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A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por:   •  24/12/2017  •  6.568 Palavras (27 Páginas)  •  604 Visualizações

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Batista e Dias (2012. p. 980) ressalta que:

O professor tem um papel crucial em relação à proposta dos jogos educativos em sala de aula, agindo como auxiliadores para as atividades didáticas [...]

Cabe ressaltar, que o professor deve vivenciar a unicidade dos jogos com os materiais pedagógicos na elaboração das atividades didáticas, ao considerá‐los por meio dos planos afetivos e cognitivos uma possibilidade de aproximar a criança do conhecimento.

Dessa forma, esta pesquisa visa analisar como os educadores veem os jogos e brincadeiras, de modo que contribuem para a aprendizagem.

Os objetivos deste trabalho são: verificar como as brincadeiras e os jogos podem proporcionar o desenvolvimento das estruturas cognitivas, o intercâmbio do cognitivo e do afetivo, o avanço nas relações interpessoais, o conhecimento lógico-matemático, bem como sua contribuição para a formação da autoestima das crianças, auxiliando-as a superar suas aquisições de forma criativa.

A relevância desse estudo é mostrar que a brincadeira pode ser entendida como uma rica possibilidade de construção de identidade. A atividade oferece um leque de informações simples referentes às suas emoções, a forma como interage com seus colegas, seu desempenho físico motor, seu estágio de desenvolvimento, seu nível cultural.

Assim, pretende-se investigar a contribuição do jogo Tangram trabalhado com crianças do 3° ao 5° ano do Ensino Fundamental I em um Projeto denominado “ABC” (Atenção Básica à Criança) na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo para que promova o processo de ensino aprendizagem da criança, atingindo os objetivos propostos.

O método utilizado nessa pesquisa será o qualitativo. A pesquisa, que é objeto do nosso estudo, trata-se da relação entre o sujeito e a realidade como elementos únicos, com traços pessoais e particulares.

Segundo Dalfovo et al. ( 2008. p. 9), o método qualitativo:

Podemos partir do princípio de que a pesquisa qualitativa é aquela que trabalha predominantemente com dados qualitativos, isto é, a informação coletada pelo pesquisador não é expressa em números, ou então os números e as conclusões neles baseadas representam um papel menor na análise.

Este tipo de pesquisa auxilia a explorar a dificuldade do aluno levando em consideração à realidade deste educando, por meio de atividades práticas que o estimule a pensar e chegar a uma conclusão precisa.

A partir de conceituados autores que abordam o tema e as pesquisas realizadas vão servir para reflexões, propor ações se baseando no lúdico como elemento de aprendizagem.

Para tratar da questão do lúdico, há a contribuição dos autores Barros (2008), Winnicott (1982), Santos (1997), Schwartz (1996). Quanto à questão dos jogos, brinquedos e brincadeiras serão utilizadas as concepções de Wajskop (1995), Piaget (1978), Maluf (2003) e Bomtempo (1986). No viés emocional, quanto à liberdade serão utilizadas as contribuições de Huizinga (1971), no que concerne à origem, serão utilizadas as concepções de Kishimoto (1997), para falar da aprendizagem serão utilizadas as abordagens de Brougère (2001), para falar da relação escola e família na formação da criança, integração e formação de creches utilizarão os conceitos do MEC (1998), os conceitos de Freire (1989) sobre o brincar na escola, Marcellino

( 1990) que concerne a brincadeira como preparação da criança para o mundo adulto, Rocha (2000) para falar do jogo na Educação Infantil, Oliveira (1986) para abordar a diferença entre brinquedo e brincadeira, ao nos referirmos sobre brinquedoteca e brinquedista utilizaremos os conceitos de Santos (1997). Para tratar sobre o assunto brincar serão abordadas as contribuições de Vygostki (2000).

2. A HISTÓRIA DO LÚDICO

O lúdico tem sido um dos instrumentos que fomentam um aprendizado de qualidade da criança, que proporciona situações prazerosas e ajuda a desenvolver seu intelecto.

Oliveira (2009, p.45) menciona que:

Pela experiência pessoal de todos nós, podemos dizer, em concordância com Freud (1968), que as crianças vivenciam com grande intensidade e satisfação suas atividades lúdicas (brincadeiras, jogos, histórias). Elas se entregam às suas brincadeiras, aos seus jogos, as suas histórias com vigorosa seriedade. Com rara facilidade se põem a brincar e a jogar, a contar e a ouvir uma história, constituindo um cenário imaginário em que criam e representam diferentes personagens, vivem as mais fantásticas aventuras, inventam, “constroem” e “destroem”. Fazem de seu corpo um versátil brinquedo com o qual exploram a realidade. No “como se”, disfarçam-se, passam a ser, ao menos naquele momento, quem “não são”.

A concepção de brincadeira é uma noção historicamente construída. A partir de uma perspectiva sociocultural, compreendemos, reiterando Wajskop (1995), que a brincadeira constitui uma atividade social infantil, desenvolvida por crianças entendidas enquanto sujeitos históricos e sociais, marcados pelo meio social em que se desenvolvem, mas que também o marcam. Nessa perspectiva, a brincadeira é uma produção cultural da sociedade humana e não algo biologicamente determinado.

De acordo com Brougère (2001), aprende-se a brincar, e um dos momentos essenciais para a aprendizagem são as interações entre a mãe e o bebê. Ainda segundo o autor, é brincando que a criança apropria-se daquilo que ele determinou de "cultura lúdica": um conjunto de regras e significações que permitem tornar a brincadeira possível. Nessa perspectiva, a brincadeira produz a cultura que ela própria necessita para existir.

Brougère (2001) afirma ainda que a "cultura lúdica" não é transferida para a criança, uma vez que ela é também sua coprodutora: a"cultura lúdica" é apenas parcialmente uma produção da sociedade adulta, pois também inclui a reação das meninas e dos meninos à produção cultural que é, de certa maneira, a eles imposta.

Sabendo a importância na aprendizagem, o lúdico promoverá de forma eficaz o desenvolvimento das potencialidades criativas das crianças em todas as faixas etárias, permitindo ao educador, mediar de forma adequada, incentivando a criatividade da criança, de modo que respeite o desenvolvimento do processo lúdico, para que desperte novas habilidades na aprendizagem da criança.

A Educação Infantil é a base da Educação

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