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TCC: O SUPORTE DA PSICOPEDAGOGIA NO ENSINO E APRENDIZAGEM

Por:   •  10/12/2018  •  7.126 Palavras (29 Páginas)  •  309 Visualizações

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Não temos por objetivo‭ apresentar um resgate das correntes teóricas da história da educação e nem das‭ práticas educativas, ‭ ‬pretendemos apenas enfocar algumas idéias que,‭ ‬dentre‭ outras,‭ ‬influenciaram e ainda influenciam diretamente o processo de ensino e‭ aprendizagem visando,‭ ‬com isto,‭ ‬a melhor situar o objeto de estudo da‭ psicopedagogia.‭

É fundamental o papel da escola na formação humana oferecendo um contexto privilegiado para o crescimento das crianças, na sociedade atual. Portanto uma avaliação psicopedagógico que leve em consideração o amadurecimento emocional da criança, realizada desde o início da escolarização, serve de apoio para que os profissionais da educação infantil conduzam sua prática pedagógica de um modo mais eficiente.

A EDUCAÇÃO INFANTIL NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

A educação infantil surgiu com um objetivo assistencialista de suprir as necessidades da criança e de substituir o lugar da família enquanto a criança ali permanecesse.

As creches foram criadas a partir da revolução industrial. No Brasil surgiu da necessidade da mulher suprir o mercado de trabalho, o que desencadeou um movimento entre os operários reivindicando um lugar onde deixarem seus filhos menores.

As crianças que permaneciam muitas horas longe de suas mães necessitavam de cuidados e as creches desempenhavam essa função suprindo esta necessidade da mãe trabalhadora.

A partir da década de 1980 estudos e pesquisas foram realizados com o intuito de discutir a real função da creche/pré-escola. Concluiu-se então que a educação infantil é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, independentemente da classe social.

Em 1988, a Constituição Federal apresenta a creche/pré-escola como um direito da família sendo dever do Estado prestar esse serviço. A Constituição Federal Brasileira define que a Educação Infantil representa a primeira etapa da educação básica, tendo como alvo crianças de 0 a 3 anos em creches e de 4 a 6 anos em pré-escolas.

A partir disso a Educação Infantil passa a ser percebida como inseparável do educar e cuidar. Cuidar compreendendo que as necessidades básicas da criança sejam supridas e, educar oferecendo à criança, oportunidades de descobertas e aprendizado, uma vez que devemos preparar nossas crianças desde bebês para o exercício de uma real cidadania.

A educação infantil tem por obrigação proporcionar ambientes que estimulem a sensibilidade e a criatividade nos alunos:

“As Instituições de Educação Infantil devem promover em suas Propostas Pedagógicas, práticas de educação e cuidados que possibilitem integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivo-lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível. (Lei 9.131/95. Art. 3º [...] III)

A educação Infantil deve ser vista não como um artigo de luxo ou um lugar onde crianças são deixadas por falta de opção, mas um direito para que todas as crianças brasileiras se desenvolvam adequadamente.

Para que a Educação Infantil atenda essa demanda se faz necessário alterar suas práticas pedagógicas. Não há campo para quem percebe a creche como um lugar que somente cuida da criança ou como uma instituição essencialmente assistencialista. A proposta pedagógica é uma ferramenta essencial para um processo educacional eficaz.

A escola entra na vida da criança como um lugar onde se vivencia experiências únicas de negociações, de trocas e relações com diversas crianças de mesma faixa etária. É na escola que a criança tem a oportunidade da convivência social em um ambiente diferenciado e com situações inusitadas.

“... a capacidade de uma pessoa para se relacionar depende das experiências que vive, e as instituições educacionais são um dos lugares preferenciais, nesta época, para se estabelecer vínculos e relações que condicionam e definem as próprias concepções pessoais sobre si mesmo e sobre os demais.” (ZABALA,1998, p.276)

A aprendizagem humana envolve uma árdua relação sujeito-objeto. O sujeito nasce com um ser biológico e logo se constitui com um ser psicológico. As evoluções normais das ações cognitivas dependem das condições externas, mais especificamente das relações entre a criança e sua família. (FONSECA, 1999)

A escola é um direito. Porem ao longo desse caminho costuma aparecer desafios e que são chamados de Transtornos de aprendizagem.

Pilletti (1984) considera, como diversos outros autores, que as primeiras experiências educacionais das crianças, geralmente são proporcionadas pela família. Para o autor através das influencias familiares, vai-se paulatinamente moldando seu comportamento.

Uma família constituída apenas pelo subsistema conjugal, por exemplo, tem interesses e necessidades particularmente distintas daquela em que o subsistema parental conta com filhos adolescentes. Tanto as interações intrasistêmicas como as intersistêmicas têm características especiais numa e na outra.

As crianças são treinadas para fazer cálculos e acertá-los, mas a vida é cheia de contradições, as questões emocionais não podem ser calculadas, nem têm conta exata. (CURY, 2003).

A importância que a família da à educação e a escola esta diretamente relacionada às condições sociais e ao seu capital cultural. Os pais tornam ídolos de seus filhos naturalmente quando cria um casa acolhedora, de respeito, saudável e que criam interesse pelo trabalho escolar do filho e, assim, motive-o.

A parceria entre família e escola deve ser estabelecida desde o principio. Quando os pais estão bem informados sobre o filho na escola muitos problemas podem ser detectados e solucionados em tempo de se evitar prejuízos para o aluno até mesmo a repetência (TIBA, 2002).

Também para Szymanski a educação infantil é fator decisivo para construirmos um individuo pleno de suas capacidades. Alem de estratégias de socialização as famílias diferem umas das outras quanto a modelos educativos (Bouchard). Segundo Szymanski os conflitos entre família e escola podem advir das diferenças de classes sociais, valores, crenças, hábitos de interação e comunicação subjacentes aos modelos educativos.

Para Szymanski o reconhecimento das deficiências na relação família/escola pode ser uma possibilidade de abertura de um novo caminho. Os envolvidos podem aumentar seu conhecimento com uma infinidade

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