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DIAGNÓSTICO DAS PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Por:   •  19/2/2018  •  2.186 Palavras (9 Páginas)  •  354 Visualizações

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Para a SEEDUC-RJ, o currículo mínimo tem por finalidade:

Orientar, de forma clara e objetiva, os itens que não podem faltar no processo de ensino aprendizagem, em cada disciplina, ano de escolaridade e bimestre. Com isso, pode-se garantir uma essência básica comum a todos e que esteja alinhada com as atuais necessidades de ensino, identificadas não apenas nas legislações vigentes, Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, mas também nas matrizes de referência dos principais exames nacionais e estaduais (RIO DE JANEIRO, 2011a, p. 03).

Nessa perspectiva, percebe-se que a Secretaria de Estado de Educação tem uma grande preocupação nos resultados dos exames nacionais e estaduais. Cabe ainda, enfatizar a citação de Beatriz Pelosi (Diretora de Pesquisa e Orientação Curricular da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro), ela diz que: ““o currículo mínimo não define métodos, materiais didáticos ou formatos, mas sim resultados [...]” (RIO DE JANEIRO, 2011b, p.01). Segundo a mesma ainda “[...] com o cumprimento do currículo, o aluno também tem a garantia de estar sendo preparado para avaliações como a Prova Brasil e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)” (RIO DE JANEIRO, 2011b, p.01).

É nítido o temor da Secretária de Estado de Educação com as avaliações que os alunos da Rede enfrentam. Nesse entendimento, o foco do Currículo Mínimo é o de preparo dos alunos para as avaliações externas, deixando todo o desenvolvimento da cidadania à margem.

Este documento padronizador do ensino da Rede Pública, diante de seu histórico, verifica-se que o mesmo foi elaborado às pressas, para ser utilizado no ano de 2011. Até o final de 2010, o que era oferecido como suporte pela Secretaria de Educação eram apenas as Orientações Curriculares. Dessa forma fica evidente a imposição da vontade da Secretaria de Educação sob os alunos e professores. Moreira; Silva (2008, p.08) afirma “O currículo está implicado em relações de poder, o currículo transmite visões sociais particulares e interessadas, o currículo produz identidades individuais e sociais particulares”. Nessa perspectiva, infelizmente não há como os docentes “libertarem” seus alunos para uma sociedade mais justa.

Analisando a perspectiva adotada pela SEEDUC para a padronização do ensino na Rede Estadual, o sentimento de reflexão diante do debate da Educação Ambiental e de suas vertentes no âmbito escolar surge. É visível nesse contexto a limitação do docente para as praticas que lapidam o senso critico do aluno. Em verdade, o senso crítico do aluno na visão do Estado é marginalizado, o mesmo é preparado apenas para os exames educacionais.

Nesse entendimento, surge o questionamento de como a Educação Ambiental é debatida nas salas de aulas.

Todo professor, tem como obrigação lapidar a cidadania de seus alunos. A Educação Ambiental tem em sua essência, o desejo de despertar no discente o sentimento de libertação, para poder assim criar uma sociedade mais justa.

Entende-se por EA os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999b).

Sabendo que o Currículo Mínimo prioriza o ensinamento aos alunos para a execução de avaliações internas e externas, os questionamentos de como as disciplinas debatem o tema transversal da Educação Ambiental vem à tona. É preciso, segundo os Paramentos Curriculares Nacionais, trabalhar a Educação Ambienta como perspectiva educativa dentro da Educação Básica.

REIGOTA, (2006, p.26), acrescenta:

A EA, como perspectiva educativa, pode estar presente em todas as disciplinas, quando analisa temas que permitem enfocar as relações entre a humanidade, o meio natural e as relações sociais, sem deixar de lado as suas especificidades. A tradicional separação entre as disciplinas, humanas, exatas e naturais, perde o sentido, já que o que se busca é o conhecimento integrado de todas elas para a solução dos problemas ambientais.

Vale ainda acrescentar, diante dessa discussão que a “Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA” aborda a Educação Ambiental como um direito de todos os membros da sociedade, delegando ao poder público sua divulgação. Sendo a Educação Ambiental um direito de todos, esta se apresenta como um elemento fixo da educação nacional devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (BRASIL, 1999b).

A reflexão que se apresenta diante da realidade da educação do Estado do Rio de Janeiro, é a de que os docentes enfrentam um grande desafio no que diz respeito ao preparar os alunos para as avaliações educacionais que são aplicadas à Rede e ao mesmo tempo enfatizar temáticas ligadas às vertentes da Educação Ambiental durante o ano letivo.

O ambiente escolar na contemporaneidade não favorece o docente, infelizmente existe a necessidade de descobrir quais desafios que os professores enfrentam.

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