Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E UM ESTUDO DA DISSEMINAÇÃO DESTE CONHECIMENTO NA REGIÃO DE FEIRA DE SANTANA

Por:   •  24/10/2018  •  6.158 Palavras (25 Páginas)  •  397 Visualizações

Página 1 de 25

...

No capítulo 2 está tratada a revisão bibliográfica com diversos aspectos relacionados à indústria 4.0, por exemplo, definições, princípios, elementos, motivações e outros. No capítulo 3 é mostrado o levantamento de campo com algumas informações sobre como foi realizada a pesquisa e principalmente uma análise dos dados levantados. O capítulo 4 subsequente trata das considerações finais.

- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

- INDÚSTRIA 4.0

Conforme Schwab (2016) as três revoluções industriais foram caracterizadas respectivamente pela construção da ferrovia e invenção da máquina a vapor, pela eletricidade e pelas linhas de montagem, pelo desenvolvimento da computação em mainframe, microcomputadores, automação e da internet. Agora vivemos a quarta revolução industrial que caracteriza-se pela internet mais ubíqua e móvel, sensores menores e inteligência artificial.

Figura 1 – As revoluções industriais ao longo do tempo

[pic 2]

Fonte: Adaptado de Kagermann et al.(2013) apud Silva (2015)

- O que motivou o surgimento do termo indústria 4.0

A indústria 4.0, como esta foi chamada na Alemanha, surgiu devido à necessidade de dar maior competitividade ao país frente à qualidade de produtos e baixos custos de produção. A introdução desta tem como intuito provocar uma maior dinamização dos processos, com uma tendência positiva para a economia da Alemanha.

Segundo Brettel et al.(2014) apud Silva (2015, p.28)

“Empresas de manufatura da Alemanha reconheceram que os consumidores não estavam dispostos a pagar preços mais altos por melhorias incrementais de qualidade, e passaram a ajustar à produção focando em produtos customizados e respostas rápidas ao mercado.”

Para fornecer as respostas rápidas que eram e são necessárias ao processo, além dos produtos customizados, as empresas tiveram que se tornar redes integradas. As redes integradas são estruturadas através de sistemas cyber físico, que segundo Kagernann et al (2013) apud Freitas et al (2016) são sistemas complexos que criam um network de máquinas, propriedades, ativos, sistemas da informação por toda a cadeia de valor e pelo ciclo de vida do produto.

2.1.2 O que é a indústria 4.0

A indústria 4.0 tem ligação com a inovação tecnológica nos diferentes campos da indústria. E tem como um dos seus objetivos, proporcionar aos processos produtivos, através do uso de novas tecnologias de produção um melhor desempenho para estes. Segundo Santos (2016) a indústria 4.0 é um projeto no âmbito da estratégia de tecnologia do governo alemão, que tem como intuito promover a informatização da manufatura do país.

Silveira (2016) diz que a indústria 4.0 é um conceito de indústria proposto recentemente e que engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia de informação, sendo aplicados nos processos industriais, com o intuito de deixá-los mais eficientes, autônomos e customizáveis.

Podemos dizer que indústria 4.0 é um projeto que descentraliza os processos produtivos e que busca através da integração das novas e das tecnologias de produção e de informação já existentes, dar maior eficiência a toda cadeia produtiva.

O termo indústria 4.0, segundo Kagermann, Lukas, e Wahlster (2011) apud Silva (2015) surgiu em 2011, quando uma iniciativa que tinha este nome, fomentada por representantes das áreas de negócio, acadêmica e politica, abordaram o tema, com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva da Alemanha e aumentar a sua competitividade.

Segundo Freitas et al.(2016) o nome indústria 4.0 surgiu na Alemanha, mas outras nomenclaturas surgiram com o mesmo objetivo e sentido, exemplo destas são: fábricas inteligentes, internet das coisas industrial, indústria inteligente, produção avançada, internet industrial, entre outras.

2.1.3 Agentes facilitadores

Segundo Schuh et al. (2015) existem quatro agentes facilitadores da indústria 4.0, que são: a globalização da tecnologia da informação, a existência de uma central unificada que contenha todos os dados, a automatização e a cooperação.

Silva (2015) diz que a globalização da tecnologia da informação está relacionada à capacidade de acessar grandes quantidades de dados de qualquer local; já a existência da central unificada de dados possibilita mudanças em produtos, através das informações armazenadas; a automação que, com o uso da cyber physical systems, tem como consequência o aumento da produtividade; e por fim a cooperação que pode ser estabelecida pelo cultivo de uma rede de comunicação entre os agentes envolvidos no processo, possibilitando uma maior integração do sistema.

2.1.4 Princípios da indústria 4.0

A indústria 4.0 possui alguns princípios que segundo Silveira (2016) definem os sistemas de produção inteligentes que vão surgir nos próximos anos, sendo estas:

- Capacidade de operação em tempo real: que nada mais é do que fazer a aquisição dos dados e tratamento dos mesmos em tempo real, dando agilidade à tomada de decisão que pode acontecer em tempo real. Neste processo todos os elementos como empresas, sensores, e pessoas estão conectados, havendo uma comunicação mútua entre todos.

- Virtualização: Que atualmente já tem um item embrionário, através dos sistemas supervisórios, mas que se diferenciaria, pois propõe existir uma cópia virtual das fábricas inteligentes, permitindo a rastreabilidade e monitoramento de todos os processos por meio dos vários sensores espalhados pela fábrica. Desta forma, em caso de falha os responsáveis pela operação do sistema são notificados.

- Descentralização: Dando aos sistemas ciberfisicos a tomada de decisão, buscando se adequar de acordo com as necessidades da produção em tempo real. Isto também possibilitaria as máquinas não só receberem comandos, mas fornecer informações dos seus ciclos de trabalho, o que auxiliaria, por exemplo, na identificação de uma possível falha.

- Orientação a serviços: Utilização de arquiteturas de softwares orientadas a serviços aliado ao conceito de Internet of Services.

- Modularidade: Produção de acordo com a demanda, acoplamento e desacoplamento de módulos na produção.

...

Baixar como  txt (41.6 Kb)   pdf (102.7 Kb)   docx (35.7 Kb)  
Continuar por mais 24 páginas »
Disponível apenas no Essays.club