As Condições sócias históricas do Brasil quando da emergência do Serviço Social como profissão
Por: Rodrigo.Claudino • 7/12/2018 • 1.350 Palavras (6 Páginas) • 316 Visualizações
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O serviço social brasileiro nasce, como uma “missão”, um “serviço” à sociedade, que estava na dependência de uma “vocação” específica de seus agentes, a quem competiria, segundo expressões muito utilizadas na época, “fazer o bem-feito”, isso significava realizar um trabalho de ajuda com competência técnica, com base em princípios de modo voluntarista, caritativo e de caráter positivista-funcionalista, como forma que a igreja pudesse recuperar seu poder através da institucionalização do assistente social pela educação. O estilo era missionário, de apostolado social, justificando sua ideologia com a doutrina social da igreja.
Portanto a profissionalização do serviço social no Brasil surgiu para intervir e pacificar as relações de conflitos entre as classes burguesas e proletariado e minimizar ás mazelas sociais, como as desigualdades sociais consequente do capitalismo, e das relações entre classes sociais que estruturam esse sistema.
Em 1932 foi ministrado o curso intensivo de filantropia para formação social de moças, promovido pelas cônegas de Santo Agostinho, onde estas apelaram para a criação de uma organização que atendesse os necessitados. As trabalhadoras sociais da época eram moças ricas e de famílias abastadas que lidavam diretamente com proletariado da época, geralmente das próprias empresas da família. Assim a culminância do Serviço Social era adaptar o homem ao meio que vivia e o meio ao homem, mas estas trabalhadoras sociais ainda não observavam de maneira crítica e consciente o seu trabalho e sua intervenção na sociedade, a sistematização e teorização da profissão, alienando a população e iludindo-se com a ideia de que serviam em amor ao próximo, segundo o que pregava a igreja, que segundo Faleiros (2001) refletia que “o trabalho social consistia no reforço da moralidade e da submissão das classes dominadas. Era, portanto, o controle social da família operária para adequar e ajustar seu comportamento às exigências da ordem social estabelecida”.
Assim, analisando os inquéritos realizados no âmbito social da época, ver-se a necessidade de uma escola profissionalizante, como forma de qualificação dos agentes voluntariados assistencialistas e de benemerências. É antagonizado o mercado de trabalho capitalista com a consolidação de “reformador de caráter” sobre a tese de desenvolvimento de personalidade, sendo que, a principal matéria prima é a “questão social”, vista por sua complexa amplitude e de ordens moral e religiosa manifestada por diversos problemas sociais, como: condições de saúde, fome, desemprego e violência. Caracterizando os processos de mudanças societários e por consequência a qualidade de vida.
A preocupação de orientar e observar os prognósticos funcionalistas da sociologia através do método cientifico e de analisar a relação entre o trabalhador social e o meio em que está inserido no sistema de valores. Ressaltando a instrumentalização técnica podemos, respectivamente, responder a novas exigências colocadas pelo mercado de trabalho. Assim, percebe-se a importância da implantação da escola profissionalizante, visando a melhor atuação profissional dos assistentes sociais nas diversas áreas e temáticas como: saúde, proteção social, educação, habitação, meio ambiente, segurança pública, justiça e direitos humanos. Ampliando os conhecimentos teórico-metodológicos, ético-politico e técnico operativo.
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SECON, Mileni Alves. Desafio profissional de fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social II. [ On-line]. Londrina, 2016. P. 01-10. Disponível em : www.anhanguera.edu.br/cead >. Acesso em: 31/ 10/ 2016 ás 11h46
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