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A diversidade da vida: a diversidade ameaçada

Por:   •  9/3/2018  •  4.294 Palavras (18 Páginas)  •  314 Visualizações

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Esse conceito revela a definição de biodiversidade como simplista e de fato, pode também ser considerada com as diferentes manifestações dos recursos genéticos que habitam um determinado espaço, que pode ser aeróbico ou não, podendo-se imaginar quantas espécies ainda estão por ser determinadas taxonomicamente. Wilson (op. cit.), dentre outros autores, acredita estar nelas a solução de muitos dos problemas que afligem a humanidade. Um dos exemplos clássicos é de que estão nos organismos os medicamentos para todas as doenças humanas. Porém, o inventário das espécies que habitam o planeta Terra ainda está longe de ser encerrado. Esse mesmo autor estima que deva existir entre 10 e 100 milhões de espécies na Terra, embora no início da década de noventa do século passado tenha-se como descobertas pela ciência cerca de 1 milhão e 400 mil espécies vivas (excluindo-se as paleo-espécies). Uma síntese do atual estado do conhecimento da Biodiversidade Brasileira está na obra de Lewinsohn e Prado (2004). Eles prevêem que o Brasil detém a maior biodiversidade do planeta com cerca de 15 a 20% dela. Mas a biodiversidade de países pobres economicamente, como o Brasil, está sendo patenteada por estrangeiros que biotecnologicamente a manipulam e revendem seus princípios ativos ao país de onde retiraram as plantas. É a biopirataria (Shiva, 2001).

Além disso, há um desrespeito colossal pelos ecossistemas que ocupam a biosfera em todo o globo, sendo extintas várias espécies que nem foram conhecidas cientificamente e que poderiam ser a cura de males humanos. Assim, duas possibilidades principais de enfrentamento desse problema estão previstas na legislação ambiental mundial: a punição (prisão ou pagamento de multas) do homem que destrói esses recursos não renováveis e/ou a adoção extensiva da Educação Ambiental (EA).

Na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) Surge novas tendências na conceituação de diversidade biológica, a qual é definida em seu art. 2º, in verbis, como:

“a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas”.

Esta definição foi incorporada ao ordenamento jurídico pelo Decreto n.°2.519 de 1998, que promulgou a CDB no Brasil, sendo também integralmente repetida no artigo 2.º, III, da Lei n.°9.985 de 2000, que entre outras providências, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. O art. 2º, III, da Lei Brasileira n.°9.985/2000, define diversidade biológica como sendo a “variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies e de ecossistemas” (AMÂNCIO; CALDAS, 2010).

O homem é o principal responsável pela perda cada vez mais acelerada da biodiversidade do planeta. Segundo dados da Organização das Nações Unidas – ONU calcula-se que de 05 a 20% das espécies animais e vegetais já identificadas estarão ameaçadas de extinção em um futuro bem próximo, se medidas de proteção não forem tomadas com urgência.

É extremamente necessária uma educação que releve a importância da totalidade dos organismos na Terra para a manutenção da vida humana, sendo a conservação da biodiversidade em seus ecossistemas, e o equilíbrio de cada unidade elementar em contínua evolução, o fator mantenedor de um ambiente climatizado.

Existem no planeta milhões de espécies das quais apenas 1,7 milhões foram identificadas até agora. Para se ter uma idéia, em 1994, o número de espécies ameaçadas de extinção incluía aproximadamente 5.400 animais e 4.000 vegetais.

Estamos perdendo espaço em nossa casa, degradando os ecossistemas, habitat onde não mais admiraremos exuberante beleza e diversidade da fauna e flora. Ambientes que mesmo recuperados artificialmente, não expressam o potencial natural, e muito menos o conjunto de genes anteriormente vigente.

Isso é muito sério porque a biodiversidade é o maior recurso do planeta, e sem dúvida a maior oportunidade de riquezas para um país. A perda de recursos e da diversidade biológica ameaça o fornecimento de alimentos, remédios e energia, e ainda interfere no controle sobre a erosão, a purificação da água e do ciclo da atmosfera.

Um exemplo no território nacional é a destruição da Floresta Amazônica para a plantação de pasto e outros cultivos, resultando na queda de 25% de chuvas na região, elevando os níveis de dióxido de carbono na atmosfera e conseqüente déficit na colaboração da umidificação das massas de ar que adentram ao continente.

Tendo em vista a lenta, negligente, conivente e omissa ação governamental, com relação ao degradante estado de preservação de nossos biomas (Mata Atlântica, Campo Cerrado, Floresta de Araucária, Caatinga, Floresta Amazônica, Mata dos Cocais, Pantanal, Pampas e os Manguezais), devido a incessante e normalmente irregular exploração natural, é dever do cidadão esclarecido primar por um ambiente limpo e equilibrado, observando alguns princípios para uma sociedade sustentável: Respeitar e preservar a comunidade dos seres vivos (agir com consciência e ética, preocupando-se com as demais formas de vida); Conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta Terra (proteger a estruturação ecológica da qual dependemos); Colaborar com a minimização e o não esgotamento de recursos não-renováveis (optar pelo uso de bens recicláveis); Permanecer nos limites da capacidade de suporte do Planeta (poucas pessoas consumindo muito causa tanta destruição quanto muitas pessoas consumindo pouco); E modificar atitudes e práticas pessoais (examinar valores e comportamentos sociais).

A literatura clássica define o termo Biodiversidade como a variabilidade de formas e processos de vida nos diferentes níveis de organização: gens, espécies e ecossistemas. A diversidade genética refere à variação de genes dentro das espécies, que cobre diferentes populações da mesma espécie ou a variação genética dentro de uma população. A diversidade de espécies refere à variedade de espécies dentro de uma região, considerando o número de espécies ou a diversidade taxonômica. A diversidade de ecossistemas depende dos limites das comunidades e ecossistemas considerados, como também a diversidade de estruturas e funções dos ecossistemas (WRI; UICN; PNUMA, 1992). No entanto, o contexto científico

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