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Um crime no expresso do oriente

Por:   •  4/9/2018  •  1.889 Palavras (8 Páginas)  •  249 Visualizações

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- Ce n’est rien. Je me suis trompé.” que quer dizer: Não é nada. Enganei-me

O revisor apressou-se e foi até à porta onde tinha tocado a outra campainha.

Poirot decide voltar para a cama, mas fica perturbado pelo facto de que o comboio está invulgarmente quieto e a sua boca está seca. Enquanto está deitado e acordado, ouve Mrs. Hubbard tocar urgentemente a campainha. Quando Poirot chama o revisor para lhe pedir água, o revisor diz-lhe que Mrs. Hubbard acha que alguém esteve no compartimento dela, e que o comboio parou devido a uma tempestade de neve. O revisor vai-se embora e Poirot tenta ir dormir outra vez, mas é acordado de novo pelo barulho de um baque na sua porta. Desta vez, Poirot levanta-se e olha para fora do compartimento, e o corredor está completamente silencioso, e não vê nada a não ser uma mulher, de costas, vestida com um quimono escalarte, a desaparecer ao fundo do corredor.

No dia seguinte, Hercule Poirot descobre que Mr. Ratchett está morto, tendo sido esfaqueado doze vezes enquanto dormia. Porém, as pistas e as circunstâncias são muito misteriosas, algumas das chagas são muito profundas e algumas são superficiais. Para além disso, algumas delas parecem ter sido feitas por uma pessoa que usa a mão esquerda e algumas por uma pessoa destra.

Hercule Poirot com a ajuda do Dr. Constantine encontra muitas outras pistas no compartimento da vítima e no comboio, incluindo um lenço com a inicial "H", um limpador de cachimbos, dois fósforos e só um teria sido utilizado por Ratchett e um botão da farda de um revisor. Todas essas pistas sugerem que o assassino ou os assassinos foram um bocado descuidados. No entanto, cada pista aponta para suspeitos diferentes, o que sugere que algumas das pistas foram encenadas.

No entanto Poirot constata que um dos fósforos teria sido utilizado pelo assassino para queimar algum documento incriminador. Através de alguns processos num minúsculo pedaço de papel, aparecem apenas quatro palavras e parte de outra:

“-mbre-se da pequena Daisy Armstrong.”

Poirot descobre que Mr. Ratchett era um fugitivo dos E.U.A muito conhecido chamado Cassetti. Cinco anos antes, Cassetti raptara uma criança norte-americana de três anos de idade chamada Daisy Armstrong. Embora a família Armstrong tenha pago uma quantia considerável, Cassetti matou a pequena menina e fugiu do país com o dinheiro. A mãe de Daisy, Sonia Armstrong, estava grávida quando soube da morte de Daisy, e o choque dessa notícia levou-a a parto prematuro e Sonia e o bébé acabaram por morrer. O seu marido, o Coronel Armstrong, acabou por se suicidar e a empregada de Mrs. Armstrong, Suzanne, foi considerada suspeita pela polícia, apesar de afirmar que estava inocente, acabando por se suicidar também, atirando-se de uma janela. Pouco tempo depois foi considerada inocente.

Depois de tudo isto o detective interroga todos os passageiros um por um exceptuando o conde e a condessa Andrenyi. Com todos os depoimentos anotados e com todas as provas Poirot pára para pensar e mais tarde acaba por descobrir que todos os passageiros tiveram ligações com a família Armstrong:

- MacQueen, secretario de Mr. Raztchett era o filho do advogado encarregue do caso Armstrong.

- Masterman, o criado de Ratchett, foi servente pessoal do Coronel Armstrong durante a guerra.

- O Coronel Arbuthnot foi camarada e melhor amigo do Coronel Armstrong.

- Mrs. Hubbard, senhora americana, foi uma actriz conhecida pelo nome de Linda Arden e mãe de Sonia Armstrong.

- A Condessa Andrenyi era irmã de Mrs. Armstrong.

- A Princesa Dragomiroff, princesa russa, foi madrinha de Sonia Armstrong.

- Miss Debenham foi secretária de Mrs. Armstrong e educadora de Daisy.

- Miss Schmidt foi a cozinheira da família.

- Antonio Foscarelli, italiano, era o motorista da família.

- Miss Ohlsson, senhora sueca, foi enfermeira de Daisy.

- Piérre Michel, revisor, era o pai da criada, Suzanne.

- Hardman, americano, era um polícia que estava apaixonado por Suzanne.

Depois de meditar sobre as evidências, Poirot reúne os doze suspeitos, mais Monsieur Bouc e o Doutor Constantine na carruagem-restaurante. Ele explica que existem duas explicações possíveis para o assassinato de Ratchett.

A primeira explicação é que um estranho - inimigo de Ratchett - embarcou no comboio em Vinkovci, a última paragem, assassinou Ratchett e escapou sem ninguém dar por isso. O crime ocorreu uma hora mais cedo do que toda a gente pensava, porque a vítima e outros mais não se lembraram que o comboio tinha entrado numa zona com fuso horário diferente. Os outros barulhos ouvidos por Poirot na carruagem naquela noite não estavam relacionados com o assassínio. Todavia, o Dr. Constantine diz que Poirot deve prestar atenção de que esta explicação não explica totalmente todas as circunstâncias do caso.

A segunda explicação é muito mais sensacional. Todos os suspeitos são culpados. A primeira suspeição de Poirot foi tomada pelo facto de que estas pessoas serem todas de diferentes nacionalidades europeias. Poirot diz que isto raramente ocorre nos Estados Unidos da América, a "mistura de culturas", onde um escocês pode ser familiarizado com um italiano e um alemão, todos de diferentes classes sociais. Não havia outro sítio onde o assassínio poderia ter acontecido, dadas as evidências.

Poirot revela que os passageiros eram todos relacionados, empregados, amigos da família Armstrong, ou tinham ligações com o crime. Foram todos gravemente afectados pelo assassínio de Daisy e pelas consequências do crime. Quiseram fazer justiça pelas próprias mãos ao serem os executadores de Cassetti, para vingar um crime que a lei foi incapaz de punir. Cada um esfaqueou Ratchett uma única vez, para assim ninguém saber quem deu a facada fatal.

Doze dos conspiradores participaram para permitir um "júri de doze pessoas", com o Conde Andrenyi a actuar pela

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