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Resumo: Um estudo sobre o conhecimento

Por:   •  30/9/2018  •  1.461 Palavras (6 Páginas)  •  428 Visualizações

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O realismo cientifico recebeu varias formulações pelo filósofos que por ele se apropriaram, para Fraassen o realismo científico é a tese segundo a qual "a ciência objetiva a nos fornecer, em suas teorias, uma estória literalmente verdadeira de como é o mundo; e a aceitação de uma teoria científica envolve a crença de que ela é verdadeira".

Essa tese filosófica tem sido negada de vários modos, o que leva a três tipos diferentes de anti-realismo científico:

O instrumentalismo, que fala que a ciência quando interpretada refere-se a coisas e objetos não observados, servindo de instrumentos para auxiliar a conexão e estruturação dos processos observáveis.

O redutivismo, que afirma que as preposições da ciência são de fato legitimas, porem referem-se apenas ao que é observável, sendo abreviações de algo mais complexo sobre processos e entidades observáveis.

E o empirismo construtivo, que se trata de uma doutrina anti-realista, que afirma que as proposições teóricas da ciência são proposições genuínas e devem ser interpretadas literalmente, porém a determinação de seu valor de verdade não constitui o objetivo da ciência.

O Idealismo nega a existência do real. A realidade é reduzida a ideias, os objetos só existem enquanto representações, ou seja, não têm uma existência independente e o conhecimento resulta então da relação entre o sujeito e a representação que este faz do objeto. Ao contrário do realismo empírico do pensamento materialista que afirma que todo o conhecimento se fundamenta na própria natureza dos objetos, o idealismo defende a tese de que só há conhecimentos das ideias ou que a consciência é o fundamento do real.

A teoria do conhecimento sempre procura as condições do conhecimento verdadeiro. Na antiguidade e idade média o conhecimento era ligado aos problemas metafísicos. Na idade moderna, o realismo metafisico começa a ser questionado pelos filósofos que surgem, ocupando de forma explícita e sistemática com questionamentos sobre origem, essência e certeza do conhecimento humano.

A evolução do conhecimento pode ser resumida assim: a primeira parte trata da filosofia pré-socrática, da metafísica aristotélica, da filosofia medieval e da questão dos universais. Na segunda parte observa-se o paradigma da modernidade, o racionalismo cartesiano, o empirismo inglês e o criticismo kantiano. Na terceira parte tem-se o cientificismo, o idealismo hegeliano, o materialismo marxista e a ideologia. E na quarta parte debate-se a Crise da Razão, que envolve a crise da modernidade e a crítica ao racionalismo, além do pragmatismo, neopragmatismo e iluminismo.

No pensamento grego, ciência e filosofia achavam-se vinculadas, e somente vieram se separar a partir da Idade Moderna. A ciência moderna nasce ao determinar seu objetivo específico de investigação e ao criar um método confiável pelo qual seria feito o controle desse conhecimento sistemático, preciso e objetivo, e que passou a ser chamado de método científico.

Cada ciência se torna então, uma ciência particular, no sentido de delimitar um campo de pesquisa e procedimentos específicos, porém, a partir do século XX, surgem as ciências híbridas, tais como a bioquímica, a biofísica e a mecatrônica, com o objetivo de resolver problemas que exigem ao mesmo tempo o conhecimento de mais de uma delas.

Não é possível imaginar um conjunto de regras fixas no método cientifico, as ciências da natureza se tornaram rigorosas e “matematizáveis” por utilizarem o método experimental, porém, no outro extremo encontram-se as ciências humanas, onde algumas delas, no caso da Psicanálise, não fazem uso da experimentação.

Ao finalizar este capítulo, pode-se resumir e estabelecer as seguintes características do conhecimento científico: Objetividade – a ciência intenta afastar de seu domínio a subjetividade, no sentido de que o conhecimento deve ser válido para todos, Positividade – deve haver uma plena aderência aos fatos e uma absoluta submissão à fiscalização da experiência, Racionalidade – não obstante a oposição dos empiristas, a ciência moderna é essencialmente racional, isto é, não consta de meros elementos empíricos, mas de uma construção do intelecto, Revisibilidade – não há posição definitiva e irreformável, como já foi citado, “toda verdade científica aparece em certo sentido como provisória, susceptível de revisão e de aperfeiçoamento”, Autonomia – a ciência tem seu próprio campo de estudo, seu próprio método de pesquisa e uma fonte independente de informação que é a Natureza.

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