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O Papel do Diretor no Processo de Inclusão Escolar

Por:   •  1/5/2018  •  2.736 Palavras (11 Páginas)  •  377 Visualizações

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O presente trabalho é resultado de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema Inclusão escolar e o papel do gestor escolar nesse processo.

- DESENVOLVIMENTO

2.1- Analisando a Historia da Educação para os Alunos com Necessidades Especiais.

Segundo Mazzotta (2003) até o século XVIII as noções a respeito da inclusão de pessoas com necessidades especiais eram basicamente ligadas ao misticismo e ocultismo, não havendo bases cientificas para o desenvolvimento de nações realísticas.

Com o passar dos tempos às ciências da natureza desenvolvem-se, a medicina ganha status científico, passando a fornecer explicações de todos os fatos que eram, até então determinados pela Igreja como verdades inquestionáveis. Fortaleceram-se as teses que explicavam as origens das deficiências em causas naturais, e não mais por fatores espirituais. A primeira explicação científica à condição de deficiência foi determinada com base na herança genética, como origem dos distúrbios físicos e intelectuais. Passou-se a acreditar que é uma condição inata, determinada geneticamente como traços inerentes aos sujeitos, descartando-se a possibilidade da mudança dessa condição. (FERNANDEZ, 2006).

As sementes da política da Educação inclusiva foram lançadas na Conferência Mundial sobre a Educação para todos, na cidade de Jomtien na Tailândia em 1990, onde o Brasil também participou.

Em 1994 surgiu a Declaração de Salamanca que estabeleceu que a inclusão é um processo educacional através do qual todos os alunos, incluindo com deficiência, devem ser educados juntos, com o apoio necessário, na idade adequada e em escola de ensino regular.

No Brasil, de acordo com Mazzotta (1996) o inicio da Educação especial se deu no momento em que a sociedade vivia sob a influência do liberalismo, que sustentou as tendências republicanas e abolicionistas.

Nesse contexto, são criadas no Brasil as primeiras instituições especializadas com objetivos e práticas semelhantes ao contexto europeu, com forte apelo assistencial.

A educação especial como políticas públicas de educação só vai acontecer no inicio dos anos 60 com a denominação de “educação dos excepcionais”.

Alguns autores estabelecem que a educação de pessoas com necessidades especiais no Brasil compreende três períodos: de 1854 a 1956- marcado por iniciativas de caráter privado isolado. Neste período é fundado O Instituto dos Meninos Cegos (atual Instituto Benjamin Constant), na cidade do Rio de Janeiro em 1854.

Período de 1957 a 1993, definido por ações oficiais de âmbito nacional. Em 1957, o poder público assume a educação especial com a criação das “Campanhas”, destinadas especificamente para atender a cada uma das deficiências, e a Campanha para Educação do Surdo Brasileiro- CESB, seguida da instalação do Instituto de Educação de Surdos INES no Rio de Janeiro. Em 1972 foi constituído pelo Ministério de Educação e Cultura MEC o grupo Tarefa de Educação Especial, onde foi apresentada a primeira proposta de estruturação da Educação Especial brasileira, tendo sido criado um órgão central denominado Centro Nacional de Educação Especial-CENESP, que hoje é a Secretaria de Educação Especial.

O terceiro período vai de 1993 em diante, caracterizado pelos movimentos em favor da inclusão escolar.

No Brasil, a criança com necessidades especiais tem garantido por lei o seu acesso ao ensino regular, assim como a diferenciação curricular para casos específicos.

A aprovação da Lei de Diretrizes Educacionais - LDB Lei 9394/96 estabeleceu, entre outros princípios, o de igualdade e condições para o acesso e permanência na escola e adotou nova modalidade de educação para educandos com necessidades especiais. A LDB 9394/96 apresenta no Capítulo V- Da educação especial, estabelecendo no artigo 58: “Endente-se por educação especial, para efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educando portadores de necessidades especiais.”

Desse modo, as leis estimulam a formação de um cidadão participativo e responsável diante das demandas da sociedade. Também reconhecem a importância dos estabelecimentos de ensino e dos docentes, nessa função, quando determina a escola como lócus privilegiado da educação e oferece um crédito de confiança na competência técnica e política dos profissionais que nela atuam (NEVES, 1998).

2.2 Inclusão escolar e o papel do Gestor Escolar

Inclusão não é somente para portadores de necessidades especiais ou com dificuldade de aprendizado, incluir é auxiliar toda e qualquer pessoa que necessite de apoio para desenvolver alguma habilidade a qual a mesma tem dificuldade, incluir e inserir são coisas diferentes, uma visa a inserção de forma digna e acompanhada visando o desenvolvimento e a outra significa colocar e deixar sem ao menos se preocupar com a situação o que prejudica grandemente a inclusão tanto escolar quanto social.

Os alunos com necessidades especiais constituem uma grande preocupação para os educadores inclusivos, O avanço do paradigma da Educação Inclusiva tem trazido grandes desafios à educação. A própria Educação Especial vem tendo que redimensionar o seu papel, antes restrito ao atendimento direto dos educandos com necessidades especiais, para se constituir, cada vez mais, num sistema de suporte para a escola regular que tenha alunos especiais incluídos. Isso significa que a Educação Especial é hoje concebida como um conjunto de recursos que a escola regular deve ter à sua disposição para atender a diversidade de seus alunos. (GLAT; PLETSCH, 2004).

Segundo Coll, Palácios e Marchesi (1995, p. 324) “A igualdade entendida como diversidade, como desenvolvimento das potencialidades educacionais através de uma oferta múltipla, pressupõe uma escolha decidida da inclusão escolar”. O desenvolvimento de alunos com necessidades especiais ocorre mediante alternativas distintas visualizadas pelos gestores e educadores escolares, que distinguem a importância de desenvolver a aprendizagem adaptando seus conhecimentos em suas ações educacionais, para que assim, os conhecimentos desses alunos se tornem idênticos e com o mesmo grau dos outros alunos.

Segundo Gagné (1974, p.2) "a aprendizagem depende em grande parte dos acontecimentos que se realizam no ambiente com o qual o indivíduo interage".

Parolin (2006)

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