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A Homofobia e gênero um debate necessário na formação docente

Por:   •  27/11/2018  •  2.084 Palavras (9 Páginas)  •  235 Visualizações

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São jovens e adolescentes entre 14 e 29 anos que diariamente cometem suicídios por causa de sua orientação sexual não ser aceita, as mais simples piadas com teor homofobico pode ser agravante para cometerem suicídio, isso tudo junto com a não aceitação dos pais, a exclusão da sociedade, as frequentes agressões e perseguições levam esses jovens a decidir pelo caminho mais curto para a “libertação”. Pesquisas realizadas nas mais diversas áreas, mas focando principalmente nas escolas dos mais diversos tipos, desde educação básica até ensino superior, colocam a tona índices alarmantes do numero de heteros que não querem trabalhar ou estudar com homossexuais, e isso começa desde os primeiros anos do fundamental, o que podemos tirar disso é a influencia de pais e de uma sociedade preconceituosa e homofobica que vem sendo construída ao longo do tempo, sendo cada dia mais presente na vida das crianças em fase de desenvolvimento. A criação de politicas publicas voltadas para essa classe, não irão diminuir de imediato o preconceito e a descriminação, mas, dão uma certa segurança para que os gays possam ter uma “aceitação’ de familiares, amigos e colegas de trabalho. Com isso se enfatiza a necessidade de movimentos voltados para luta de direitos dessa classe serem ativos, para que as politicas sejam elaboradas e seguidas.

Até os anos 1970, afirmar-se visivelmente como homossexual ou como judeu, para permanecer no quadro desses dois casos, implicava incomodar o resto da sociedade, reclamar um reconhecimento, dizer que sua identidade sexual ou religiosa merece seu lugar, que ela não é uma infâmia ou uma barbárie, nem a marca de uma inferioridade incapacitante, como sugere o discurso dominante (WIEVIORKA, 2006).

Nos espaços de trabalho onde o homossexual se insere, existe inúmeras experiências negativas, por conta de sua orientação sexual, alguns perdem o emprego quando a sua orientação é descoberta, a influencia que sua orientação tem quando se trata de uma avaliação de desempenho dentro da empresa, sem contar no mal psicológico que os gays sofrem por terem que omitir o seu verdadeiro eu, justamente para que situações como essas não ocorram, levando esse “medo de ser descoberto” para sua vida social, prejudicando ainda mais sua auto aceitação. Por conta de todos esses agravantes os homossexuais se veem em dois caminhos: os de se aceitarem e assumir o que são e o de se omitir a sua orientação, ambas se tornam delicadas, pois na primeira o medo de possíveis retaliações passa por sua cabeça e na segunda a angustia de ter que fingir ser algo que não é.

O medo ou a antecipação da discriminação parecem ser importantes e muito citados como sendo relevantes considerações em como trabalhadores gerenciam suas identidades gay, lesbicas e bissexual no trabalho (CROTEAU, 1999).

METODOLOGIA

A metodologia do presente artigo foi utilizado revisão bibliográfica dos/das autores/autoras Marcelo Dantas e Maria Ester de Freitas (2002), M.V.S. Siqueira (2006), M. Wieviorka (2002) e J. Croetau (1996), e a pesquisa foi feita com uma abordagem qualitativa, tendo em vista o aprofundamento do conteúdo sobre o assunto, e a abertura de possíveis debates em outros campos.

EDUCAÇÃO E INCLUSÃO DE LGBT’S COMO EDUCADORES (AS)

Quando se fala em escola e LGBT’s já vemos ai um dos medos que muitos homossexuais enfrentam diariamente. Um espaço considerado por muitos como a segunda casa, lugar onde se conhece amigos, onde adquire conhecimento, onde pode ser livre e ser quem quiser, não é bem assim quando se trata de um aluno homossexual. Primeiramente, homossexuais na grande maioria sofrem preconceito na própria família (primeira casa), e quando esse preconceito é somado com o sofrido na escola (segunda casa) agrava ainda mais os problemas que foram citados anteriormente.

Pesquisas apontam que em varias escolas o numero de heteros que não querem dividir a mesma sala de aula com um homossexual só aumenta, reflexo de uma educação conservadora, que exclui os diferentes. Vemos muitos gays abandonarem a escola cedo, devido piadas homofobicas, agressões, perseguições, tanto por parte de alunos como por parte até mesmo de professores, pessoas que deveriam educar para respeitar as diversidades, são exemplos de verdadeiros propagadores do ódio e de desigualdade. Muitos gays não suportando esses preconceitos diários cometem suicídio, ou simplesmente não vão mais a escola e começam a desenvolver doenças psicológicas como depressão, transtornos de ansiedade e pânico. O simples fato de muitos terem que esconder sua verdadeira orientação para que possa ser aceito dentro das escolas agravam esse estado.

Caminhando a passos largos, vemos que hoje devido politicas voltadas para esse publico, vemos a inserção de educadores homossexuais em escolas publicas e privadas, mesmo assim não é o suficiente para acabar com as desigualdades dentro de sala de aula, porem ameniza os efeitos da homofobia em alunos gays. Nos deparamos aqui com outra situação: professores homossexuais que sofrem preconceito e homofobia na escola em que lecionam. Na cidade de Iguatu é pouca a inserção de professores homossexuais nas escolas, e os poucos que resistem relatam sofrer preconceitos, piadas homofobicas, sua orientação ser debatidos para serem ou não mantidos no emprego, além do preconceito de pais, que acabam tirando seus filhos da escola por causa da orientação sexual dos professores. A sociedade não permite e não quer entender que um homossexual tenha capacidade de lecionar, já se utilizam de argumentos como que eles podem influenciar os filhos a serem gays, que os mesmo irão usar o posto de professor para se aproximar com intuito sexual dos filhos, é por esses e muitos outros argumentos que professores são afastados e impedidos de lecionarem.

Em escolas publicas o professor tem um maio respaldo da justiça em relação a permanecer no cargo, não que em escolas particulares isso não exista, porem a direção quando percebem que estão perdendo alunos por causa das orientação sexual de algum professor, acham brechas na lei para camuflar o preconceito e demiti-los. Muitos professores se formam, possuem arcabouço teórico incríveis, mas na entrevista de emprego, o fato de ser homossexual pode ser decisivo para a não contratação. Assim como as empresas estão aderindo a politicas para o acolhimento e para aceitação de gays no espaço de trabalho, algumas escolas já veem a contratação de professores gays como mais uns avanços contra o conservadorismo imposto pela sociedade e ao serem questionadas preferem deixar o professor a tira-lo para que os pais possam colocar

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