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As Teorias de Currículo e Seus Aspectos

Por:   •  2/5/2018  •  1.072 Palavras (5 Páginas)  •  305 Visualizações

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Bourdieu e Passeron explicitam a complexidade dos mecanismos de reprodução social e cultural. Ressaltando a ideologia do capital cultural das classes economicamente favorecidas se sobressaem às demais , logo a ação pedagógica favorece apenas aqueles que o possuem, perpetuando a desigualdade.

Apple buscava compreender porque alguns aspectos da cultura são ensinados como se representassem o todo social. Com o objetivo de entender a ação da educação na reprodução das desigualdades, o autor se fundamenta em conceitos da teoria marxista. Sendo elas, a hegemonia que se refere à um conjunto organizado e dominante de sentidos como uma espécie de senso comum. A ideologia um sistema de crenças partilhadas que visam legitimar determinada visão de mundo. Ou seja, em sua concepção os currículos escolares (re)criam a hegemonia ideológica de determinado grupo social e as disputas que estão envolvidas na seleção de conteúdo, na formulação de objetivos ou na organização de um plano educacional há questões de luta de poder.

Fundamentados nas teorias de base sociológica, os teóricos da matriz fenomenológica buscam reconceptualizar o currículo, propondo um currículo aberto à experiência dos sujeitos, pois dessa forma, o aspecto cultural seriam pressupostas às atividades escolares. É necessário que as atividades escolares permitam aos alunos a compreensão do seu próprio” mundo-da-vida” (p. 34). Isto é, os objetivos escolares partiriam de interesses individuais e coletivos dos alunos, resultando em um processo único de aprendizagem.

No Brasil, Paulo Freire é uma das mais importantes influências para a concepção de currículo focadas na compreensão do “mundo-da-vida”. Freire propõe uma pedagogia baseada no diálogo, repensando a educação além de transmissão de conhecimentos, como uma interação entre os sujeitos para construir currículos capazes de integrar os interesses do mundo-da-vida às decisões curriculares. Willian Pinar, na teoria internacional, ampliou o conceito de currículo à currere, ou seja, um processo. Para ele, a escola deve considerar as experiências dos sujeitos que nela estão inseridos, proporcionando à esses compreender a natureza de tais experiências.

Para finalizar, os autores trazem os fundamentos teóricos pós-estruturalistas do campo do currículo, evidenciando que o currículo é uma prática discursiva, isto é, uma atribuição de sentidos ao termo, em meio as disputas de poder. Portanto, cada tradição curricular é um discurso que se hegemonizou constituindo o objeto currículo – texto.

Com essa discussão, compreende-se que as autoras quiseram mostram o quão difícil é definir o que é currículo, pois é um conceito multifacetado, onde o ato de definição subentende-se várias questões, como as disputas de poder envolvidas da elaboração e/ou implementação de um plano curricular.

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