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GESTÃO PARTICIPATIVA: O DITO E O FEITO

Por:   •  9/11/2018  •  4.284 Palavras (18 Páginas)  •  322 Visualizações

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A escola democrática é aquela em que os seus participantes estão coletivamente organizados e compromissados com a promoção de educação de qualidade para todos. (LUCK, 2007), afirma que a participação demanda preparação, que envolve a capacidade de tomar decisões de forma compartilhada e comprometimento com a implementação das decisões. Em vista disso, cabe ao Diretor, juntamente com o corpo docente e discente da escola promover um ambiente propício para a orientação e planejamento dessa participação.

Os mecanismos de gestão colegiada, a partir de órgãos e suas atuações formalmente na escola têm por constituir espaços efetivos e organizados de participação da comunidade escolar na gestão da escola.

Um órgão colegiado escolar constitui-se em um mecanismo de gestão de escola que tem por objetivo auxiliar na tomada de decisão em todas as suas áreas de atuação, procurando diferentes meios para se alcançar o objetivo de ajudar o estabelecimento de ensino em todos os seus aspectos, pela participação de modo interativo de pais, professores e funcionários (LUCK, 2007. p. 91).

É essencial, portanto, refletir sobre as concepções legalmente instituídas e se de fato contemplam as novas abordagens e propostas cotidianas, identificando e apresentando o modelo e as reais práticas de gestão, contribuindo para a promoção de qualidade da administração escolar, a partir do desenvolvimento de competências necessárias para a construção de um ambiente participativo.

É relevante destacar as condutas de comportamentos e procedimentos realizados que superam as limitações organizacionais e contribuem para transformar a escola em um espaço criador de metodologias voltadas ao comprometimento dos colaboradores através de uma boa liderança.

A Gestão participativa constitui dimensões e enfoques de atuação, promovendo assim a organização e mobilização de forças materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócioeducacionais dos estabelecimentos do ensino, de modo a torna-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios de mudança da sociedade e do conhecimento.A amplitude desta mudança requer uma construção de autonomia, uma descentralização e democratização sobre a realidade e os processos que a constroem.

A estrutura do trabalho deu-se de forma a proporcionar o entendimento, a medida em que se busca identificar em que condições os diretores e o corpo docente conhecem os desdobramentos dos desafios das funções e responsabilidades que se propõem a assumir o nível de conhecimento que lhes permitam realiza-lo de forma competente.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

É comum a afirmação de que vivemos em uma época de mudança. Porém a mudança mais significativa que se pode constatar é a do modo como vemos a realidade e de como dela participamos, estabelecendo assim a sua construção. No geral, em toda a sociedade observa-se o desenvolvimento da consciência de que o autoritarismo, a centralização, a fragmentação, o conservadorismo e a ótica de dividir para conquistar, do perde-ganha, estão ultrapassados por conduzirem ao desperdício, ao imobilismo, a desresponsabilização por atos e no fracasso institucional.

Essa mudança é marcada por uma forte concepção de práticas interativas e democráticas. Essa lógica não é desenvolvida apenas pela escola, pois a própria sociedade cobra que o faça.

O interesse de grupos de colaborarem com a escola constitui-se em um campo fértil para a realização de parcerias em prol da educação, para o desenvolvimento da sociedade exigindo assim desafios para os gestores escolares, por impor deles novas atenções, conhecimentos e habilidades.

Associando-se a uma grande demanda social por participação, sobretudo sobre uma mudança de consciência a respeito da realidade e da relação das pessoas na mesma, fundamenta-se pressupostos do ambiente social e comportamento humano, dinâmicas elaboradas por aqueles que pensam, agem e interagem. De acordo com Ferreira (1999), é o ato de participar, que significa tomar parte em ou associar-se pelo sentimento, e pode assumir diversas formas: na família, na empresa, na escola, na comunidade, na cidade e no país.

A busca pela realização e sucesso corresponde a um processo e não uma meta. A incerteza, contradições, tensão, conflitos e crises, são vistos como elementos naturais de qualquer processo e como condição e oportunidade de crescimento e transformação.

A responsabilidade do dirigente é a articulação própria do talento e competência, pela mobilização contínua para promover uma cultura organizacional orientada para resultados e desenvolvimento.

As instituições têm vida, desenvolvendo e realizando seus objetivos, mediante a colaboração e participação conjunta de seus profissionais e usuários. Peter Sange (1993, p.29), lembra que: “quando os membros de uma organização concentram-se apenas em uma função, eles não se sentem responsáveis pelos resultados”. Uma visão de mundo, permeia todas as dimensões da ação humana, não se circunscreve a esta ou aquela área, a este ou àquele nível de operação.

O Gestor participativo equilibra e integra as interfaces e diferentes áreas de ação da escola e a interação entre as pessoas em torno de um ideário comum, visão, missão e valores da escola. Estimula a motivação participativa de todos os segmentos da escola, incentivando o compartilhamento de experiências e interesses. Para Robbins (2005), “A motivação está associada a um processo responsável pela intensidade, pela direção e pela persistência dos esforços de uma pessoa orientados para o alcance de determinado propósito.”

Deste modo, promove a articulação e integração do trabalho entre a escola e comunidade, com apoio e participação dos colegiados escolares, mediante a realização de atividades de caráter pedagógico, científico, social, cultural e esportivo.

A realização da Gestão Democrática é um princípio definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que menciona em seu artigo 3º, inciso VIII, que: “o ensino será ministrado com base nos princípios de gestão democrática do ensino público, na forma da lei e da legislação dos sistemas de ensino”. De igual modo, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 206, inciso VI, afirma: “o ensino será ministrado com base nos princípios de gestão democrática do ensino público, na forma da lei”.

2.1 DEPENDÊNCIAS COMO COMPONENTE DO PODER

A burocracia é um fenômeno complexo e multidimensional,

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