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Atps Psicologia Social

Por:   •  9/4/2018  •  2.184 Palavras (9 Páginas)  •  350 Visualizações

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Durante sua pesquisa pode sentir na pele essa invisibilidade, as pessoas só vêem o homem que exerce um trabalho considerado para os mais rudes, como ferramenta de trabalho. Alguém que não merece atenção e por isso não respeita o ser humano por baixo do uniforme, portanto deve estar na classe dos excluídos socialmente.

Segundo Sergio Buarque de Hollanda esse comportamento da sociedade brasileira é uma herança dos portugueses, porém, Souza não considera essa explicação como certa e o denomina como culturalismo hereditário.

Gilberto Freire foi quem inspirou Souza na formação da teoria da ação social. É pela obra literária de Freire que Souza se apóia para melhor basear seu livro A Modernidade Seletiva, na pesquisa de uma sociologia crítica e explicação da formação da modernidade periférica.

Souza defende que o problema do comportamento dos brasileiros está na substituição das praticas portuguesas por práticas européias burguesas que invadem o país e são a origem da desigualdade social.

Apesar de parecerem críticas duras às idéias filosóficas do senso comum e ambiente acadêmico, Souza busca apresentar qual a origem real da desigualdade da sociedade brasileira. Seu livro A Modernização Seletiva mostra a questão da relação entre negros e portugueses, uma relação que se fundem na distancia e aproximação, na dualidade da composição familiar brasileira e no progresso da noção de patriarcalismo.

Para Souza, apesar do século XIX TR sido um século de grandes acontecimentos como: a vinda da família real para o Brasil, a independência do Brasil e a abolição da escravatura, essa liberdade não deu aos negros uma melhor posição social, ao contrário, fortaleceu ainda mais a desigualdade social. Os escravos ainda que livres, viviam em condições subumanas e descartáveis pela sociedade. Sofriam, pois além da desigualdade eram também invisíveis na sociedade.

A obra de freire, Casa Grande e Senzala, é citada por Souza como um tipo de dimensão demográfica da desigualdade, onde os negros viviam em um lugar e os brancos em outro, incompatibilizando assim as classe social. Florestan Fernandes em sua obra: A integração do negro na sociedade de classes mostra que o negro ainda é marginalizado e por isso não consegue adaptação à ordem competitiva.

Jessé de Souza com seu livro, A invisibilidade da desigualdade brasileira e a obra de Fernando Braga da Costa, Homens invisíveis: um relato de uma humilhação social trata da condição de humilhação que se encontram alguns trabalhadores, como por exemplo: os garis, na pesquisa feita por Costa. As pessoas apesar de ocuparem espaço físico não são visíveis a outras pessoas, são ignoradas por exercer um cargo considerado para pessoas inferiores.

Essa pesquisa leva Costa a um comprometimento com um projeto que vá além do combate da psicologia individualista que leve a um fortalecimento da relação entre as pessoas na comunidade que fazem parte.

Para Costa (2004), seu compromisso social está em descobrir a desigualdade disfarçada ou mostrar as pessoas que a desigualdade encobre. Já Furtado (2000, p.28), esse comprometimento precisa ir além dos trabalhadores e classes populares.

No seu projeto Costa (2004) afirma que uma transformação social depende da defesa de idéias que levem a um compromisso social, um a postura crítica que mude as condições de vida do povo brasileiro ou ao menos denuncie estas condições para que a sociedade que insiste em se manter alheia ao problema da invisibilidade abra os olhos a essa realidade. É dessa invisibilidade que deriva o processo da humilhação social considerada por Costa como um fato psicossocial, e é determinante no dia a dia dos pobres.

O pobre não interessa à sociedade, vive como se não existisse. A mídia revela e destaca quem tem importância na sociedade, quando dá ênfase a algo que acontece com quem tem mais dinheiro e nenhum destaque quando acontece a uma pessoa pobre, muitas vezes são designados como “pobre diabo” ou “João ninguém”.

Após dividir o cotidiano dos garis, em sua pesquisa, costa (2004) revela que o desejo dessas pessoas é sair da invisibilidade e serem considerados como “GENTE”.

A busca por compreender e encontrar soluções para a desigualdade, invisibilidade e a humilhação social são os focos de muitos sociólogos que entende que métodos da sociologia podem ajudar a mudar essa realidade brasileira, sem descartar , no entanto, a ajuda da psicologia. Essas duas ciências podem atingir outras áreas do conhecimento enriquecendo assim as discussões a respeito bem como acrescer estratégias para combater questões sociais tão complexas.

Como começou a história dos direitos da empregada doméstica

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Os direitos trabalhistas das empregadas domésticas podem ser vistos como uma escadinha de conquistas que remonta ao século passado. A lei que consolida a legislação trabalhista no Brasil data de 1942 e ignora as empregadas domésticas com a alegação de que elas não constituíam uma categoria profissional. Os empregados domésticos só foram reconhecidos como profissionais pela primeira vez 30 anos mais tarde, em 1972.

A lei previa a assinatura da carteira de trabalho e férias de 20 dias. Mas não tratava da jornada de trabalho, nem do direito ao fundo de garantia (FGTS), ao seguro-desemprego e outros benefícios.

Em 1988, a Constituição Federal garantiu o pagamento do salário mínimo e da licença-maternidade de 120 dias, mas novamente ignorou o tema da jornada de trabalho e do FGTS, que só foi estendido a categoria em 2001, de forma facultativa à escolha do patrão.

Somente em 2013, a nova lei para os empregados domésticos começam a valer com:

Jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais; Hora extra; Adicional noturno; Depósito do FGTS; Indenização em caso de despensa sem jus ta causa; Décimo terceiro salário; folga semanal remunerada; férias; licença-maternidade; Aposentadoria.

A nova lei que amplia os direitos trabalhistas dos empregados domésticos conhecida como PEC das domésticas garante que os trabalhadores dessa área terão por um lado seus direitos garantidos, e do outro será elevado o nível de profissionalização da categoria.

Situação do trabalho doméstico no país.

Em 2011, havia no Brasil 607 milhões de trabalhadores domésticos dos quais 93% são mulheres (6,16 milhões, segundo a pesquisa nacional de amostragem por domicilio-

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