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Supervisão Escolar: Avanços de conceitos e processos

Por:   •  16/5/2018  •  1.778 Palavras (8 Páginas)  •  415 Visualizações

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O terceiro capítulo apresenta os estudos de Marcia Nico Evangelista e Wendel Freire, sobre a “Supervisão e Narrativa no Cotidiano Escolar”. Este tema tem como perspectiva a construção de um olhar critico sobre a realidade das escolas modernas e as possibilidades de novas práticas pedagógicas que o supervisor educacional pode apresentar, para transformar a educação. Conforme os autores, a escola da atualidade perdeu seus fundamentos e o compromisso em formar indivíduos sociais e críticos, o sistema de ensino está a cada dia produzindo sujeitos alienados e carentes de uma existência coletiva, configurando-se hoje, como um espaço individualista, tecnicista, burocrático e não muito igualitário.

Os Movimentos Sociais do século XXI se preocupam com a autonomia dos indivíduos e com isto, buscam ressignificar a escola por meio de um olhar crítico ao cotidiano limitador. Acreditando por sua vez, que ainda há caminhos libertadores para transformar a realidade do âmbito escolar e reacender as esperanças nas experiências coletivas e inovadoras. Tais experiências podem ser narradas e transcritas, contando toda a história política da instituição, dessa forma, o supervisor saberá dos fracassos anteriores e poderá agir conforme as necessidades da escola.

De acordo com as reflexões dos autores, é necessário buscar um caminho instigante para que o corpo docente juntamente com o supervisor recrie novas práticas e renovem a esperança e o crédito na educação. Para isso, é fundamental reinventar a escola, estabelecendo relações mais éticas, além de um processo de aprendizagem por construção e não mais repetição, e também, a valorização do conhecimento de todos enquanto sujeitos do saber. Concebendo especificamente ao supervisor, um olhar mais atento para articular de forma coesa com os gestores da escola e professores, estratégias e ações necessárias a fim de garantir e melhorar o processo de ensino e aprendizagem, possibilitando novas perspectivas de vida e saberes aos educandos.

No penúltimo capítulo, “Supervisão: (Re) produzir a Pedagogia”, escrito por Flávia Vieira, trata-se de uma abordagem centrada na análise e na construção de casos, através da ação supervisora, no contexto de uma visão democrática da educação, com a finalidade de transformação e busca de ideias emancipadoras. Flávia Vieira relata nesta leitura, a sua experiência de Supervisão colaborativa enquanto formadora neste domínio, pós-graduada e orientadora da disciplina de “Educação em Línguas Estrangeiras e Supervisão Pedagógica”. Ao longo do texto, suas ideias são traçadas com as de suas alunas, um grupo de cinco professoras de inglês, que narram este estudo de caso, sobre as dificuldades de leitura de uma turma do 9º ano, documentando suas experiências partilhadas em um portefólio, com o propósito de refletir suas concepções e práticas de ensino, para o desenvolvimento profissional, em articulação com uma Pedagogia de transformação para autonomia dos alunos.

A leitura prossegue com “Quebra de rotinas”, onde a autora incentiva a “libertação de amarras”, numa perspectiva de novas concepções e instrumentos no processo de ensino e aprendizagem. Posteriormente parte para “Quebra de rotinas 2”, evidenciando a importância de adotar um posicionamento crítico e reflexivo de nossas ações, a fim de confrontar nossas teorias pessoais e buscar novos conhecimentos, para encarar a prática como um campo de possibilidades, em um movimento de transformação pessoal. Flávia Vieira avança, estimulando a transformação da linguagem acadêmica, por uma linguagem criativa e imaginária no momento da narrativização da experiência. Por fim, em “Quebrar o (des) encanto”, a autora declara que devemos procurar desafios, sendo imprescindíveis os questionamentos sobre nossas próprias práticas para nos libertar e fugir das rotinas.

No último capítulo, Sandra Santos e Luzia C. N. Araújo trazem uma abordagem sobre a “Supervisão e Inclusão: Interfaces no ISERJ”, destacando a Formação Continuada de Professores, uma prática realizada pelos supervisores pedagógicos do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (ISERJ), e também, a Educação inclusiva, a fim de ressaltar os princípios de uma democratização de ensino para todos os cidadãos, independente de suas diferenças e condições especiais.

As autoras fundamentam suas ideias na atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n.º 9.394/96), que defende o processo de inclusão dos portadores de necessidades educativas especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino. Conforme suas reflexões haverá resultados democráticos, se houver ações instituintes da escola, assumindo efetivamente exigências para com seus profissionais docentes quanto suas práticas de ensino, a fim de aperfeiçoarem sua formação, e se possibilitem novas ações pedagógicas, posturas e metodologias, com o compromisso de atender a todos os inseridos do cotidiano escolar.

A leitura prossegue, ressaltando o ISERJ, no contexto da Educação Inclusiva, articulando que a maioria das instituições de ensino superior desdobra-se em problemáticas, ambiguidades e paradoxos, e como consequência, há a produção de excluídos na educação pública brasileira, visto que a maioria dos docentes não estão preparados. Por sua vez, o referido Instituto, busca formar professores capazes de atender às demandas educacionais da sociedade, resgatando, as diretrizes baseadas nas ideias de Anísio Teixeira, com o propósito de fortalecer a escola profissional púbica de professores, como também, caminhos férteis, engajados e transformadores, propondo projetos de inclusão social no cotidiano escolar.

As autoras salientam ainda a importância do exercício da profissão do Supervisor Escolar nas práticas cotidianas, considerando as responsabilidades deste cargo, de articular criticamente e construtivamente o processo educacional, motivando a discussão coletiva da Comunidade Escolar acerca da inovação da prática educativa a fim de garantir o ingresso, a permanência e o sucesso dos educandos, através de currículos que atendam às reais necessidade de todos os constituintes da escola.

Considerando a relevância desse tema, “Supervisão Escolar: Avanços de Conceitos e Processos”, foi de fundamental

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