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LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA INGLESA

Por:   •  9/3/2018  •  4.969 Palavras (20 Páginas)  •  328 Visualizações

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A literatura inglesa pode ser dividida da seguinte maneira: a) Período do Inglês Antigo ou Anglo-Saxão que vai de 450 até 1066. Durante esse período maior parte da poesia foi escrita para ser cantada por um trovador, uso da aliteração estrutural ou uso de sílabas com sons similares; Beowulf e os poemas de Caedmon são exemplos dessa fase literária; b) Período Médio, que vai de 1066 até 1485, marcado pela forte influência das formas e temas presentes nas literaturas francesas; c) O Renascimento, período que vai de 1485 até 1659 cuja presença de William Shakespeare fora marcante, esse momento também é conhecido como Era Elisabetana; d) A Restauração que vai de 1660 até a 1789, com a marcante participação de pensadores como Thomas Hobbes defendendo a volta ao absolutismo; c) A Era Vitoriana que vai de 1837-1901, período marcado por transformações sociais, tema presente nas obras de poetas Alfred Tennyson, Robert Browning, Matthew Arnold, Algernon Charles Swinburne e Dante Gabriel Rosetti. [11]

Durante um vasto período histórico, a Inglaterra foi tida como a soberana dos mares, senhora de todas as navegações. Sua capacidade bélica, comercial e sua influência cultural iam da Europa até as novas terras descobertas no Novo Mundo. Sua literatura vai ser marcada por esses períodos e evoluções, que vão desde as invasões bárbaras, que deram origem ao território inglês, como a Revolução Industrial, as mudanças sociais causadas pela mesma, assim como seus reis e monarcas como Elisabete I entre outros. Lançar um olhar sobre a literatura inglesa permite acompanhar essas transformações que causaram reflexos definitivos em vários outros âmbitos das relações humanas.

II – Literatura Inglesa – composição visual.

Algumas fases da literatura inglesa:

[12] a) A Literatura Anglo-Saxã: invasão anglo-saxã começou na primeira metade do SV, acompanhada de extensos movimentos migratórios de povos germânicos, entre eles os saxões. O poema Beowulf é um exemplar dessa fase, onde apresenta-se um poema com a estética classicista dos poemas épicos de Homero, narrando as aventuras de um herói. [13][pic 2]

[14]b) Período do Middle English : Inicia-se com a invasão de Guillermo o Conquistador, O primeiro poema importante deste período data de 1205, Brut Layamon. Conta uma história de tradição longínqua, que a Inglaterra foi fundada por Brutus, descendente de Eneas, fundador de Roma. De Brutus vem Britania. O mais célebre de seus descendentes foi Artur, que segundo a lenda libertou a Britania do jugo romano e lhe defendeu dos anglo-saxões.[15][pic 3]

c) Período da Era Elisabetana: cujo autor central foi William Shakespeare.[16] Compreende o reinado de Elisabete I que vai de 1558 a 1603. É marcado pela a Reforma protestante, logo uma ruptura com os dogmas da Igreja Católica. [pic 4]

Letra Escarlate de Nathaniel Hawthorne

A obra de Natahaniel Hawthorne A letra escarlate retrata, de início, uma história sobre adultério, tema este que esteve presente na literatura do século XIX em obras como O primo Basílio de Eça de Queiroz e Madame Bovary de Flaubert. O autor faz sua narrativa em Boston no século XVII, nos Estados Unidos da América. Para o autor, a maneira como o indivíduo negocia sua liberdade— a maneira como a liberdade do indivíduo pode crescer sem romper com os princípios de uma sociedade marcada pelo puritanismo, é uma preocupação central.[17]

O termo puritanismo, geralmente é relacionado a questões sexuais, porém a sua prática ou ética não se restringe à rejeição dos prazeres sexuais, como também não é somente honestidade, embora o puritanismo seja mesmo um conjunto de moralidades que inclui a honestidade. Também não é somente respeito à propriedade privada, vida religiosa, defesa da família nuclear[18]. Puritanismo foi um movimento em prol da reforma completa da Igreja Cristã da Inglaterra que teve início no reinado de Elizabete I (1558) e continuou por mais de um século como uma grande força religiosa na Inglaterra. [19]Os puritanos chegaram as novas terras na colônia norte americana através dos peregrinos – grupo separatista inglês que fundou a colônia de Plymounth na Nova Inglaterra, que fugiam da perseguição religiosa.[20]

Em A letra escarlate o autor revela a condição de marginalização da mulher. A interpretação puritana da vida coloca a mulher em condição de submissão ao homem. No século XVII (período de vida da personagem Ester), no século XIX (período de vida do autor) ou hoje (século XXI), a condição da mulher para a ética puritana é uma de exclusão do centro das decisões políticas concernentes à sociedade. À mulher fica destinado o ambiente próprio do lar, do interior da casa.

Nesta obra de 1850, o autor faz a narrativa da vida de Hester Prynne (personagem central do livro, entre 1642 a 1649, quando a mesma concebe uma filha fora do casamento e é condenada pela sociedade puritana de Boston a usar uma letra "A" (de adultério) vermelha no peito. A sua condenação por esse crime seu deu pelo fato de que seu marido se perde no mar e uma criança que não poderia ter sido concebida por ele vem ao mundo através de Hester, evidenciando a sociedade de Boston que a personagem cometera um pecado: o adultério, que ao recusa a identificar o pai da criança nascida, então é condenada a usar a letra escarlate do título.

O pai da criança nascida de Hester, Roger Chillingworth, é um ancião médico que ao retornar à cidade descobre que a sua mulher está sendo condenada. O mesmo pressiona Hester que revele o nome do amante, porém a mesma continua a se recusar a falar, então o médico a obriga a esconder o segredo de seu regresso do mar e passa a viver como médico na aldeia. Com o passar dos anos, Hester passa a se sustentar como costureira, se exilando do convívio social. Com a intervenção do ministro Arthur Dimmesdale, ministro, a cidade não consegue separar a mãe de sua própria filha.

Nesta obra, o autor Nathaniel Hawthorne busca lançar a discussões sobre moral, intolerância e condenação, onde pode-se observar em Hester e Arthur a dualidade entre pecado e condenação. Roger Chillingworth representaria a raiva da alma, a sociedade chocada pelo ato impuro e inaceitável de Hester. Pearl, a criança, seria um símbolo, a própria letra escarlate, que mesmo inocente, leva a culpa do pecado de seus pais. O confronto entre as gerações se dá entre os puritanos e os que erraram: a falta de humanidade, intolerância para com o próximo. O antigo contra um novo mais flexível, mais perdoável.

A personagem

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