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A Semana de Arte Moderna

Por:   •  21/12/2018  •  11.475 Palavras (46 Páginas)  •  299 Visualizações

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A pesquisa apresentada terá como base, referências obtidas através de livros fundamentadas em autores como Lajolo &Zilberman (2010), Paulo Freire (1984), Bordini (1991), Pinheiro (2007), Coelho (2010) e Vinícius de Moraes (20014), com seus poemas da coletânea A Arca de Noé. Revistas pedagógicas, internet a qual servirá usada nas coletas de dados, pesquisar arquivos relacionados ao contexto abordado. Também, projetos escolares envolvendo a mesma proposta, que será a ferramenta principal para analisar a problemática levantada.

A abordagem deste estudo será de caráter qualitativo, quantitativo através de pesquisa bibliográfica e documental. A análise se dará por meio dos projetos envolvendo a obra de Vinicius e Morais nos anos iniciais em dez escolas cujas atividades tenham sido publicadas na mídia com intuito de propagação.

2 A POESIA

De acordo com o poeta Paul Valéry (1999, p.180) "A origem da palavra poesia advém do grego “poiesis” que em sua acepção significa criar, fazer". Nota-se que em todos os momentos históricos no mundo, houve e há alguém que através de evocações, impressões e emoções por meio de sons e ritmos harmônicos criaram, recriou e fez da poesia, a linguagem dos sentimentos e das emoções.

Segundo Elias José (2003, p. 11), “vivemos rodeados de poesia”, ou seja, poesia é tudo que nos cerca e que nos emociona quando tocamos, ouvimos ou provamos, poesia é a nossa inspiração para viver a vida.

Os poemas convidam o leitor a jogar com os sons e sentidos das palavras. Para as crianças, e muitos adultos, a poesia é rima, é algo bonito, é como uma brincadeira.

O poema é a poesia em palavra e costuma ser identificado por sua forma gráfica com versos e estrofes, com seus aspectos mais importantes é a forma de chamar atenção na sua linguagem.

A poesia difere de qualquer outra arte por ter um valor para o povo da mesma raça e língua do poeta, que não pode ter para nenhum outro. (...) A poesia tem a ver fundamentalmente com a expressão do sentimento e da emoção: e esse sentimento e emoção são particulares, ao passo que o pensamento é geral. (PINHEIRO, 2007, p.23)

Conforme relata o autor e através desse gênero textual é possível desperta a sensibilidade e os valores do aluno. Promovendo-lhe a oportunidade de aprimorar as emoções, a sensibilidade, aguçando as sensações e brinca com múltiplos significados, materializando o prazer pela leitura.

A poesia torna a criança receptiva às manifestações da comunicação com o mundo, trata-se de buscar textos que possibilitem uma convivência mais sensível com o outro, consigo mesmo e com os fatos do cotidiano. Sendo assim uma fonte de saber.

Relata Pinheiro (2007, p. 25) “Tendo em vista que a poesia é dos gêneros literários mais distantes da sala de aula, a tentativa de aproximá-la dos alunos deve ser feita de forma planejada”.

Deve-se levar em conta o modo de apresentar o texto poético ao discente para que o mesmo possa desfrutar de experiências positivas. O poema são as palavras escritas formando frases, mas a poesia é o conjunto de ritmo, rima, signos, criatividade e arte, que somados resultam na transmissão de diversas emoções, já sentida pelo ser humano.

Embora a poesia ainda não seja trabalhada de maneira plena na sala de aula é importante ressaltar que esse não é um gênero novo. Sendo assim é de grande importância conhecer a história da poesia para aprender seu devido valor no desenvolvimento do individuo.

2.2Poesia infantil no Brasil

Os três séculos imediatos ao que se convencionou chamar de descobrimento do Brasil não haviam sido ainda instalados nesses territórios a imprensa. Após a invasão napoleônica a Portugal ocorre à fuga de D João VI e sua real família para o Brasil, deixando de ser colônia.

Tais fatos têm por consequência a criação da imprensa régia responsável pela impressão dos primeiros livros destinados às crianças e também a criação da biblioteca nacional, tendo como primeira publicação As aventuras do barão de Munchausen(1785) Leitura para meninos do senador José Saturnino da Costa Pereira.

Esse livro tinha por teor histórias de cunho moral e com ensinamentos sobre geografia, cronologia, história de Portugal e história natural (PIEDADE, 2006).

Uma das referências, buscadas para analisar o poetizamento no Brasil foi o de Luís Camargo (1998) em seu artigo intitulado, A poesia infantil no Brasil. O autor faz um levantamento histórico no qual podem perceber alguns aspectos que atrelaram a evolução da poesia infantil no Brasil.

Luiz Camargo(1998) afirma ser a Exaltação ufanista, e vínculo direto com a escola em virtude de ter surgido com o consentimento do Império, que se estabelecer durante a República. A poesia no período do império tinha como características o auto centrismo na voz temática poética, sendo essencialmente de caráter moral.

Luís Camargo (1998) cita o soneto de Alvarenga Peixoto (1744-1793) com o título de Amada filha que foi escrito para sua filha Maria Efigênia pela comemoração de seu aniversário de sete anos.

O poema de Inácio Jose de Alvarenga Peixoto Amada filha assim como também Conselhos a meus filhos, de sua esposa Bárbara Heliodora (1859–1819), apresentam um traço que será dominante na poesia infantil brasileira até a primeira metade do século XX, isso é a presença de uma voz poética adulta, que se dirige a um leitor infantil, utilizando o poema como veículo de educação moral. Como apresentado em trecho do poema da autora, Bárbara Heliodora (1859-1819):

CONSELHO A MEUS FILHOS

Meninos, eu vou ditar

As regras do bem viver,

Não basta somente ler,

É preciso ponderar,

Que a lição não faz saber,

Quem faz sábios é o pensar.

Neste tormentoso mar

D'ondas de contradições,

Ninguém soletre feições,

Que sempre se há de enganar;

De caras a corações

A muitas léguas que andar.

Aplicai ao conversar

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