ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA
Por: Jose.Nascimento • 23/3/2018 • 10.237 Palavras (41 Páginas) • 1.032 Visualizações
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3.2.2. Aspecto social/cultural 38
3.2.3Aspecto corporal 38
3.2.4 Aspecto cognitivo pedagógico 38
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA 39
CONCLUSÃO 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 41
ANEXOS 43
INTRODUÇÃO
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O relatório que se segue, tem como origem o Estágio Supervisionado de Psicologia Clínica, tendo com objetivo o diagnóstico psicopedagógico clínico. O mesmo é resultante de um estudo teórico e prático (no campo de estágio), realizado para a conclusão do curso de Especialização em Psicopedagogia.
A Psicopedagogia possui hoje uma relevância conquistada na área de sua atuação, tanto no que se refere a sua prática clínica, quanto a institucional e vem procurando sua própria identidade nas diferentes áreas do conhecimento e linhas de pesquisa, na educação, na psicologia e nas mais diversas atividades.
Segundo BOSSA (2000. p,39) “na literatura francesa os trabalhos de Janine e George Mauco, dentre outros apresentam considerações sobre ao termo “Psicopedagogia” e sobre as origens dessas idéias na Europa, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na solução das problemas de comportamento e aprendizagem”.
A Psicopedagogia como tal, teve seu projeto piloto na Argentina, há mais de 30 anos. Com influência, sobretudo na literatura francesa. Profissionais com outras formações, dentre eles a filósofa Sara Pain, Jorge Visca e Alicia Fernández, sentiram a necessidade de um trabalho diferenciado do educador e do psicólogo, podendo preencher então a lacuna existente dentro do processo de aprendizagem, exercendo a atividade psicopedagógica mesmo antes da criação do curso propriamente dito. (BOSSA, 200, p.40)
Os psicólogos na Argentina não tinham, segundo BOSSA (2000) permissão para clinicar e viram na educação uma opção efetiva de trabalho alternativo, o que muito contribuiu para a constituição da atual Psicopedagogia, devido a intensa dedicação na produção do embasamento teórico, técnicas e metodologias, voltadas a sanar as chamadas dificuldades de aprendizagem.
De acordo com Alicia Fernández, “Buenos Aires foi a primeira cidade, a oferecer uma Faculdade de Psicopedagogia” (apud. BOSSA, 2000, p.41). Na década de 70 foram criados os centros de Saúde Mental, onde equipes de psicopedagogos faziam diagnósticos e tratamento de pacientes com problemas de aprendizagem.
A Psicopedagogia amplia seu espaço de atuação, passando pela reeducação a clinica. A mudança na abordagem Psicopedagógica trouxe benefícios consideráveis na solução de aprendizagem. Porém são descobertos graves distúrbios de personalidades: fobias, traços psicóticos, etc. Percebeu-se que os pacientes haviam apenas deslocados os sintomas da dificuldade de aprendizagem, necessitando por partes dos reeducadores uma mudança de abordagem. Inicia-se então um novo olhar e a escuta clínica da Psicanálise, no tratamento psicopedagógico, perdurando assim até hoje, no perfil do psicopedagogo argentino (BOSSA, 2000. p.42)
A atuação psicopedagógica na Argentina se dá na área da educação e saúde. Na primeira o psicopedagogo tem como função diminuir o índice de fracasso escolar, instalado no sujeito ou na instituição. Na segunda a atuação é feita em consultórios particulares e/ou instituições de saúde, hospitais, etc. procurando descobrir como o sujeito aprende, reconhecendo e atuando sobre as alterações sugeridas no processo de aprendizagem sistêmica e/ou assistêmica. (BOSSA, 2000, p. 42)
A Psicopedagogia chega ao Brasil na década de 70, sobre as influências da Argentina, devidos as questões geográficas e facilidade de comunicação.
A princípio os problemas de aprendizagem tratados aqui no Brasil, explicados segundo BOSSA (2000, p.48) “por causas orgânicas, chamadas como Disfunções Cerebral Mínima (DCM), diagnosticadas e tratada por médicos”.
Durante muito tempo a DCM foi disseminada entre pais e professores os quais já sugeriam esta como queixa. Esta foi uma forma de rótulo criado para camuflar os problemas sociopedagógicos do sistema de ensino brasileiro. Atribuídos a questões da psicologia individual, foram os problemas da evasão, repetência, etc, legitimando situações de desigualdades de oportunidades e seletividades escolar. (BOSSA, 2000, p.48).
Porém na década de 80,“o problema de aprendizagem escolar”, começa a ser visto como “problema de ensinagem”.
Os primeiros cursos de especialização em Psicopedagogia, oferecidos no Brasil, assim como na Argentina, segundo BOSSA (2000, p.51), “tinham como objetivo aprimorar a formação de educadores e psicólogos que buscavam soluções para os problemas de aprendizagem, com uma atuação clinica de reeducação”.
Surge um novo enfoque na atuação com a professora Geny Golubi de Morais, coordenadora dos cursos da PUC-SP, onde ela mostra sua preocupação com o trabalho de prevenção, onde cada vez mais se pudesse diminuir o numero de crianças que manifestavam problemas de aprendizagem. (BOSSA, 2000, p.55)
O modelo de atuação psicopedagógica institucional foi oferecido nos cursos de Psicopedagogia de São Paulo e Rio Grande do Sul. A partir do inicio da década de 90, esses cursos multiplicaram-se, tendo no IV Encontro de Psicopedagogos, representantes de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Pernambuco, Ceará e Brasília. Em 1980, foi criada a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABP), com o objetivo de dar identidade à Psicopedagogia no Brasil. (BOSSA, 2000, p. 56)
No estado de Goiás, o primeiro curso de Psicopedagogia, foi criado na Universidade Católica de Goiás (UCG), em 1990, data em que foi fundada a Associação Brasileira de Psicopedagogia – Seção de Goiás. (BORGES, 2003).
Segundo SCOZ “a Psicopedagogia é uma área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e suas dificuldades e que, numa ação profissional, deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os” (Apud BOSSA, 2000.p. 40).
FERNÁNDEZ diz que:
A Psicopedagogia é uma disciplina que tenta promover um espaço externo dentro da subjetividade dos alunos. Um espaço que eu chamo de autoria de pensamento, onde o pensar é possível. A disciplina
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