta etapa com uma boa qualidade de vida: saúde, segurança e assistência social. Inicialmente analisaremos as causas da queda na taxa de crescimento populacional no Brasil, o declínio da população jovem e o crescimento da população idosa, a redução no número de filhos por mulher e o aumento na expectativa de vida do brasileiro.

3-Problema

Como já é percebido pela sociedade, o envelhecimento da população implica em uma série de problemas sociais. Esta conjuntura de envelhecimento acelerado está produzindo uma pressão considerável sobre a previdência, que estava regulada para acolher a uma demanda formada pelo crescimento do emprego assalariado e por um curto período da aposentadoria, que os trabalhadores adquirem, mas, as mudanças que estão ocorrendo na estrutura demográfica pressionam os sistemas de proteção social, particularmente devido a diminuição do número da população contribuinte da previdência social e um crescente aumento daqueles que buscam receber um benefício ou se aposentam.

Segundo pesquisa do IBGE, entre 2004 e 2013 houve um crescimento de 33% no número de famílias compostas por casais sem filhos no Brasil. Em 2013, a cada cinco casais um não tinha filhos. A se confirmar essa composição familiar limitada, em conjunto com o crescimento da expectativa de vida, em um futuro próximo haverá menos jovens no mercado formal de trabalho, gerando uma queda na contribuição previdenciária.

Com o aumento daqueles que recebem benefícios, aposentados e a redução da população ativa, conciliar o mercado de trabalho e as contas da Previdência será o desafio dos governos futuros. Segundo Ivan Santana, professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, o Brasil gasta aproximadamente 10% do PIB com aposentadoria, equivalente ao gasto de Portugal e Espanha que contam com uma população bem mais velha que a brasileira, ele ressalta que se nada for feito agora, no futuro os gastos com aposentadoria podem chegar a 20% do PIB. Ainda segundo Santana, a economia informal também contribui para desequilibrar a conta da Previdência. Com a aprovação do Estatuto do Idoso houve avanços significativos em diversas áreas, mas ao observar a realidade, não obstante vemos que as necessidades e os direitos da população idosa não são inteiramente atendidos.

No tocante à saúde do idoso, há uma ação acanhada do Sistema Único de Saúde (SUS), que se mostra despreparado para assistir satisfatoriamente a esta população.

De acordo com Veras (2007)

O Brasil hoje é um jovem país de cabelos brancos. Todo ano, 650 mil novos idosos são incorporados à população brasileira, a maior parte com doenças crônicas e alguns com limitações funcionais. Em menos de 40 anos, passamos de um cenário de mortalidade próprio de uma população jovem para um quadro de enfermidades complexas e onerosas, típicas da terceira idade, caracterizado por doenças crônicas e múltiplas, que perduram por anos, com exigência de cuidados constantes, medicação contínua e exames periódicos. O número de idosos passou de 3 milhões, em 1960, para 7 milhões, em 1975, e 17 milhões em 2006 – um aumento de 600% em menos de cinqüenta anos. (Veras 2007, 23, n. 10).

No Brasil, os idosos são a parcela de população que proporcionalmente mais utilizam os serviços de saúde e, a insuficiência de leitos em hospitais públicos, a má qualificação de alguns profissionais da área da saúde, a falta de recursos humano e material, resulta em um aumento do tempo de estada do paciente, isto quando ele consegue uma internação, elevando o risco de complicações, podendo o idoso ir a óbito. Segundo Nunes (2004)

A elevação das despesas com saúde dos idosos não é explicada pela elevação dos custos dos procedimentos e, sim, pela frequência, ou seja, pelo consumo mais elevado destes. Medidas de saúde pública que objetivem melhorar a qualidade da atenção à saúde dos idosos, sem com isso necessariamente aumentar os gastos, devem priorizar a redução do número de internações. [...] Alternativas concretas para realização deste objetivo podem ser os programas de saúde em casa e a internação domiciliar (NUNES, 2004, p. 433).

Mas a falta de pessoal e de profissionais capacitados nas equipes da Estratégia saúde da Família (ESF) dos Núcleos de Apoios da Saúde da Família (NASF) faz com que o atendimento a esta parcela da população seja insuficiente e precário, não atingindo o objetivo que é a redução das internações e a resolução, pelo menos parcial, do problema apresentado pelo idoso.

4-Objetivos:

Geral:

Analisar as condições de saúde e a qualidade de vida ofertada aos idosos no município de Nilópolis, estado do Rio de Janeiro.

Específicos:

-Compreender de que maneira é garantido o acesso aos direitos sociais desses idosos.

-Identificar quais são os preconceitos que os idosos sofrem

- Identificar, analisar, e discutir as principais orientações das políticas de proteção social ao idoso.

5-Metodologia

Neste trabalho foi realizado um levantamento pela internet no Google acadêmico, em publicações efetuadas em livros e revistas científicas, que abordassem a temática envolvida e pesquisa de campo elaborada

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