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DESENVOLVIMENTO DA LINGUA NA EDUCAÇÃO

Por:   •  4/10/2018  •  2.528 Palavras (11 Páginas)  •  213 Visualizações

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de que dispomos para explicar cognitivamente como se dá o reconhecimento das palavras escritas. Fala-se assim da via fonológica e da via léxica.

A via fonológica consiste essencialmente nas seguintes operações, transformar unidade ortográficas em sons; reunir esses sons em uma representação completa e reconhecer essas representações completa. Já na via léxica, supõe que os reconhecimentos das palavras e o acesso a seu significado são, na pratica, dois processos simultâneos. Para isso, é indispensável que a ortografia da palavra seja familiar.

É importante assimilar que um leitor competente precisa dominar os dois procedimentos ou as duas vias. As palavras familiares podem ser lidas indistintamente pelas duas vias, embora a léxica seja mais rápida, enquanto os nãos familiares requerem o uso da via fonológica. Convém advertir que, mesmo quando essas duas vias tender a automatizar a operação mecanicamente, disso não se deduz que devam ser adquiridos mecanicamente.

Os trabalhos de Emília Ferreiro e Ana Tederosky conforme Palácio (2004) ilustram claramente como isolam suas unidades e como tal processo se inicia, pelo menos em um mundo alfabetizado. Caberia concluir, portanto, duas coisas aparentemente contraditórias. Por um lado, que a compreensão do princípio alfabético e das regras especifica que o desenvolvimento supõe para o aprendiz um processo ativo de apropriação de um saber cultural.

O primeiro passo para interconectar as informações do texto consiste em relacionar os significados das palavras extraídas da leitura. Esse primeiro tipo de integração ou interconexão de significados é apenas o começo de um longo e interminável processo de integração e interconexões sucessivas.

Um primeiro passo para conseguir tal interconexão entre as ideias e verificar se o sentido continua falando da mesma coisa e, para isso é necessário encontra nelas algum elemento comum. A rede de conexões entre cada ideia e suas contiguas constitui em primeiro nível de compreensão, que recebe o nome técnico de microestruturas. Subentende-se que quando um leitor não pode criar essas relações lineares, experimentara a sensação de não compreender. Dessa forma, ao ler, podemos nos apoiar em conhecimentos sobre categorias de conteúdo quem podem aparecer em um determinado tipo de texto: relato, argumentações, exposições, etc.

Parece razoável distinguir neste ponto dois níveis e compreensão possíveis dos quais depende o tipo de interferência ou de conhecimento prévio que se ativam. O primeiro nível implica uma compreensão relativamente superficial do texto que nos permite compreender o que diz nele. O segundo nível de compreensão consiste em ir além do texto e recriar em nossa mente uma representação do mundo ou da situação que se reporta nele. É o que se denomina modelo de situação.

Nos dois casos, é necessário apelar ao que já se sabe e fazer algumas inferências, embora de natureza distinta. Para conseguir uma compreensão superficial, basta fazer aquelas inferências que permitem conectar as ideias entre si, e por isso, são chamadas de inferências-ponte. Para conseguir uma compreensão profunda é necessário alcançar um grau maior de integração entre os conhecimentos prévios e a informação derivada dos textos, e acrescentar uma variada e imprevisível quantidade de inferência que se denominam elaborava.

Essa distinção ajuda a intender alguns fenômenos importantes. O primeiro deles é que um aluno pode se capaz de recordar o texto e, no entanto, sentir-se impotente no momento de utilizar essa informação para resolver novos problemas ou novas questões. O segundo é que as tarefas de avaliação ou as ajuda prestadas pelos professores podem incidir mais em uma ou em outra representação.

Seria pouco razoável, entretanto, contrapor radicalmente os dois resultados. Na realidade, é preferível ver entre eles a existência de um contínuo, em cujos extremos podemos encontrar uma representação puramente textual ou, no polo oposto, situacional. O importante é entender que a compreensão profunda exige um alto grau de envolvimento e de autor regulação. Essas questões levam-nos a falar de um último tipo de processo: os autorreguladores.

Pelas razões apontadas no item anterior a leitura de um texto requer do leitor um alto grau de autonomia e de compromisso com a tarefa, único modo de reconstruir o fio condutor quando este não é evidente ou de exigir de si mesmo e além do texto. Além disso, o leitor deve rever se o grau de compreensão alcançado ao fim é ou não aceitável, de todo modo, o leitor deve não apenas atuar sobre o texto, mas, ao mesmo tempo, sobre suas próprias ações, regulando seu curso.

Até agora, mostrou-se a necessidade de realizar algumas operações determinados processos cognitivos. Não deixe de ser assombroso que possamos realizar todas essas operações, nas margens restritas de nossa memória de trabalho. Talvez agora tenha mais sentido a afirmação de que não é fácil fazer inferência

A resolução dessa completa exigência parece depende de dois fatores. Por um lado, de que se opere estrategicamente. Por outro, da automatização dos componentes de menor complexidade. Vale a pena ressaltar que para poder automatizar as operações de reconhecimento é necessário ler muito e, para ler muito, a leitura deve ser em alguma medida uma experiência prazerosa.

Uma das consequências mais dramáticas desse feito é que, como mostra Starnovich em um de seus estudos, quando se comparam sujeito que leem pouco e de um bom nível intelectual com sujeitos que leio muito e de menor nível intelectual, este vem vantagem sobre as que aqueles em diferente prova de vocabulário e conhecimento. Em uma palavra o contato com empresas pode compensar diferenças iniciais na capacidade intelectual.

Como assinalado muitos autores, a linguagem escrita faz aflorar possibilidades comunicativas que podem ser muito mais complexas que a gente se encontra na comunicação oral. Por sua vez, esta nova possibilidade reclama novos recursos cognitivos, linguísticos retóricos e metacgnitivos.

Dada à complexidade do sistema de ações que entendi vem na compreensão e na expressão escrita, é previsível não apenas encontrar problemas, mas diferentes tipos de problemas. Em primeiro lugar, pode se encontrar alunos cuja dificuldade reside no domínio das operações envolvidas no reconhecimento das palavras. Trata-se de alunos que cometem erros, mas, que não teriam problemas na compreensão da linguagem. Em geral são chamados disléxicos. Em segundo grupo seria constituído por alunos que leem bem as palavras, mas que apresenta sérias dificuldades de compreende e/ou aprender com que leem. Tais pessoas também poderiam ter problemas para

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