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BREVE ANÁLISE DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL A PARTIR DAS CATEGORIAS GRAMSCIANA.

Por:   •  23/3/2018  •  2.235 Palavras (9 Páginas)  •  387 Visualizações

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Ainda sob a perspectiva do olhar crítico de Gramsci, “insiste na necessidade de que as classes sociais abandonem o seu modo de pensar corporativo, produto das relações sociais e do modo de ser próprio da sociedade burguesa, que obstaculiza a formação de um projeto coletivo”. Nesse segmento exposto, observa-se a luta de classe, superação de interesses particularistas e individuais, dando um espaço a congregar várias frações de classe.

Segundo Gramsci (1975:136) “sair da passividade é deixar de aceitar a subordinação que a ordem capitalista impõe a amplos estratos da população, é deixar de ser “massa de manobra” dos interesses das classes dominantes. É ser, acima de tudo, intransigente, pois a intransigência “é a única prova que uma determinada coletividade existe como organismo social vivo, que possui um fim, uma vontade única, uma maturidade de pensamento. “Porque a intransigência requer que cada parte singular seja coerente com o todo, que cada momento da vida social seja pensada e examinada em relação à coletividade.”

A relação destacada por Gramsci é de que as pessoas deixem de pensar no ser individual e pensem na coletividade como um todo, em que as relações sociais se tão em todo um conjunto, envolvendo todos os seguimentos e massas, e não apenas o ser singular. Não há desenvolvimento em uma sociedade que se omite ao coletivo, na qual não há construção de hegemonia. Havendo a hegemonia há as alianças de correlação de classe, sai do interesse particular ao corporativismo, há abertura de espaços as classes, protagonizando a união em torno das reivindicações de estratos sociais, na melhoria e abertura desse modo universal, de uma estrutura para a superestrutura na camada de cultura- política- econômica.

As forcas, ou melhor, o cenário social envolve uma perspectiva culturalística em que todas as camadas da sociedade fazem parte, dentro do processo ou não, sendo particularizados ou coletivos, em que a cultura aparece nesse contexto como inseparável da política, sendo o caminho ao qual propiciará a consciência criadora de história, da instituição fundadora de novos estados.

A economia é ligada ao aspecto político – social, tendo seu contexto imerso a uma sociedade estagnada ao processo tradicionalista e individual, em que Gramsci posiciona-se na vertente de que “o avanço da democratização política é, ao mesmo tempo, condição e resultado de um processo de transformação também nas esferas econômica e social”. É visto nesse segmento que o estado dominador da ordem econômica se coloca como uma supremacia as classes subalternas, tornado assim a burguesia em um exercito detentor do conservadorismo e excluindo a possibilidade de formação revolucionária.

Tendo em vista todo aspecto político, econômico, social, todas as mudanças sofridas desde o antigo império, as relações capitalistas, classes sociais, estratos e doutrinas, resistentes até os dias atuais, nos quais projetos sociais é visto, no entanto, não resolvem ou melhor, não contribuem para uma sociedade justa, sem desigualdades e estratos sociais, não realiza os direitos e deveres dos cidadãos.

Todo esse aspecto vivido nos dias de hoje são reflexos dos acontecimentos que ocorreram nos séculos passados, as ideias de Gramsci se propagam até hoje, visto seu contexto esta ligada as ideias nas relações de Marx e Lênin, e sua visão pragmática do capitalismo, das lutas de classe, do direito das classes subalternas, da passividade das classes, da falta estrutural de cultura, de política, das revoluções.

No segmento deste aparato, conflita-se com a realidade do assistente social no dia de hoje, em que tenta inserir na sociedade as ideias destacadas por Gramsci de maneira clara e sucinta das relações sociais, cujo assistente social se insere na intermediação das classes capitalista e sociais, tentando haver uma intermediação de ideias e de luta dos direitos e deveres, dos quais muitas vezes não tem voz, não tem espaço, não tem existência física e moral, em uma sociedade que visa à aparência, o status social a busca por um capitalismo exorbitante.

Nesse cenário de luta de classes, luta por direitos e deveres e apreciação de uma condição de vida, o assistente social brasileiro sai da passividade e vai à luta do desenvolvimento social, ressaltando que o que fora argumentado por Gramsci em uma época distinta de hoje, precisa ser aplicada de maneira mais incisiva, em que o contexto social que estamos inseridos nos dias de hoje requerem uma atenção maior, uma ação de detenção na recuperação dos diretos usurpados por uma classe dominante.

Não podemos deixar de citar a idéia de que “A recuperação do referencial teórico gramsciano tem possibilitado ao serviço social interrogar-se sobre questões relativas a instancias estrutural e superestrutural, com problematizacoes não somente na esfera econômica, mas também política, ideológica e cultural o que tem permitido a profissão o encaminhamento de propostas efetivas no âmbito das políticas sociais publicas e nas diferentes formas organizativas da sociedade civil”.

Fundamentação Teórica:

Na perspectiva do pensamento Gramsciano, veremos abordagens dos mais variados gêneros, maneiras e formas, que dão suporte as vindouras questões que serão postas dentro do contexto de desenvolvimento do Serviço Social como profissão. Abrangem desde os meios acadêmicos até o meio político. Desta estrutura teórica, que tem no centro o conceito de "hegemonia", podemos resgatar conceitos que serão abordados categoricamente como: Estado ampliado, a sociedade civil, classes subalternas, intelectual orgânico e tradicional, revolução passiva, filosofia da práxis, hegemonia cultural, entre outras demais. E podemos destacá-las por sua contribuição no desenvolvimento do Serviço Social. Sua obra por excelência é perpassada por lentes marxistas, cuja visão, é tomada como crítica e histórica ante os processos sociais.

No estado moderno, o exercício da hegemonia, faz as classes dominantes obterem o consenso das classes subalternas, seja com as revoluções do módulo jacobino, ou seja, mediante diferenciadas formas de "revolução passiva." Com este termo, tomado de V. Cuoco, reelaborado por Antônio Gramsci, em sua síntese, ele dá seu significado, como uma forma de revolução burguesa em que é excluído o momento do radicalismo Jacobino, onde a hegemonia de um grupo social equivale à cultura que esse grupo conseguiu generalizar para outros segmentos sociais. Nesta análise, também o fascismo é considerado uma forma particular de revolução passiva. Neste contexto,

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