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A EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO BRASIL (LIBRAS)

Por:   •  7/12/2018  •  2.309 Palavras (10 Páginas)  •  351 Visualizações

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Palavras-chave: Práticas Pedagógicas. Planejamento. Foco.

1 INTRODUÇÃO

O tema proposto do meu trabalho será: As Práticas Pedagógicas de um Professor de LIBRAS. Tem como objetivo geral observar a prática pedagógica de um professor de LIBRAS fora do espaço escolar.

Já os objetivos específicos foram:

- Pesquisar sobre a importância do professor e do interprete de LIBRAS para o processo de ensino e aprendizagem de uma criança surda;

-Investigar como o professor de LIBRAS em questão, oportuniza a aprendizagem dos alunos;

- Investigar os meios que o professor utiliza na sua prática pedagógica.

Ao participar das aulas de LIBRAS, percebi a necessidade de pesquisar e aprender um pouco mais sobre o assunto proposto. Aprendemos que a LIBRAS é uma língua viva, cativante e desafiadora. Portanto o professor tem um papel muito importante neste contexto, por isso ele precisa estar preparado, buscando novos rumos, novas maneiras de aprender e ensinar.

Devo abordar importantes aspectos de práticas pedagógicas do professor em questão como, por exemplo: A Educação dos Surdos no Brasil-LIBRAS, A importância do Professor/Tradutor/ de LIBRAS, Formação, Prática Docente e Entrevista com Professor/Interprete/Tradutor de LIBRAS.

Optei pela tipologia da prática real, pois acredito ser importante visitar o local onde as aulas são ministradas, participar de uma aula, observar e conversar com o professor de LIBRAS responsável pela turma, para que assim, possa haver uma reflexão, um repensar, levando-me a questionamentos referentes à prática proposta. A pesquisa também foi feita a partir de trabalhos publicados, site, livros e entrevista com um profissional da área em questão. A entrevista será feita com um questionário com perguntas previamente prontas sujeitas a alterações.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO BRASIL (LIBRAS)

De acordo com Basilier (1993):

Quando aceito a língua de outra pessoa, eu aceitei a pessoa... A língua é parte de nós mesmos... Quando aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-los; devemos ensiná-los, ajudá-los, mas temos que permitir-lhes ser surdo... (BASILIER, 1993, apud GESSER, 2009, p. 81).

LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), ela é a língua materna dos surdos, língua gestual-visual, sendo considerada a primeira língua, tendo características próprias. Logo que a educação dos surdos iniciou em nosso país, preocupava-se em ensinar a pessoa surda a “falar”, com o objetivo de curá-lo, salvá-lo; como se isso fosse mais importante do que aprender a ler e a escrever (COELHO, SILVEIRA, MABBA, 2012, p.26).

A história da educação para surdos percorreu um longo caminho, aconteceram muitas discussões, campanhas, reformulações, estudos, projetos e pesquisas durante um tempo, onde foram criados lugares (instituições) para a formação de professores de surdos no Brasil, sendo um longo caminho trilhado, passando por várias fases, aprimorando a visão do que vem a ser uma “pessoa surda”. (COELHO, SILVEIRA, MABBA, 2012, p.27).

Conforme Lima (2006), algumas abordagens tiveram um grande significado para o estudo da educação de surdos, como por exemplo: Abordagem Oralista - o aluno surdo deve assimilar a linguagem oral, tornando-se um “falante”. Abordagem da Comunicação Total – utiliza-se a linguagem gestual, sendo ela a preparação para a língua oral. Abordagem Bilíngue – é uma metodologia de ensino, onde é utilizada a língua de sinais (LIBRAS) e a língua portuguesa. (LIMA, apud COELHO, SILVEIRA, MABBA, 2012, p.27).

Percebe-se que tudo que foi e vem sendo realizado em nosso país em relação aos surdos, servem para uma compreensão maior do “indivíduo” surdo e o reconhecimento de suas diferenças e necessidades, para que possa haver um desenvolvimento pleno de seu saber mundialmente construído. (COELHO, SILVEIRA, MABBA, 2012, p.28).

2.2 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR/INTERPRETE E TRADUTOR DE LIBRAS

O professor, o interprete, o tradutor têm um papel muito importante e necessário para haver um entendimento, uma comunicação entre surdos e ouvintes, sendo valiosa para essa interação existir. Eles são o canal comunicativo, sendo a LIBRAS uma ferramenta que possibilita essa comunicação. Esse profissional muitas vezes é considerado a “voz” do surdo, mas não devemos esquecer que o surdo tem língua, identidade e cultura própria. (GESSER, 2009, p.47).

Seu trabalho vai muito mais além de apenas traduzir algo que não foi entendido; não sendo um trabalho simples, tendo como foco interpretar, facilitar, mediar, auxiliar a comunicação; não colocando o que pensa, ou sente sobre o assunto ou tema proposto e sim transmitir o pensamento da pessoa surda em questão, sem tornar o surdo um incapaz, fazendo com que ele, o “surdo” se sinta importante para aquela comunidade, sociedade, meio ou espaço, para que se sinta inserido, incluído. (COELHO, SILVEIRA, MABBA, 2012, p.138 e 139).

Ser professor/tradutor/interprete não é simplesmente “ouvir, o português falado e traduzir para um sinal”, é um trabalho sério, que exige respeito e responsabilidade, pois, a LIBRAS possui uma estrutura diferente do português e é necessário muita dedicação, estudo e empenho por parte desses profissionais. (COELHO, SILVEIRA, MABBA, 2012, p.146).

O interprete de LIBRAS precisa dominar a língua de sinais e a língua falada do país, ter qualificação e formação específica na área de atuação. Tendo domínio nos processos, modelos, estratégias, técnicas de tradução e interpretação. (GESSER, 2009, p.48).

2.3 FORMAÇÃO

Conforme Soares (2006): “faz-se necessário dominar conhecimentos, para que seja possível garantir a eficiência e eficácia da ação em prol do resultado, sendo pertinente buscar formação teórica a fim de se unir aos saberes práticos”. (SOARES, apud CONZATTI, 2014, p. 42).

Os professores precisam buscar e aprender sempre. Sendo a sua formação uma questão de valor inestimável e essencial para um bom desenvolvimento de suas atividades, sendo necessário procurar uma formação específica para uma área de atuação. O professor

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