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Professor Pesquisador

Por:   •  21/4/2018  •  2.158 Palavras (9 Páginas)  •  269 Visualizações

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A concretização de uma educação transformadora capaz de promover o desenvolvimento de um sujeito crítico emancipado, torna-se fator indispensável no campo educacional, especialmente nos dias de hoje, pois conforme Tozoni-Reis (2010), faz-se primordial uma perspectiva emancipatória que esteja comprometida com a realidade do sujeito, a fim de auxiliá-lo a resignificar seu meio, transformando-o assim em sujeito ator de sua história. Desta forma, problematizando e ressignificando o contexto e a trajetória do educando volta-se para a criticidade e análise do meio que o cerca, oferecendo assim ao sujeito condições de resignificar saberes.

Nesses termos, o texto que segue refere-se num primeiro momento ao papel da escola na formação do sujeito, numa perspectiva emancipadora considerando a função social da educação. Num segundo momento, apresentar-se-á a postura do educador em virtude de sua incumbência na ação de ensinar, a ação esta que interfere no perfil do sujeito a ser formado, considerando para isso as teorias educacionais de Tozoni-Reis (2010).

Fazendo uma relação do texto de Tozoni-Reis (2010) com a teoria de Silva (2014) ao que se refere às especificidades do trabalho do professor e a construção de sua identidade para trabalhar de forma emancipatória o desenvolvimento do sujeito tem-se amparo na seguinte passagem: “A especificidade do trabalho do professor se efetiva quase sem a mediação de aspectos exteriores, pois sua ação objetiva transformar o outro, através do outro mesmo” (SILVA, 2014, p.147). Aqui, percebe-se que além da transformação do sujeito através do seu meio e da sua realidade o quanto é primordial o papel da escola na formação do sujeito, numa perspectiva emancipadora, considerando a função social da escola.

A educação transformadora consiste em uma proposta que parte do desafio de construir uma escola, que esteja não a serviço dos grupos dominantes da sociedade mias sim comprometida com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O caráter crítico da educação transformadora reside na premissa de que à escola não cabe a tarefa de transformar a sociedade, mas sim, instrumentalizar os sujeitos, pois são estes que na prática efetivam o movimento de transformação.

Segundo Chiaratti (2014), instrumentalizar significa o processo de conscientização numa perspectiva transformadora implicando em conhecer, no sentido de compreender, a realidade socioambiental na qual ocorre a ação do sujeito, tanto prática quanto teórica. Em outros termos, se o eixo do processo de produção de conhecimentos sob esta metodologia é a instrumentalização do sujeito para efetivar sua participação, o conhecimento do senso comum surge então como ponto de partida da realidade a ser estudada, que carece de reflexão, pois está muito mais relacionado ao viver cotidiano, à experiência do dia-a-dia, que a uma reflexão construída sobre essa experiência.

Trata-se, portanto, de desvelar, no processo participativo e instrumentalizador, o conhecimento do sujeito, das opressões e repressões ocultas, dos valores que determinam tais situações. É nesta realidade, ocasionada pela desacomodação, tanto do professor quanto do aluno, que a vivência dos sujeitos instrumentalizados pode agir de forma participante contribuindo para o senso comum construído a partir das experiências sobre a realidade. Este fato é notório na teoria de Tozoni-Reis (2010), pois deixa nítida a contribuição da sociologia da para a compreensão da educação escolar, identificando a relação da educação, escola e sociedade fazendo da escola uma instituição social com origem e desenvolvimento na modernidade.

Fazendo uma retomada das questões acimas sobre criticidade-educação transformadora- salienta-se de estas questões à luz da teoria de Tozoni-Reis (2010), destacam que o início da da educação transformadora, conforme citado anteriormente tem caráter crítico, é a constatação de que a escola não altera a sociedade, mas instrumentaliza os sujeitos que, na prática social, realizam o movimento de transformação, à escola cabe pois a incumbência de garantir a apropriação de elementos da cultura que se transformem, na prática social, em instrumentos de luta no enfrentamento da desigualdade social.

Desta forma Chiaratti (2014) também posiciona-se frisando que a função da escola como sendo a de uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado, em outros termos, a educação escolar tem como principal função promover a consciência dos educandos para a compreensão e transformação da realidade através de um saber elaborado culturalmente.

Referenciando então, novamente, o papel da escola na formação do sujeito :destaca-se que esta consiste numa perspectiva emancipadora onde a função social da escola promove a consciência dos educandos para a compreensão e transformação da realidade através dos saberes cientificamente provados e principalmente do saber elaborado pela própria cultura local. Ou seja, integrando saberes oriundos das ciências com os saberes construídos e advindos da realidade do sujeito é que a escola poderá efetivar de forma verdadeira seu papel na formação do sujeito, oferecendo-lhe instrumentos para unir e resignificar de forma humanizante sua aprendizagem.

De acordo com a teoria esboçada no texto de Tozoni-Reis (2010), ao que se refere ao papel da escola, destaca-se que esta não tem função única, pois a modernidade é advinda de uma sociedade contraditória, cujo caráter abrangente tem o intuito de engajar todos os saberes oferecendo assim oportunidades iguais num ambiente de pluralidade de culturas e valores de uma mesma sociedade.

Abordando aqui, a segunda questão, referente a postura do professor destaca-se que este tem como incumbência a ação de ensinar interfere diretamente em sua prática social prática esta de resignação da cultura local. Durante a ação de ensinar, o educador interfere no perfil do sujeito através de um processo de concretização onde oferece ao educando condições de interagir, interpretar e modificar o cenário cultural no qual está inserido.

Desta forma, o processo educacional não se vincula do espaço de aprendizagem do espaço em que ocorre as atitudes e implicações cotidianas assim, o desenvolvimento do sujeito esta anexo ao estuda da sociologia que irá melhorar e resignificar o conhecimento social promovendo o entendimento dos diferentes comportamentos sociais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Produções textuais como a que foi realizada contribuem de forma significativa para a aprendizagem acadêmica, pois foi baseada em discussões

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