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A Saúde Mental

Por:   •  21/4/2018  •  5.197 Palavras (21 Páginas)  •  302 Visualizações

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Keywords: Family, mental health, the basic unit.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. OBJETIVO

3. JUSTIFICATIVA

4. DESENVOLVIMENTO

4.1. Um breve histórico da reforma psiquiátrica

4.2. A participação dos familiares na saúde mental

4.3. As dificuldades enfrentadas pela família do portador de transtorno mental

4.4. A estratégia de saúde da família na ressocialização do portador de transtorno mental e de seu familiar

5. CONCLUSÃO

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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- INTRODUÇÃO

A história da doença mental é relatada desde os primórdios da civilização, onde a pessoa considerada anormal era abandonada à sua própria sorte para morrer de fome ou por ataque de animais. E ainda hoje o “louco” é visto com preconceitos, pois a concepção de loucura está de certa forma, ligada à história do homem (SPARDINI, 2006).

A assistência à doença mental, em sua história, sempre apontou para a impossibilidade de a família cuidar do doente mental (VIANA.2004).

A família do portador de transtorno mental define-o como aquele que tem um comportamento diferente, e isso indicam padrões de comportamentos não aceitos por eles mesmos; ainda referem-se aos pacientes como aquele que faz “criancices” e a doença como meio de vida tentando normalizar o estranho (COLVERO, 2002).

Esta experiência coloca, certamente, questões muito difíceis para o nosso pensamento. Contudo, justamente por isso, são questões que nos desafiam e nos ensinam a pensar. Nosso trabalho é acolher essa demanda – ou seja, responder.

Conhecendo os fundamentos da Estratégia Saúde da Família (ESF) percebi que ainda é incipiente a sua implementação no sentido de atender a família e o paciente portador de transtorno mental, pelo fato da população, continuar buscando os serviços de saúde somente quando se encontra com uma enfermidade, acarretando assim, uma demanda desordenada por atendimento médico, saturando a agenda da unidade, com procedimentos, quase que exclusivamente, com consulta médica.

As equipes da ESF, por sua proposta mesma de trabalho, costumam ter com sua clientela uma relação muito diferente daquela que se estabelece nas práticas mais tradicionais de Saúde. Conhecem seus pacientes, conversam com eles, entram em contato direto ou indireto não só com seus sintomas e doenças, mas com os mais diferentes aspectos de suas vidas.

Escutar o paciente e a família cuja queixa traduz essencialmente a demanda de ajuda para um problema emocional de ambos; acompanhá-los, procurando pensar as razões desse problema, e formas possíveis de enfrentá-lo; evitar tanto quanto possível o recurso aos psicofármacos, e, quando necessário, usá-los de forma criteriosa; não forçar o paciente a deixar, de um dia para o outro, o medicamento que sempre usou, mas ponderar com ele os riscos e as desvantagens desse uso; não repetir estereotipadamente condutas e receitas: este é um acompanhamento que as equipes da ESF sabem e podem conduzir.

Mas na minha vivência, poucas são as equipes da ESF que dispõe de tempo e de conhecimento para atender os pacientes emocionalmente instáveis, geralmente são remetidos a outra instituição. No contexto atual tenho percebido que o número de famílias que procuram a Unidade Básica de Saúde pedindo ajuda para um parente tem aumentado, seja por alcoolismo, uso de drogas ou pacientes egressos de hospitais psiquiátricos. Um dos principais desafios é promover um amplo processo de reabilitação, inclusão social e cidadania para pessoas com transtornos mentais de modo a garantir-lhes permanência no meio em que vivem, com suas famílias exercendo de forma satisfatória suas funções na sociedade, e tendo suas limitações respeitadas.

A família tem o papel imprescindível de luta contra a exclusão social e econômica do paciente, com o apoio dos serviços substitutivos e das Unidades Básicas de Saúde visto que existe o marco da economia solidária, surge assim parceiro natural para a discussão das pessoas com transtorno mental do mercado de trabalho (BRASIL, 2005).

Para tanto é imprescindível a participação ativa, e a construção de um vínculo da Equipe de Saúde da Família e familiares dos portadores de transtorno mental. Acompanhamento periódico visando a ressocialização desse usuário, objetivando qualidade de vida, suporte necessário para compreensão da doença e melhoria da qualidade da assistência prestada. Logo, faz-se necessário buscar conhecer e compreender como se dão as relações familiares e sua participação na reinserção do portador de transtorno mental, tanto no ambiente familiar como na comunidade. Devido à necessidade de resgatar nas famílias o apoio e estimular o cuidado ao usuário e tê-la como aliada na promoção da sua reintegração à sociedade.

Este estudo veio contribuir para uma melhor compreensão das relações familiares buscando encontrar meios de promover ações conjuntas entre Estratégia Saúde da Família e as famílias dos pacientes portadores de transtorno mental.

- OBJETIVO

Identificar a participação da família durante o tratamento e a recuperação do paciente com transtornos mentais que podem ser tratados pela ESF.

- JUSTIFICATIVA

Diante da crescente demanda pelo atendimento na área de saúde mental e que estas pessoas são de responsabilidade da equipe do programa de saúde da família, muitas vezes, os profissionais de saúde tem dificuldades para o atendimento dos pacientes, pois a instituição não possui infraestrutura adequada para o atendimento dos mesmos.

Por meio da vivência na atenção básica na cidade de Sonora, se observa que durante o acolhimento geral realizado diariamente pela equipe de Programa Saúde da Família (PSF) captam-se os portadores de sofrimento mental, ou também por visita domiciliar solicitada por algum familiar ou pelos agentes comunitários de saúde (ACS) da área de abrangência do centro de saúde.

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