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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

Por:   •  28/7/2018  •  926 Palavras (4 Páginas)  •  239 Visualizações

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A universidade como agência de prestação de serviços

Esse modelo de universidade se apoia na obra de Clark Kerr, Os usos da universidade. A universidade seria então um agregado de instituições que realizam diferentes serviços, como ensino, pesquisa e consultoria. Desse modelo surge o conceito de multiversidade, que Wolff descreve como "uma faculdade de graduação – ou talvez muitas faculdades e programas de graduação. Mas ela se estende em todas as direções, englobando escolas profissionais, institutos de pesquisa, programas de treinamento, hospitais, escolas primárias e secundárias, fazendas e laboratórios, em várias cidades, estados e até mesmo em outros países."

A principal crítica que recai sobre esse modelo é que a multiversidade busca continuamente atender as necessidades nacionais, apresentadas como necessidades sociais e humanas. Entretanto, essa tendência é na verdade um meio de ajustar-se à demanda efetiva na forma de subvenções, acarretando na aceitação dos objetivos e valores de quem tem dinheiro para pagar por eles. Dessa forma, e dependente dessas subvenções federais, a multiversidade passa a não assumir posições contrárias ou criticas na inserção de programas governamentais.

A universidade como linha de montagem para o homem do sistema

Nesse modelo a universidade não deixa de ser uma indústria na sociedade capitalista, entretanto não segue a lógica de que o diploma seria seu produto e os estudantes seus clientes. Numa visão critica dessa instituição universitária, o produto é o homem do sistema. Assim, instituições diversas são os clientes, cujas atividades destrutivas e repressivas demandam trabalhadores leais e submissos. Nesse sentido, os estudantes são modulados em produtos pelas universidades, de acordo com as necessidades do mercado. A competição também é marca desse modelo. Isso acaba por dificultar uma visão reflexiva do sistema pelo qual o estudante busca entrar.

Os quatro modelos de universidades expostos e refletidos sob a ótica de Wolff (1993) não pretendem propor imposições de instituições universitárias. As universidades, atualmente, são inúmeras e de pluralidades infinitas. Ainda que pese diferentes pontos de vista sobre as funções dessa instituição, que prevaleça um modelo democrático, que possibilite ao estudante um crescimento pessoal e intelectual em seu sentido mais amplo, permeado pela cultura, ciência e filosofia, para que se construa uma relação consistente entre professores, alunos e comunidade, para além de estudos profissionalizantes e de submissão ao mercado.

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