TEMPO E ESPAÇO: PEÇA A PEÇA, O MUNDO SE CONSTRÓI, QUANDO O ALUNO AJUSTA OS PONTEIROS E DESCOBRE O TEMPO.

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Segundo Selma Garrido Pimenta (2006)

O estágio deve ser um momento de síntese dos conteúdos, das matérias de ensino, das teorias de aprendizagem e das experiências pessoais, bem como deve constituir-se em um processo de reflexão-ação-reflexão... (PIMENTA, 2006. p.75)

Portanto o estágio não é somente uma forma de aplicarmos nosso conhecimento é também uma forma de aprender, rever ações, avaliar e refletir para buscar mudança e novos trajetos. Para, além disto, o estágio propicia as crianças diferentes formas de aprender saindo do ensino tradicional, pois através da metodologia de projetos transformados em ações, trazendo conquista e aprendizagem as crianças e as professoras estagiárias.

Para isto, procuramos montar um projeto para a educação infantil, especificamente para uma turma de Maternal II, crianças de três a quatro anos de idade, abordando o tema “espaço e tempo”, almejando investigar como as crianças desenvolvem a noção de espaço e tempo.

Para tanto pretendemos desenvolver atividades que explorem objetos e ambientes variados, construindo a representação do espaço e tempo se orientando por pontos de referência.

A criança nessa faixa etária explora o mundo ao seu redor através do próprio corpo, vivenciando situações complexas de exploração do espaço. Ela está em amplo desenvolvimento e utiliza todas as possibilidades que lhe são oferecidas. Ela não para: sobe, desce, pula, entra e sai de pequenos lugares, desenvolvendo assim a noção de espaço e tempo.

Nessa faixa etária de 2 e 3 anos, acontece o período pré-operacional, onde a criança age intensamente sobre os objetos, buscando construir conceitos através de experiências com o meio físico e social e construindo o conhecimento do mundo em que vive.

JUSTIFICATIVA

Sabemos que a interação, a troca de experiências, o estímulo, a apropriação dos diversos conhecimentos na Educação Infantil, são fundamentais para garantir à criança o seu desenvolvimento e consequente formação integral como ser humano. Portanto é necessário que haja uma sequência de atividades diárias que sejam pensadas a partir da realidade da turma e da necessidade de cada aluno. Neste momento, é essencial que haja a sensibilidade do Educador para entender a criança como sujeito ativo, reconhecendo as suas particularidades, considerando o contexto sociocultural do aluno e também o da instituição.

Para dispor de tais atividades no tempo é fundamental organizá-las dentro tendo presentes as necessidades biológicas das crianças como as relacionadas ao repouso, à alimentação, à higiene, e à sua faixa etária; as necessidades psicológicas que se referem às diferenças individuais como, por exemplo, o tempo e o ritmo que cada uma necessita para realizar as tarefas propostas; as necessidades sociais e históricas que dizem respeito à cultura e ao estilo de vida, como as comemorações significativas para a comunidade onde se insere a escola e também as formas de organização institucional da escola infantil. (BARBOSA, HORN, 2001, p. 68).

Deste modo, pensaremos em atividades diversas, que envolverão as crianças tendo em vista a faixa etária, o histórico, as necessidades biológicas, psicológicas, sociais e históricas de cada uma, planejando e pensando nos momentos mais adequados e no local em que serão realizadas.

Nossas atividades abordarão conhecimentos temporais (tempo) e geográficos (espaço), com atividades que façam com que as crianças dominem, a noção de tempo e espaço desenvolvendo a percepção sobre a sequencia dos eventos e sua duração. Ao explorar objetos e ambientes variados, a criança vai montando uma representação do espaço e aprendendo a se orientar por pontos de referência.

De acordo com o RCNEI (1998, p. 219) As crianças exploram o espaço ao seu redor e, progressivamente, por meio da percepção e da maior coordenação de movimentos, descobrem profundidades, analisam objetos, formas, dimensões, organizam mentalmente seus deslocamentos. [...] As relações espaciais nos deslocamentos podem ser trabalhadas a partir da observação dos pontos de referência que as crianças adotam, a sua noção de distância, de tempo etc.

O lugar é o depositário final, obrigatório, do evento. Segundo Eddington, um evento é "um instante do tempo e um ponto do espaço". Na verdade trata-se de um instante do tempo dando-se em um ponto do espaço. Um evento, para Eddington (p. 45), é exatamente "um ponto nesse espaço-tempo", "um dado instante em um dado lugar". O princípio da diferenciação deriva da combinação de uma ordem temporal e de uma ordem espacial. (SANTOS, 1996, p. 93)

Para a criança, lidar com a espera, por mais simples que pareça a um adulto, é um fator de grande inquietação. Isso porque a noção de tempo - um dos principais organizadores da vida em sociedade e da representação das experiências humanas - ainda está em construção nos primeiros anos de vida. E o espaço ao seu redor ainda esta se constituindo, com modificações ocorridas antes dele nascer e modificações que ainda ocorreram com o tempo.

Para Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). "O desafio é grande porque o espaço é algo contínuo, sem separações." As rupturas entre os objetos e as relações entre eles são construídas ao longo do desenvolvimento infantil e se estendem ao menos até a adolescência.

Com essa percepção de tempo e espaço, a criança pode pensar em sua própria história e também estabelecer conexões dela com outras - a de colegas de classe, parentes e, aos poucos, de grupos mais distantes.

PROBLEMA

É possível fazer com que as crianças de 3 a 4 anos desenvolvam a noção de tempo e espaço, de forma que elas compreendam o meio em que vive?

OBJETIVO GERAL

Desenvolver atividades que explorem objetos e ambientes variados, construindo a representação do tempo e espaço se orientando por pontos de referência, com crianças de 3 a 4 anos na escola de educação infantil.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

- Promover a socialização, possibilitando com que a criança entenda que ela tem uma origem, e uma identidade cultural.

- Proporcionar situações onde a criança possa explorar e observar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se