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RELATÓRIO DE TESTAGEM LINGUAGEM NO PROCESSO EDUCATIVO I

Por:   •  3/10/2018  •  903 Palavras (4 Páginas)  •  276 Visualizações

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Esta hipótese silábica é de maior importância, por duas razões: permite obter um critério geral para regular as variações na quantidade de letras que devem ser escritas, e centra a atenção da criança nas variações sonoras entre as palavras. No entanto, a hipótese silábica cria suas próprias condições de contradição: contradição entre o controle silábico e a quantidade mínima de letras que uma escrita deve possuir para ser “interpretável” [...]; além disso, contradição entre interpretação silábica e as escritas produzidas pelos adultos (que sempre terão mais letras do que as que a hipótese silábica permite antecipar).

Esses conflitos e contradições que a criança enfrenta vão desestabilizando progressivamente a hipótese silábica, até que a criança tem coragem para se comprometer em um novo processo de construção. E como Ferreiro (1989 p. 27) afirma:

O período silábico-alfabético marca a transição entre os esquemas prévios em via de serem abandonados e os esquemas futuros em vias de serem construídos. Quando a criança descobre que a sílaba não pode ser considerada como uma unidade, mas que ela é, por sua vez, reanalisável em elementos menores, ingressa no último passo da compreensão do sistema socialmente estabelecido [...].

Portanto, a criança para se alfabetizar enfrenta muitos conflitos necessários, construções e desconstruções de conhecimentos para compreender o mundo ao seu redor. A leitura e a escrita estão inseridas no meio social e cultural da criança antes mesmo da escola apresentar-lhe e é preciso respeitar e preservar a leitura de mundo que a criança traz com ela, para ter êxito no processo de alfabetização. Cada criança tem sua maneira de aprender e isso precisa ser entendido e respeitado pelo professor alfabetizador, pois é através das interações adulto-criança e crianças entre si que se criam as condições para a inteligibilidade dos símbolos e os que conhecem a função social da escrita vão dando-lhe sentido e forma explicita e existência objetiva através de ações interindividuais.

REFERÊNCIAS

GROSSI, Esther Pillar. Didática do nível silábico. RIO DE JANEIRO: Paz e Terra, 1990.

FERREIRO, Emília. Reflexões sobre a alfabetização. SÃO PAULO: Cortez: Autores Associados, 1989.

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