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CONCEPÇÃO DA CULTURA ESCRITA NAS TURMAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL COM CRIANÇAS DE 05 ANOS

Por:   •  31/12/2017  •  3.991 Palavras (16 Páginas)  •  389 Visualizações

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2- Procedimentos Metodológicos

Para se pensar na concepção da cultura escrita na educação infantil com crianças de 05 anos nos remetemos a realização de um estudo que ofereça um suporte teórico a tal discussão. Os procedimentos metodológicos necessários à realização deste trabalho partem da abordagem qualitativa, objetivando compreender efetivamente o processo da concepção da cultura escrita na turma de educação infantil com crianças de 5 anos. A escolha por uma abordagem qualitativa se justifica pelo fato deste tipo de estudo ser utilizado para:

[...] descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos (RICHARDSON, 1999, p. 80).

É sabido que todo e qualquer estudo científico requer uma prévia pesquisa bibliográfica, a leitura é primordial no processo de elaboração e execução de trabalhos acadêmicos, seja para sua necessária fundamentação teórica, ou para justificar seus limites e os próprios resultados. Segundo Cervo e Bervian (1996, p. 48):

A pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência. Como trabalho científico original, constitui a pesquisa propriamente dita na área das Ciências Humanas. Como resumo de assunto, constitui geralmente o primeiro passo de qualquer pesquisa científica.

Assim, para elaboração deste trabalho utilizou-se de critérios e procedimento bibliográficos do tipo explicativo e constituíram instrumentos para coleta de dados o levantamento bibliográfico;

De acordo com Gil (2007, p.42). “Este instrumento possibilita o levantamento de dados e a análise de verdades vivenciadas e ou escritas por outros autores”. Ainda segundo os mesmos autores (ibidem);

A pesquisa explicativa preocupa-se em identificar os fatores que determinam, que contribua para a ocorrência dos fenômenos, a mesma aprofunda-se no conhecimento da realidade e o porquê das coisas [...], elas podem ser as continuações de outra descritiva, posto que a identificação dos fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado. (GIL, 2007, p.42)

E foi nesta perspectiva que a metodologia aplicada neste trabalho se deu através da revisão bibliográfica dos principais trabalhos realizados sobre o tema: Concepção da cultura escrita nas turmas de educação infantil com crianças de 5 anos. Esta pesquisa foi realizada em sites, bibliotecas, livros e artigos, objetivando-se com isso comparar, analisar e cruzar dados e informações obtidas a partir de diferentes fontes, tais como artigos publicados em revistas e livros de renomados autores conforme citado nas referências. Sendo que para a coleta de dados e discussão dos resultados será dado maior ênfase às seguintes obras: Nova escola publicada em junho/julho de 2013 de nº263 entrevista Emilia Ferreiro e Telma Weisz; artigo file:///C:/Users/Jennifer?Downloads/Disserta%20KEYLLA%202014%201.pdf; ........

Com os estudos realizados para a escrita desse artigo fez-se necessário analisar os conceitos dos autores que contribuíram com suas teorias para que esse trabalho fosse realizado visando atender aos objetivos propostos. Diante disso, serão apresentadas as análises dos estudos desses autores que debatem sobre concepção da cultura escrita nas turmas de educação infantil com crianças de 05 anos.

2.1 Escrita na historia da humanidade

Ao Pensar na história da escrita desde o início da humanidade nos remete ao fato de que a escrita seja ela qual for, sempre foi uma maneira de representar a memória coletiva, religiosa, mágica, científica, política, artística e a cultura. A invenção do livro e, sobretudo da imprensa são grandes marcos da história da humanidade, depois é claro da própria invenção da escrita (CAGLIARI, 2001).

A necessidade de registrar os acontecimentos surgiu com o homem primitivo nos tempos das cavernas, quando começou a gravar imagens nas paredes. Durante milhares de anos os homens sentiram a necessidade de registrar as informações e construíram progressivamente sistema de representação. Desenvolvida também para guardar o registro de contas e trocas comerciais, a escrita tornou-se um instrumento de valor inestimável para a difusão de ideias e informações. Foi na Antiga Mesopotâmia, há cerca de seis mil anos atrás que se desenvolveu a escrita ideográfica, um dos inventos na progressão até a escrita alfabética, agora usada mundialmente.

Com o desenvolvimento das sociedades, a escrita passou a ser incorporada às práticas que permitia a obtenção de informações, aumentava a produtividade no trabalho e consequetemente, a melhoria da qualidade de vida.

Os processos socioeconômicos, políticos e culturais que engendraram a escrita, não foram constantes e nem se deram numa ordem de concomitância, bem como os processos do ensino da escrita como relata Nucci (2003).

A primeira revolução industrial da Inglaterra mostrou índices regressivos de alfabetização. A Suécia foi plenamente alfabetizada já no século XVIII. Embora ainda fosse economicamente marginalizada, alfabetizou 100% de sua população no ambiente familiar e em função de objetivos que não tinham a ver com o desenvolvimento econômico, mas com práticas religiosas e atitudes de cidadania (p.49).

Nessa época, a escrita possuía um valor social e recreativo. À medida que começou a fazer parte da vida econômica das pessoas e determinar outras perspectivas de vida, esta relação foi sendo modificada. Os cidadãos comuns começaram a descobrir que a habilidade de ler e escrever permitia ampliar sua participação nos diferentes contextos sociais e a motivação para aprender a escrever foi crescendo entre os indivíduos.

Assim, na evolução humana, a utilização dos registros impressos, sejam os pictogramas rupestres, sejam os primeiros símbolos literais dos fonemas, tornaram-se indispensáveis às relações sócio-econômico-culturais. Charles Higounet observa uma relação inseparável no triângulo história-escrita-homem:

A escrita faz de tal modo parte da nossa civilização que poderia

servir de definição dela própria. A história da humanidade se divide em duas imensas eras: antes e a partir da escrita. (...) Vivemos os séculos da civilização da escrita. Todas as nossas sociedades baseiam-se sobre o escrito.

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