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A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO

Por:   •  2/2/2018  •  2.253 Palavras (10 Páginas)  •  505 Visualizações

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A IMPORTANCIA DO PLANEJAMENTO NA EDUCAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL.

A educação nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental tem importância relevante para a vida do individuo, pois por meio da mesma serão garantidos firmamentos básicos para o desenvolvimento da vida estudantil. É nesta etapa que o indivíduo encontra-se com os conhecimentos cientificamente elaborados, os quais farão parte de toda a sua vida, acadêmica e social. Ao compreender tal função, o docente deve desenvolver um trabalho bem qualificado, garantindo que o ensino não seja reduzido apenas à transmissão de conteúdos necessários para a conclusão de cada etapa, mas que se tenha um ensino orientado pela aprendizagem estabelecida.

O planejamento para os anos iniciais de ensino deve ter como foco processo de leitura e de escrita. Para tanto, a coordenação pedagógica pode centrar suas orientações na mediação na sala de aula entre professor e aluno, momento em que o professor tem condições de identificar os conhecimentos prévios do aluno, sua prática social inicial e organiza o seu plano de aula propondo a superação dessa condição inicial, levando o aluno à apropriação de conhecimento mais elaborado.

Desta forma, “[...] a aprendizagem é uma atividade do aluno visando à apropriação de conceitos, métodos e instrumentos cognitivos, mas necessita de uma “intervenção” do outro, por meio da mediação [...]”. (LIBÂNEO, 2012, p.43).

A tecnologia permitiu os avanços dos meios de comunicação e informação, exigindo do sujeito maior destreza na utilização desses aparatos e leitura mais crítica sobre a organização social.

Como a coordenação pedagógica e os professores podem definir a maneira de mediar à prática social da leitura e da escrita com os alunos? Sabe-se que historicamente métodos de alfabetização foram constituídos com propostas diferenciadas de alfabetização, por exemplo, do método tradicional, passando pelo método global.

A seleção de um método que oriente o fazer pedagógico na escola deve estar alinhada ao que propõe o projeto pedagógico curricular, suas orientações e a partir do documento norteador, estabelecer as análises da prática social dos alunos e definir os objetivos de aprendizagem, as fontes de estudos e de aproximação com o conteúdo, os procedimentos metodológicos, o processo de avaliação. Fica evidente a necessidade de a coordenação pedagógica propor um planejamento fundamentado na concepção do desenvolvimento de práticas sociais de leitura e de escrita e de elaboração de instrumentos que possibilitem ao professor analisar o caminho da aprendizagem do aluno.

Para a elaboração de uma matriz de referência da avaliação, o professor deve se guiar primeiramente, pela definição das capacidades referentes ao processo de alfabetização e letramento que serão desenvolvidas ao longo de um ano letivo. No caso da alfabetização, deve definir as capacidades referentes à apropriação do sistema da escrita alfabético-ortográfico, bem como o desenvolvimento de capacidades motoras pertinentes a esse processo, como, por exemplo, se a criança compreende as diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas, se conhece as letras do alfabeto, se reconhece algumas sílabas, etc.(SILVA; CASTANHEIRAS, 2005, p. 21).

Uma matriz de referência para avaliação tem como finalidade, então, orientar os professores na definição dos conhecimentos que o aluno se apropriou quanto ao letramento, possibilita identificar os conhecimentos adquiridos pelos alunos. As autoras sugerem o seguinte exemplo.

Garantir espaços de aprendizagem que promovam o conhecimento dos alunos que os levem a se apropriarem das diferentes formas do uso da língua e da escrita na sociedade contemporânea, significa apresentar aos alunos as linguagens utilizadas pelos homens e mulheres, a forma como se expressam e se comunicam, enfim, o uso social desse conhecimento.

2.3 O QUE MUDA NO PLANEJAMENTO DAS AULAS NO EJA.

Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), o planejamento demanda um trabalho mais denso quando se considera as especificidades deste público, por isso, é preciso que o professor conheça o perfil destes alunos para realizar um planejamento de ensino significativo à realidade dos estudantes. Clara Maria Almeida Rios (2012.p.57), faz um recorte desse perfil do aluno da EJA ao mencionar que: Em função do desejo de ascensão social, via escola, a maioria dos trabalhadores brasileiros busca a sua escolarização no turno da noite. É importante ressaltar que a clientela da EJA é composta também de domésticas, trabalhadores rurais; ou seja, pessoas de nível socioeconômico desfavorecidos. É constituída também por pessoas idosas, ex-presidiários e pessoas envolvidas com narcotráfico. Em suma, essa clientela é constituída pelo “excluídos” ou marginalizados (RIOS, 2012.p.57).

Alunos do EJA quando procuram a escola, buscam satisfazer suas necessidades particulares para se integrarem à sociedade como trabalhadores ativos, alfabetizados e participativos no meio social ou político. Por isso, o planejamento de ensino realizado pelo professor, deve levar em conta os conhecimentos prévios destes alunos e aquilo que desejam aprender, a partir da realidade da sua comunidade, de forma a organizar todas as etapas do trabalho escolar.

Uma das ferramentas para auxiliar o professor no seu planejamento é o plano de aula, no qual são detalhadas as ações e objetivos a serem alcançados para um determinado momento. Segundo Menegola e Sant’anna (2008, p.46) “o plano é um roteiro de uso diário na sala de aula; é um guia de trabalho; é um manual de uso constante; enfim, é um roteiro que direciona uma linha de pensamento e ação”.

Por isso, o professor necessita, também, ser um professor especial, capaz de identificar o potencial de cada aluno, sendo seu perfil de singular relevância para o sucesso da aprendizagem do aluno adulto que vê seu professor como um modelo a seguir. É papel do professor, especialmente do professor que atua na EJA, compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Enfim, é acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional.

Em geral, este público é atendido por professores formados para atuar no Ensino Fundamental e que costumam trabalhar paralelamente com as crianças das turmas regulares. Apesar de o currículo ser essencialmente o mesmo, quem freqüenta a EJA já é adulto e busca outra finalidade com os estudos. Por isso, o professor precisa fazer adaptações na escolha dos temas, na abordagem e no tratamento que dá à turma.

Respeitar a realidade do estudante é fundamental em todos os níveis de ensino, mas ganha uma

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