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OS PRIMEIROS ANOS DE ENSINO: PRÉ-ESCOLA E JARDIM DE INFÂNCIA

Por:   •  23/12/2018  •  1.856 Palavras (8 Páginas)  •  566 Visualizações

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Na 8o série recordo que aconteciam as feiras de ciências e cultura .Era um momento muito especial oferecido pela escola, no qual os alunos podiam mostrar seus talentos, através de algumas atividades produzidas por eles. Por meio de maquetes e de demonstrações de experiências, conseguíamos vivenciar e adquirir novos conhecimentos, além da oportunidade de adquirirmos boas notas pelos trabalhos apresentados em grupo.

O período de férias que se seguiu foi o momento da decisão: em que escola estudar? Ir à mesma escola que meus colegas ou perseguir meus ideais? Resolvi ir para uma escola de ensino técnico.

A PRIMEIRA ESCOLHA: PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

Com quinze anos, iniciei o ensino médio na Escola Edson Queiroz, localizada em Cascavel-ce. Nessa época, por morar na cidade vizinha, precisava me deslocar todos os dias de ônibus. A escola proporcionava muitas oportunidades para a autonomia do aluno, oferecia laboratórios bem estruturados, uma biblioteca com os melhores exemplares de livros, quadras disponíveis para a prática de diferentes esportes, e uma infinidade de eventos realizados pelos próprios alunos. Mesmo passando boa parte do tempo na escola, ainda participei de um grupo de teatro que fazia apresentações de algumas peças teatrais no bairro. Durante meu percurso na escola técnica não me identifiquei com o curso de Informática e percebi a necessidade de abdicar desse curso, em contrapartida, tal experiência me proporcionou responsabilidade e independência.

A SEGUNDA ESCOLHA: SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO

A partir de então, comecei a estudar na escola de ensino médio Júlia Alenquer Fontenele, localizada na cidade em que morava Pindoretama. Diferente da anterior, essa não tinha uma estrutura tão boa quanto, mas haviam professores qualificados e um núcleo gestor competente. Logo de início, tínhamos aulas expositivas, dialogadas, trabalhos em grupos, provas, e notas. Participávamos ativamente do grêmio estudantil, no qual as decisões em relação a escola se dava juntamente a direção da mesma. Nesse período, lembro que já manifestava em mim o desejo de ser professora, a partir daí, comecei a ter um olhar mais reflexivo diante da minha futura prática profissional. Segundo Farias (2009, p.77),

A formação configura-se como uma atividade humana inteligente, de caráter processual e dinâmico, que reclama ações complexas e não lineares. Nesse sentido trata-se de um processo no qual o professor deve ser envolvido de modo ativo, precisando continuamente desenvolver atitudes de questionamento, reflexão, experimentação e interação que fomentem a mudança.

No final do ensino médio veio a dúvida: o que quero ser? Que profissão quero exercer? Quais os meus objetivos de vida? Era preciso escolher entre pagar uma faculdade ou tentar uma federal por meio do ENEM. Fiz exame vocacional e o resultado demonstrou fortes tendências para área da saúde ou social, então surgiu a dúvida se realmente seguir a carreira da docência era o certo a se fazer. Mas a docência era o que de fato eu almejava, e apesar de tantas dificuldades que circundam a carreira do professor, me vinha a mente que todas as carreiras profissionais possuem dificuldades. Escolhi a graduação em História por ser a disciplina com a qual eu mais me identificava, além de que os campos de estudo históricos bem abrangentes e expõe um imenso debate de argumentos racionais.

Em 2016 realizei o Exame Nacional do Ensino Médio que me ofereceria o acesso a educação superior por meio do Sisu ou do Prouni. Havia me preparado durante o ano todo, apesar da escola em que estudava está em greve- o que durou meses, continuei a estudar em casa e me reunia com os amigos pra discutir assuntos em grupo. Com o apoio dos meus professores e de familiares tive a chance de ingressar em uma das melhores universidades do país, faltava pouco.

Em 2017, fui aprovada no curso de Licenciatura em História na Universidade Federal do Ceará (UFC). O curso é muito significativo para minha formação, as disciplinas contribuem para melhoria do meu fazer pedagógico, os colegas são participativos e os professores são exemplos tanto em didática quanto em conhecimento.

Atualmente participo de um projeto voluntário, no município em que resido, que constitui em estimular o conhecimento nas escolas, por meio de atividades lúdicas e integradas ao currículo escolar. Com isso venho me identificando cada vez ais com a docência, concordo com Andrade quando afirma que “a educação e o amor são duas realidades inseparáveis, pois quem educa, necessariamente, ama e quem ama, necessariamente, educa”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Busquei desenvolver neste memorial uma síntese de minha trajetória intelectual que, em última análise, é a síntese evolutiva das ideias e concepções que fui construindo através do movimento da minha vida.

Posso afirmar que estou aprendendo que o educador deve ser constantemente um pesquisador buscando sempre soluções. Faz-se necessário que o educador se auto-avalie para buscar embasamentos teóricos essenciais à reconstrução de sua prática pedagógica. Tenho plena convicção que esta prática deve estar centrada em fazer vigorar a construção do saber, levando em consideração alguns aspectos como: o conhecimento prévio, as informações e opiniões através da oralidade e da escrita e um relacionamento afetivo e solidário, sempre se dispondo a ajudar, aliviando e/ ou amenizando as angústias dos alunos e buscando juntos a solução das dificuldades encontradas no decorrer de todo processo educativo das crianças.

Reconheço que é imprescindível a construção de uma educação que venha desenvolver competências, proporcionando a formação de cidadãos críticos, reflexivos e conhecedores dos seus direitos para que possam ter a perseverança e coragem de lutar por seus objetivos.

Aprendi muito, porém sei que sempre terei muito a aprender. Como disse Paulo Freire, 1975 “... inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele”, p.24.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Cleusa

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