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ALFABETIZACAO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS

Por:   •  12/11/2018  •  4.560 Palavras (19 Páginas)  •  287 Visualizações

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Principalmente seguindo a premissa de Soares que nos diz que o indivíduo precisa estar preparado para entender seu papel no contexto social e apto a responder contextualmente as situações que lhe serão apresentadas no dia a dia.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Em nosso século XXI, a caminhada em prol de uma educação de qualidade tem sido cheia de conquistas. E o acesso à escola e ao ensino fundamental é garantido pelas leis nacionais a muitos que por não saberem ler e escrever saem do processo de alfabetização.

Depois de 1990 na conferência mundial sobre educação para todos foi que alfabetização foi tida como o instrumento capaz de fazer a eficácia na aprendizagem para o acesso e para elaboração de um conhecimento que irá participar da cultura de uma sociedade.

Se conceituarmos isso como ponto de partida, veremos que a ideia de aprendizagem, leitura e da escrita esta comparada a um instrumento essencial para o indivíduo ter o acesso a todo e qualquer meio de conhecimento. Entretanto seria somente esse o seu papel na sociedade?

Segundo Soares (2006) afirmou que, para entrar e viver nesse mundo do conhecimento, quem aprende necessita de dois passaportes: o domínio da tecnologia de escrita, que se adquire por meio da alfabetização e o outro que é domínio dos usos da mesma que somente obtém-se por meio do letramento.

E também a respeito do mesmo Freire (1991) afirma que não basta saber ler “Eva viu a uva” e sim é preciso compreender qual posição a Eva ocupa no seu contexto, saber quem plantou a uva e quem irá lucrar com esse trabalho agrícola.

Com esses conceitos o professor tende a se conscientizar de que o acesso ao mundo da escrita é na maior parte responsabilidade da escola, contando que a mesma conceda as múltiplas possibilidades do uso da leitura e da escrita no meio social.

As práticas em sala devem estar orientadas, de modo a promover o letramento, que segundo Soares (2001) proporcione a construção das habilidades para exercício competente e efetivo desta tecnologia. O mesmo diz deste modo que

[...] implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos- para informar ou informar-se, para interagir com os outros, para imergir no imaginário, no estético, ampliar os conhecimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à memória, para catarse...: habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos; habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura que marcam o texto ou de lançar mão desses protocolos, ao escrever: atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita, tendo interesse e informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de forma diferenciada, segundo as circunstancias, os objetivos, o interlocutor[..]. (Soares, 2001, p.92]

Desta forma, trabalhar os múltiplos usos e funções da escrita na sociedade faz que as possibilidades se aumentem cada dia mais, e refletir criticamente sobre todas as relações que se estabelecem depois de interpretar e produzir textos escritos em diferentes gêneros, levando a se perguntar sobre quem escreve e a quais fatos se referem.

Nesse sentido é possível acreditar que alfabetizar letrando é uma medida a possibilitar uma comunicação sem falhas de identidade que ao ser refletido para a sociedade entender que o ato de ensinar a ler e escrever cria as condições necessárias a viver na sociedade dominando as práticas tecnológicas e as mais diferentes políticas sociais existentes.

Ferreiro (1999) afirma que de todos os grupos as crianças são de mais fácil alfabetizamento e estão num processo continuo de aprendizagem, enquanto que os adultos já estão absolvidos das formas de ação e de conhecimento e são assim mais difíceis para a modificação. Mesmo entre os grupos de crianças entende-se que:

Há crianças que chegam à escola sabendo que a escrita serve para escrever coisas inteligentes, divertidas ou importantes. Essas são as que terminam de alfabetizar-se na escola, mas começaram a alfabetizar muito antes, através da possibilidade de entrar em contato, de interagir com a língua escrita. Há outras crianças que necessitam da escola para apropriar- se da escrita. (FERREIRO, 1999, p.23)

Assim as visões de imagem e texto obtidas nessa fase, são levadas do contexto social da criança e as suas características discursivas, tais como a sua forma de lidar com pessoas, indo ao supermercado com a mãe, e o professor tende a promover a união do que se aprende fora da sala com o que pode ser desenvolvido na mesma para viabilizar o letramento.

O desafio para o processo de planejar as ações a serem desenvolvidas de modo a articular a dimensão da criança individual e coletivo e institucionalmente. Prevendo assim o uso de material especifico de ensino, seja por apostilas, livros ou mídia, para dinamizar e integrar as dimensões de aprendizagem da mesma. Criando assim uma estrutura pedagógica para se possibilitar os domínios das capacidades de alfabetização, o domínio de conhecer e os usos da leitura e da escrita. Obtendo a interação do que antes era somente ir à escola e aprender como tem que ser escrito e agora ser uma forma de ver tudo que acontece na sociedade com meios críticos e específicos para sem utilizados.

Segundo Monte (2004), no processo de alfabetização e letramento os professores tendem a ser parceiros dos alunos, no sentido que ambos precisam integrar ações para produzirem essa atividade. O aluno é cheio de personalidade, consciência de si, tem vontades, afetos e necessidades que serão predispostas ao desenvolvimento continuo. Nesse sentido o aluno é ativamente responsável a assumir a direção própria das atividades com o uso de seu potencial social.

Segundo Vygotsky (1989), este processo é visto como a reelaboração do conhecimento historicamente construído e devendo ser integrado as pessoas de acordo com o momento que se vive, para ser assim reelaborado e construir no futuro parte desse patrimônio coletivo da humanidade.

O desafio da escola é proporcionar que a criança tome para si o sistema alfabético e ortográfico da língua, garantindo ao mesmo tempo as condições de usar esse sistema na sociedade que a mesma interage.

Na maioria dos autores que houve uma referência teórica, faz-se necessário a realização de uma avaliação diagnostica durante as primeiras semanas do ano letivo que para o professor alfabetizador ira conhecer e definir assim a organização

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