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INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA

Por:   •  11/4/2018  •  4.386 Palavras (18 Páginas)  •  397 Visualizações

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A insatisfação de Gardner (1985) com a ideia de QI (Quociente de Inteligência que é uma medida obtida por meio de testes desenvolvidos para avaliar as capacidades cognitivas de um sujeito, em comparação ao seu grupo) e as visões unitárias e limitadas de inteligência que focalizam, sobretudo, as habilidades importantes para o sucesso escolar fizeram da Teoria das Inteligências Múltiplas uma alternativa para o conceito de inteligência como uma capacidade “inata, geral e única, que permite aos indivíduos um desempenho, maior ou menor, em qualquer área de atuação”.

Então este artigo vem discutir as possibilidades de uso das inteligências múltiplas e o ensino da Língua Inglesa como forma de facilitar o processo de ensino x aprendizagem.

Os professores têm fundamental importância no desenvolvimento das múltiplas inteligências das crianças e jovens, daí a necessidade de saber o que fazer para ajudar os alunos. No processo de aprendizagem da língua inglesa, por exemplo, é preciso que os professores percebam a metodologia viável a atividade em questão, de acordo com as inteligências predominantes que os alunos possuem para que a aprendizagem possa fluir da maneira mais prazerosa e natural possível, caminhando, sempre, sob os estímulos mais adequados e respeitando as individualidades percebidas em sala de aula.

Para que isso ocorra é fundamental que os professores tenham o conhecimento das possibilidades de atividades tendo por base a teoria das múltiplas inteligências.

De acordo com DEMO (2000:20), “a metodologia dedica-se a reconstruir teoria, conceitos, idéias, ideologias, polêmicas, tendo em vista, em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos no sentido de re-construir teorias, quadros de referência, condições explicativas da realidade, polêmicas e discussões pertinentes ao assunto abordado”.

Para DEMO (1994:36), a pesquisa teórica “não implica uma imediata intervenção na realidade, embora não deixe de ser importante por esse fator, pois seu papel é decisivo na criação de condições para a intervenção”. Nesse sentido, o conhecimento teórico adequado acaba por “acarretar rigor conceitual, análise acurada, desempenho lógico, argumentação diversificada, capacidade explicativa".

Este artigo utilizou uma metodologia descritiva proveniente de uma pesquisa bibliográfica com abordagem teórica quantitativa com o objetivo de fundamentar a temática das possibilidades de uso das inteligências múltiplas no processo de ensino aprendizagem da língua inglesa.

Os métodos quantitativos têm o caráter comum de supor uma população de objetos de observação comparáveis entre si. Esses objetos podem ser indivíduos, mas podem ser também grupos ou instituições e mesmo sociedade (CERVO; BERVIAN, 1983)

Pode-se ainda afirmar que a pesquisa se caracteriza por descritiva, por buscar uma análise que relacione os fenômenos, sem manipulá-los obviamente, de forma que possam ser discutidos dentro do campo do desenvolvimento das inteligências múltiplas de crianças.

O UNIVERSO DA INTELIGÊNCIA MÚLTIPLA

A palavra inteligência tem sua origem na junção de duas palavras latinas: inter (entre) e eligere (escolher). Em seu sentido mais amplo significa a capacidade cerebral pela qual conseguimos penetrar na compreensão das coisas escolhendo o melhor caminho. A formação de ideias, o juízo e o raciocínio são frequentemente apontados como atos essenciais à inteligência, resumida pelo dicionário Aurélio da língua portuguesa, como a faculdade de aprender.

Segundo Gardner (2000), existem áreas no cérebro humano que correspondem a determinados espaços de cognição como um ponto do cérebro, que abriga uma forma específica de competência e de processamento de informações.

Apesar da dificuldade de abordar quais são essas áreas, existe o consenso entre os pesquisadores de que cada uma delas expressa uma forma diferente de inteligência, ou seja, cada uma delas é responsável por parte do desenvolvimento de habilidades, pela solução específica de problemas ou criação de produtos válidos para uma cultura.

Essas áreas, de acordo com Gardner (1995), seriam oito e portanto, o ser humano seria “proprietário” de oito diferentes pontos de estímulos/conhecimentos de seu cérebro onde se abrigariam diferentes inteligências, são essas as inteligências que caracterizam o que ele chama de inteligências múltiplas.

Pode-se exemplificar a inteligência múltipla como pontos localizados em diferentes partes do cérebro humano, e cada um deles é responsável por aprimorar as habilidades que desenvolve ou que tem sido estimulada. Sendo elas a inteligência linguística ou verbal, a lógico-matemática, a espacial, a musical, a cinestésica, a naturalista e as inteligências pessoais, isto é, a intrapessoal e a interpessoal.

Analisando sucintamente as raízes biológicas da inteligência, Armstrong (2001) revela que ela é produto de uma operação cerebral que permite ao sujeito resolver problemas e até mesmo criar produtos que tenham valor específico dentro de uma cultura. Porém, é evidente, que a Inteligência não constitui apenas um elemento neurológico isolado independente do ambiente, por isso Lévy (1993) desenvolveu a noção de ecologia cognitiva, na qual avança para ultrapassar a visão isolada do conceito, mostrando que fora da coletividade, desprovido do ambiente, o indivíduo não pensaria.

Para Lévy (1993), todas as nossas inteligências nada mais são do que segmentos componentes de uma ecologia cognitiva que nos engloba. O indivíduo portanto não seria inteligente sem sua língua, sem sua herança cultural, sua ideologia, sua crença, sua escrita, seus métodos intelectuais e outros meios do ambiente. (Pierre Lévy, apud Antunes, 1998)

A escola com seu papel renovador e com estudos e novas descobertas sobre o comportamento cerebral, assume o papel de estimuladora das possibilidades de uso das inteligências múltiplas no processo de ensino e aprendizagem do aluno que necessita de mediação para aprender, desenvolver suas habilidades e estimular a inteligência.

Torna-se importante lembrar Smole (2007) quando diz que o educador não perde espaço nesse novo conceito de escola, pelo contrário, transforma a sua profissão na mais importante de todas pela simples missão de ser estimuladora da inteligência e agente orientador da felicidade. Ao referir-se ao professor como profissional que tem a missão estimuladora Smole faz relação à sua prática real, que é a de levar o aluno ao conhecimento, de estimulá-lo até que ele atinja o conhecimento

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