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Seminário apresentado à disciplina Psicologia Social II no Curso de Psicologia

Por:   •  20/5/2018  •  3.213 Palavras (13 Páginas)  •  488 Visualizações

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Então, podemos concluir que é de interesse dos atores públicos, das grandes empresas, conhecer para prever e controlar esses grupos que vão contra seus interesses, uma forma de desmobilizar ações de macro grupos, sindicatos, associações etc.

(Coordenador Regina) Em que contexto surgiu as primeiras investigações sobre grupos? Como surgiram os grupos operativos?

Resposta (Wellen): As primeiras investigações surgiram nos EUA, no período em que a democracia e as grandes empresas estavam no auge. E em que as relações interpessoais se encontravam frustradas, e veio se agravar ainda mais com a crise econômica dos anos 30. Então as primeiras investigações sobre o grupo surgem a partir de uma demanda econômica. Os grupos operativos surgiram na Argentina, inspirados no modelo de dinâmica do grupo estadunidense, mas sugiram a partir de uma demanda vinda de um corpo social agitado. As primeiras investigações se deram no contexto socioeconômico da sociedade americana que as empresas estavam numa etapa de “grande empresa”, onde os empresários começaram a ver a necessidade de regular a produção em todos os sentidos: máquinas, mão de obra.

É nesse período que surgem a organização científica do trabalho, onde o Taylonismo é implantado, com o intuito de chegar ao máximo de produção no menor tempo possível. Nesse período o engenheiro de produção é o técnico da vez. E assim sanar os problemas da produção, mas agora as disfunções apareceram ligadas ao “fator humano”. Então surgiu o interesse por dois aspectos indissociáveis do trabalho: relações materiais e sociais. Começaram a ver o as relações interpessoais frustradas afetavam diretamente no rendimento do indivíduo. Assim surgiu a necessidade de um profissional que desse conta das relações humanas (os técnicos de grupos).

A crise dos anos 30 veio agravar anda mais as relações interpessoais, assim os técnicos de grupo vão se tornando cada vez mais essenciais numa sociedade de consumo como saída de suas crises econômicas. As primeiras investigações sobre grupos surgem em resposta a uma demanda econômica.

ASPECTOS TEÓRICOS (Coordenador Regina): A linha história que vai de Elton Mayo a Kurt Lewin é importante ser analisada, pois permite demarcar os principais momentos na construção de teorias sobre grupos humanos. Nesse sentido, como as contribuições de Kurt Lewin, para a Psicologia Social, eram muitas vezes interpretadas?

(Coordenador Regina) Na relação todo-partes, onde o todo é aceito, no grupo, como se fosse mais que a soma das partes, o que se pode falar sobre esse “a mais”?

(Coordenador Regina) Ao agrupar pessoas, Bion percebeu a necessidade de cooperação que precisa haver entre membros, o que é necessário para que a mesma ocorra?

Resposta (Saron e Ellie):

A CRÍTICA EM RELAÇÃO Á DINÂMICA SOCIAL:

Para Lewin, a psicologia deve evitar estabelecer leis de acordo com critério aristotélico, pois este leva em conta fatores comuns a todas as situações. Deve-se proceder de acordo com o critério da física galileana, que leva em conta a totalidade da situação.

Em Psicologia social, a Teoria de Campo de Lewin foi interpretada em um sentido “globalista” ou “totalista”, pois seu interesse foi especificar a noção “estrutural” de grupo mediante a matemática, havendo dessa maneira um esquecimento da perspectiva histórica. Pelo fato de que o campo só dá conta da conduta em um dado momento, inscreve-se em uma psicologia dos estados momentâneos. Nesse sentindo, o dinamismo do campo estrutural foi pensado por Lewin somente em termos espaciais, deixando de lado a dimensão temporal e com ela a perspectiva histórica.

OS PRIMEIROS ESBOÇOS DE PESQUISA:

Os estudos fetos por Lewin revestem-se de importância na medida em que permite demarcar momentos-chave para uma tentativa de reconstrução genealógica das teorizações sobre os grupos humanos. É a partir dele que se desenvolve uma nova disciplina, a saber: a Microssociologia, onde estão em germe, muitas das ideias que, ainda hoje é necessário elucidar. Essas ideias foram também um marco de fundação do Dispositivo dos grupos, a partir do qual se instituíram abordagens sobre as formas grupais em diversas áreas da realidade social.

Um grupo para Lewin é definido como (REFERENCIA, p, 72):

“é um conjunto de pessoas reunidas, por razões experimentais ou de vida diária, para realizar algo em comum e que estabelecem relações entre si; [...] uma totalidade que produz maiores efeitos que os mesmos indivíduos isolados. Isso quer dizer que o grupo é irredutível aos indivíduos que o compõem, na medida em que estes estabelecem relações de interdependência; [...]”.

A PROBLEMATIZAÇÃO DOS CRITÉRIOS HOMOGENEIZANTES:

A contribuição da Gestalt às primeiras conceituações sobre os grupos ressalta a ideia de totalidade, e utilizada por Lewin a permissa “o todo é mais que a soma das partes” aos grupos. Essa contribuição da Gestalt às primeiras conceituações sobre os grupos ressalta a ideia de totalidade. Surge, desse modo, indagações sobre: Como categorizar esse a mais? Que relação se atribui ao todo com respeito às partes?

A partir das contribuições de Lewin foi possível a fundação dos dispositivos de grupos, onde se instituíram formas grupais de abordagem em diversas áreas, surgiram os primeiros esboços para pesquisa. Para Lewin, um grupo é um conjunto de pessoas unidas por razões de sua vida para realizar algo em comum e que estabelecem relações entre si. Formam uma totalidade que produz mais efeitos que os indivíduos isolados, o grupo é irredutível aos indivíduos , na medida em que todos estabelecem relações de interdependência.

A relação “o todo maior que a soma das partes” é tratada diferentemente por diversas abordagens, formulações pós estruturalistas posteriores à Gestalt indicaram que o problema era verificar como as partes se organizam e que relações estabelecem entre si e entre o todo.

Foi-se necessário diferenciar a importância que teve a caracterização do grupo como um todo de algumas de suas consequências teórico-técnicas; muitas vezes, ao pensar a relação partes-todo a partir de critérios homogeneizantes, subordinam-se as particularidades a uma totalidade homogênea, global e massificadora. “um todo pensado como Único e não como diversidade das partes” (p. 75).

Alguns pensadores

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