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EXISTEM VARIOS GRUPOS COMUNITARIOS DENTRE ELES VAMOS FALAR SOBRE O GRUPO CUMUNITÁRIO DE SAÚDE MENTAL

Por:   •  31/8/2018  •  6.554 Palavras (27 Páginas)  •  451 Visualizações

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A valorização crescente das vivências cotidianas dos participantes possibilitou a ampliação dos temas abordados para além dos aspectos clínicos e terapêuticos e consolidou a proposta como uma busca por saúde mental, a partir de um exercício estável de apropriação e comunicação de experiências cotidianas.

A INFLUÊNCIA DA PSICOLOGIA ANIMAL NO BEHAVIORISMO

O behaviorismo é o resultado direto dos estudos do comportamento animal realizados durante a primeira década do século XX (Watson, 1929, p. 337 apud Schultz e Schultz, 2006, p. 229). A psicologia animal, resulta teoria evolucionista, foi importante para demonstrar a existência da mente nos animais e a continuidade entre a mente animal e a mente humana, em 1899, Alfred Binet foi influenciado pelos darwinistas que admitiam uma continuidade entre as espécies humana e animal, atribuindo processos mentais complexos nos animais. Binet apresentou uma proposta afirmando que até mesmo um organismo unicelular, como o protozoário, era capaz de perceber e distinguir os objetos e de exibir um comportamento dotado de intenção, em 1908, Francis Darwin, filho de Charles Darwin, discutiu o papel da consciência nas plantas. Nos EUA, durante os primeiros anos da psicologia animal, houve grande interesse pelos processos conscientes dos animais e argumentava-se que a consciência animal possuía memória associativa, ou seja, os animais aprendiam a reagir a determinados estímulos, de uma forma ou de outra. Na época, a Psicologia Animal utilizava o método anedótico, ou seja, a coleta de dados era feita através de relatos dos donos dos animais. Este método era muito discutível. Lloyd-Morgan elaborou a Lei da Parcimônia e os pesquisadores passaram a não mais atribuir idéias aos animais, enquanto fosse possível explicar o seu comportamento de modo mais simples.

Alguns pesquisadores destacaram-se no estudo da psicologia animal, entre eles está Jacques Loeb (1859-1924), fisiologista e zoólogo alemão, que desenvolveu a teoria baseada no conceito de tropismo, o movimento forçado e involuntário do animal, ou seja, a reação direta e automática do animal a um estímulo. Ele afirmava que, neste tipo de reação comportamental forçada por um estímulo, não podemos ter qualquer explicação em termos de consciência do animal, pois a consciência, nada mais é do que a memória associativa, no início do século XX, a pesquisa com o comportamento dos animais tornou-se popular nos EUA. Robert Yerkes estudou psicologia comparada, através da observação de tartarugas, rãs, porcos e chimpanzés. Nesta mesma época, Willard S. Small introduziu o labirinto e o rato branco nas experiências envolvendo aprendizagem. Em 1906, Charles F. Turner estudou o comportamento das formigas. Por volta de 1910 havia muitos laboratórios nos EUA que estudavam a psicologia comparada e muitas universidades estavam oferecendo cursos nessa área. O enfoque desses estudos era inferir estados mentais, ou consciência nos animais a partir da observação de seus comportamentos. Nessa época, havia poucos psicólogos que se dedicavam à psicologia comparada, as pesquisas eram caras e não tinham aplicação prática. Apesar disso, o campo se expandia devido à extrema dedicação dos poucos que nele permaneciam. Em 1911 foi fundado o periódico Journal of Animal Behavior. A psicologia animal tornava-se cada vez mais objetiva e as experiências com a consciência animal acabaram por desaparecer, a vantagem de utilizar animais nas pesquisas psicológicas é a possibilidade de se fazer um controle mais completo das condições da experiência: regular a alimentação, as horas de repouso etc. Além disso, o animal é muito menos complexo do que o homem, e por isso as variáveis utilizadas nos experimentos e suas respostas podem ser muito melhor entendidas. Como muitos animais têm vida curta, é possível estudar a vida inteira do animal e estudar o mesmo processo através de gerações sucessivas. Outra facilidade era que na época não havia restrições à vivisseção, e os experimentos eram feitos através de lesão ou extirpação de órgãos.

Hans foi o cavalo mais famoso na história da psicologia animal. O Cavalo Esperto ficou famoso por conseguir somar e subtrair, usar frações decimais, ler, identificar moedas, jogar baralho, soletrar e reconhecer uma variedade de objetos. Respondia às perguntas feitas a ele batendo a pata um determinado número de vezes ou balançando a cabeça em direção ao objeto apropriado. O governo decidiu então estabelecer uma comissão para examinar o fenômeno, concluindo que não havia truques. Carl Stumpf, psicólogo da Universidade de Berlin não se conformou com o resultado da comissão e nomeou um aluno seu, Oskar Pfungst, para estudar o caso, pfungst elaborou uma experiência para testar a inteligência de Hans. O cavalo respondeu todas as perguntas mesmo sem a presença do seu treinador. Foi então que Pfungst formou dois grupos de pessoas para formular as perguntas. O primeiro grupo sabia as respostas, e Hans respondeu a todas corretamente. O segundo grupo não sabia as respostas e Hans não conseguiu respondê-las. Após uma série de experiências, Pfungst concluiu que o cavalo percebia gestos imperceptíveis feitos pelas pessoas que elaboravam as perguntas e sabiam as respostas. “Mesmo uma pessoa que nunca estivera perto de um cavalo, realizara o mesmo gesto imperceptível com a cabeça quando falava com o animal.” (Schultz e Schultz, 2006, p. 235). Pfungst descobriu que o dono do cavalo, Wilhelm Von Osten motivara Hans, sem intenção, dando-lhe cenouras e torrões de açúcar sempre que respondia corretamente. B.F.Skinner demonstrou, mais tarde, a enorme eficácia desse tipo de reforço no processo de condicionamento. A partir desta época, o estudo experimental da aprendizagem animal passou a ser mais importante do que o estudo da consciência animal.

Mais ou menos no início do século XX, os psicólogos da psicologia animal experimental trabalhavam com muita seriedade. Robert Yerkes iniciou esses estudos em 1900 usando diversos animais, e suas pesquisas consolidaram a posição e a influência da psicologia comparativa. Também em 1900, Willard S. Small, da Clark University, introduziu o labirinto para ratos; assim, o camundongo branco e o labirinto transformaram-se em método padrão no estudo da aprendizagem. A noção de consciência ainda invadia a psicologia animal, mesmo com a adoção do método do rato branco e o labirinto. Ao inter¬pretar o comportamento do rato, Small usava a terminologia mentalista, descrevendo as imagens e as ideias do animal, embora as conclusões de Small fossem mais objetivas do que as produzidas pelo tipo de antropomorfização de Romanes, elas também refletiam uma preocupação em relação aos elementos

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