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A ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM SÉRIES INICIAIS

Por:   •  24/12/2018  •  3.022 Palavras (13 Páginas)  •  336 Visualizações

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e letramento foram empregados e difundidos.

Tanto as descobertas de Piaget e Emilia Ferrero tem um papel ativo no aprendizado construindo seu próprio conhecimento. Na perspectiva do letramento e alfabetização, não faz mais sentido entendermos de que o treino motor da coordenação fina como pré-requisito para ler e escrever não é uma das condições de aprendizagem da escrita e leitura, também não é mais possível o uso da cartilha para o aprendizado da fala, escrita para a memorização. Para Ferrero e Teberosky, o sujeito aprendiz, questiona, pensa e cria hipóteses pela ação direta nos atos da leitura e escrita, ou seja, para ler e escrever é necessário interagir participando da criação da sua própria leitura de vida. Explicando o fracasso e sucesso do aluno.

Fundamentação Teórica.

Entende-se por alfabetização o processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita, as conquistas dos princípios alfabéticos e ortográficos que possibilita ao aluno ler e escrever com autonomia. Letramento é o processo de inserção e participação na escrita. Sendo o processo pelo qual a criança tem seu início quando começa a conviver com as diversas formas de escrita na sociedade (placas, rótulos, embalagens, revistas, gibis, etc. ). A alfabetização e letramento são processos diferentes, mas cada um com suas características, completando-se e sendo inseparáveis, é indispensáveis para a alfabetização.

É comum acreditar que a linguagem escrita seja um código e como tal pressupõem que as habilidades de codificação e decodificação e cada um com som pronunciado na cadeia sonora da fala correspondendo uma letra. A mudança do processo pelo qual se aprende a ler e escrever afeta o ensino da língua produzindo experiências para construir uma nova perspectiva de ensino aprendizagem.

As definições de letramento que consideram as diferenças entre leitura e escrita tendem a concentrar-se ou na leitura ou na escrita, ignorando que os dois processos que são complementares, mas diferentes, e caminham juntos. Letramento é a habilidade de colocar em ação todos os comportamentos necessários para desempenhar adequadamente todas as possibilidades de leitura e escrita. Não levar em consideração a existência, no conceito de letramento, leitura e escrita é considerar que letramento e alfabetização é um conjunto de habilidades únicas é necessárias, principalmente levando em consideração as fases as quais Emilia Ferrero desenvolveu que são:

– Nível um ou pré-silábico – no incio a criança rabisca, desenha sem figuração e mais tarde desenhos com figuração, ocorre o registro de símbolos e pseudo – letras misturados com letras e números – Não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada, caracteriza uma palavra como letra inicial, não diferencia letras de números, reproduz traços típicos da escrita de forma desordenada, supõe que a palavra representa o objeto e não o seu nome, acredita que coisas grandes têm um nome grande e que coisas pequenas têm um nome pequeno (realismo nominal)

– Nível dois ou Silábica, a criança começa estabelecer relações entre o contexto sonoro da linguagem e o contexto gráfico do registro, já supõe que a escrita representa a fala, para cada fonema, usa uma letra para representá-la, pode ou não atribuir valor sonoro à letra, pode usar muitas letras para escrever, e ao fazer a leitura, aponta uma letra para cada fonema, ao escrever frases, pode usar uma letra para cada palavra. Interpreta a sua maneira, atribuindo valor a cada sílaba;

– Nível três ou hipótese silábico-alfabética, a criança mistura a lógica da fase anterior com a identificação de cada sílaba, inicia-se a superação da hipótese silábica, compreende que a escrita representa os sons da fala, percebe a necessidade de mais uma letra para a maioria das sílabas, pode dar ênfase a escrita dos sons das vogais ou só das consoantes, atribui o valor do fonema em algumas letras (KBLO). As investigações sobre a psicogênese da língua escrita permitem ao professor atuar como mediador eficaz no processo de ensino aprendizagem.

– Nível quatro ou hipótese alfabética, domina valor das letras e sílabas, compreende o uso social da escrita, comunicação, conhece o valor sonoro de todas ou quase todas as letras, apresenta estabilidade na escrita das palavras, compreende que cada letra corresponde aos menores valores sonoros da sílaba, procura adequar a escrita à fala, faz leitura com ou sem imagem, inicia preocupação com questões ortográficas, separa as palavras quando escreve frases, produz textos de forma convencional, a criança já venceu todos os obstáculos conceituais para a compreensão da escrita, sendo que cada um dos caracteres da escrita correspondem a valores. O processo de conhecimento da criança deve ser gradual, e corresponde aos mecanismos deduzidos por Piaget, de que cada salto cognitivo depende de uma assimilação e de uma reacomodação, dos esquemas internos, que necessariamente levam tempo para que acontecem.

A respeito da formulação das hipóteses, apresenta um código através do caminho representado pelos níveis, organizado em três grandes períodos, a distinção entre o modo de representação icônica1 (imagens) ou não icônicas (letras e números ), construção de formas de diferenciação, variações sobre o eixo qualitativo (variedades de grafias) e o eixo quantitativo ( quantidade de grafias), estes dois períodos compreendem a fase pré-linguística ou pré silábica. E o terceiro a fonetização da escrita, quando aparecem suas atribuições de sonorização, assim iniciando o período silábico indo para o alfabético.

De acordo com Ferreiro, enfatiza que as novas informações para as crianças….

[….] vão desestabilizando a hipótese silábica até que a criança tem coragem suficiente para se comprometer em seu novo processo de construção. O período silábico-alfa­bético marca a transição entre os esquemas prévios em vias de serem abandonados e os esquemas futuros em vias de serem construídos. Quando a criança descobre que a sílaba não pode ser considerada como unidade, mas que ela é, por sua vez, reana­lisável em elementos menores, ingressa no último passo da compreensão do sistema socialmente estabelecido. E, a partir daí, descobre novos problemas: pelo lado quan­titativo, se não basta uma letra por sílaba, também não pode estabelecer

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