EM BUSCA DO SENTIDO DA INFÂNCIA E DAS CRIANÇAS

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Os valores morais e cívicos tem se perdido na sociedade contemporânea brasileira, e por que não dizer, mundial? Como humanizar essas crianças se a “sociedade” a cada dia desumaniza a si mesma?

Desde cedo as crianças têm aprendido a discriminar seus colegas e familiares, se utilizando de “brincadeiras”, as quais nós conhecemos como buling. Vivenciamos um contexto histórico, jamais visto nas antigas civilizações, que é o momento da Inversão de Valores. O que antes era certo, hoje, é errado. Como nós, futuros professores poderemos ensinar igualdade social, justiça, valores éticos, princípios de identidade e padrões de autoridade, se hoje, já nós nossos dias, vemos crianças desrespeitando seus próprios pais ou responsáveis, como respeitarão seus professores? Como falar sobre igualdade social, se muitas das nossas crianças chegam na escola com fome, sem material escolar, abusadas, discriminadas por sua religião, raça ou classe social? O que escrevo, escrevo por conhecimento de causa, por ter visto inúmeras vezes tais comportamentos em vários lugares, principalmente em escolas. Mas, tenho gravado no meu coração, de que eu não posso salvar todas as criança dessas adversidades culturais, sociais e religiosas, mas, se eu conseguir humanizar uma apenas, eu já me sentirei vitoriosa. O meu papel, eu não posso jamais esquecer, de a medida do possível, não desistir de procurar da melhor forma contribuir para a formação de bons cidadãos críticos e responsáveis pelos seus atos, pensamentos e ideias.

REFERÊNCIAS

____. Direitos da criança e projeto político pedagógico de educação infantil. In: BAZILIO, L. e KRAMER, S. Infância, educação e direitos humanos. São Paulo: Ed. Cortez, 2003, (p. 51-81).

KRAMER, Sônia. A infância e sua singularidade. In: BRASIL. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. MEC/SEB. Brasília: FNDE, estação gráfica, 2006.