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Educação de Jovens e Adultos : Um novo começo.

Por:   •  16/7/2018  •  1.680 Palavras (7 Páginas)  •  307 Visualizações

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Assim como afirma Freire é preciso compreender que cada indivíduo trará consigo seu legado, o dinamismo é iminente dentro de qualquer ambiente com pessoas, como pensar em algo estático dentro de uma sala onde convivem diversas gerações que buscam o mesmo objetivo, com experiências de vidas tão distintas. Por esse e outros motivos cabe ao docente orquestrar essa diversidade em sala de aula, procurando auxiliar na formação não apenas de mão de obra, mas sim de cidadãos.

DESENVOLVIMENTO

A busca por melhorias levou a humanidade á avanços diversos em todas as áreas, indústria, tecnologia, medicina e educação, é uma busca constante por inovação e melhoria, a educação como base para uma sociedade visa sempre propor o melhor para cada segmento.

A EJA faz parte de uma parte essencial da educação, uma etapa educacional que possibilita á indivíduos de faixa etária diferente, vivencias distintas, que possam construir um futuro melhor através da educação. Dentro das normas regulamentadoras dessa fase educacional além dos limites de idade são definidos a disposição pedagógica, os ciclos, deixando margem para que cada unidade escolar adeque de forma a atrair e fornecer aos alunos uma educação de qualidade.

A autonomia refere-se à capacidade de posicionar-se, elaborar projetos pessoais e participar enunciativa e cooperativamente de projetos coletivos, ter discernimento, organizar-se em função de metas eleitas, governar-se, participar da gestão de ações coletivas, estabelecer critérios e eleger princípios éticos, etc. Isto é, a autonomia fala de uma relação emancipada, íntegra com as diferentes dimensões da vida, o que envolve aspectos intelectuais, morais, afetivos e sociopolíticos 2 . Ainda que na escola se destaque a autonomia na relação com o conhecimento — saber o que se quer saber, como fazer para buscar informações e possibilidades de desenvolvimento de tal conhecimento, manter uma postura crítica comparando diferentes visões e reservando para si o direito de conclusão, por exemplo —, ela não ocorre sem o desenvolvimento da autonomia moral (capacidade ética) e emocional que envolvem auto-respeito, respeito mútuo, segurança, sensibilidade, etc. (PCN, p. 59, 1997)

Ao garantir autonomia às instituições escolares o Ministério da Educação por meio dos PCN’s possibilita um olhar mais aguçado para cada local onde é oferecido o ensino, ou seja, valores socioculturais distintos que fazem parte deste complexo sistema podem auxiliar no sistema ensino/aprendizagem. Cada pesquisador monta suas teorias de acordo com a bagagem que carrega e o local onde realizou sua observação, dentro deste contexto entrar em sala de aula pode dar novos parâmetros para um docente que até o momento vivenciou apenas a teoria.

Colocar a teoria em prática é o objetivo de cada profissional que busca uma melhor qualificação, diante desta perspectiva como docente no seguimento da educação de jovens e adultos pôde colocar o aprendizado do curso de pedagogia em prática, buscando meios para entender, aprender, auxiliar, apoiar os alunos que frequentam esse segmento. A diversidade do meio é propícia a novas descobertas, e assim podemos aprender cada dia mais, o currículo pensado para aumentar o dinamismo da aula e inserI-los dentro do contexto, a flexibilidade em relação a atividades pedagógicas a forma de gestão tudo visando um ensino que seja atraente e eficaz.

Apensar de a educação infantil ser essencial, aquele que não pode contar com ela na idade adequada pode transpor barreiras e entrar no mundo novo, aprendendo a ler, escrever e assim descobrir um mundo novo independente de sua idade. Assim como Vigotski (1987) afirma que o desenvolvimento é formado no decorrer do desenvolvimento de uma criança e a escola faz parte desse desenvolvimento, um adulto que adentra nesse quadro educacional fará as mesmas descobertas desse mundo novo ao qual está sendo apresentado, entretanto, sua forma de aprendizado e vivência darão nova roupagem a essa passagem de transição.

As pesquisas acadêmicas são inúmeras geralmente voltadas para as fases educacionais adequadas e suas faixas etárias, mas é preciso pensar nesse imenso país e suas singularidades o que nos remete aos milhares de jovens e adultos que ainda não foram alfabetizados ou abandonaram o estudo ao longo de sua jornada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Educar é muito mais do que aprender a ler e escrever, apesar do crescente analfabetismo funcional a crescente busca pela melhoria do sistema está principalmente voltado para oferecer oportunidade á todos, desde crianças, adolescentes, adultos, mas em todas as classes sociais. Somente com uma ação transformadora e coerente poderemos melhorar nossa sociedade, e isso somente poderá ser possível através da educação.

Teóricos discutem métodos, buscam soluções para problemas diversos que encontramos diariamente no sistema educacional, mas é dentro de sala na vivência real do cotidiano que podemos entender e buscar melhorar esse sistema. Uma sociedade que preza pela qualidade de ensino não busca apenas por mão de obra qualificada, mas sim por cidadãos, que sabem de sua importância e qual seu papel dentro da sociedade.

Em uma sala de educação de jovens e adultos o sistema convencional de educação não pode ser o único parâmetro, há pessoas de diferentes idades, que buscam um atendimento de qualidade, e suas dificuldades são distintas assim como o tempo para ser trabalhado, a modalidade semestral traz consigo um dinamismo ainda maior e uma rapidez aos olhos daqueles que buscam essa educação.

REFERÊNCIAS

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. –

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