LETRAS-HABILITAÇÃO: LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS
Por: Sara • 17/7/2018 • 1.307 Palavras (6 Páginas) • 451 Visualizações
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O aluno é sempre respeitado e considerado capaz de governar suas ações rumo à aprendizagem, o professor cria as condições de atuação do aluno e deve ser especialista em relações humanas e despertar confiança e respeito pelo aluno. Valoriza-se a auto avaliação do aluno como parte da aprendizagem, da autocrítica e da responsabilidade.
A educação deve facilitar a aprendizagem do aluno como objetivo de liberar a sua capacidade de autoaprendizagem de forma que seja possível seu desenvolvimento tanto intelectual quanto emocional.
A tendência liberal tecnicista tem como parâmetro o aperfeiçoamento das competências e habilidades do indivíduo em prol da ordem social vigente para o mercado de trabalho, não se preocupando com as mudanças sociais. Sua meta consiste em formar alunos competentes para o mercado de trabalho, transmitindo informações precisas e rápidas.
A escola tecnicista vê o aluno como depositário passivo dos conhecimentos, que devem ser acumulados na mente através de associações. O ensino é baseado na competência, sendo a avaliação diretamente ligada aos objetivos propostos. A avaliação consiste na verificação do que o aluno aprendeu face aos objetivos propostos.
As tendências progressistas segundo Libâneo partem de uma análise crítica da realidade e tem como eixo central o contexto sócio-político-econômico-cultural da sociedade, dividem-se em: Libertária, Libertadora e Crítico-social.
Na tendência progressista libertária espera-se que a escola exerça uma transformação na personalidade dos alunos num sentido libertário e autogestionário.Seus princípios pedagógicos buscam formar alunos competentes e autônomos, que possam agir de forma crítica. O professor, se interage com o grupo, participando das discussões, é considerado superior em relação ao aluno, a aprendizagem acontece de maneira informal.
A pedagogia libertadora possibilita ao aluno uma leitura de mundo mais crítica e transformadora. A relação professor e aluno não é imposta, mas o professor procurará criar condições para que, juntamente com os alunos possam perceber as contradições da sociedade e grupos em que vivem. Quanto à avaliação, prevalece a auto avaliação, priorizando a abordagem formativa, é uma proposta de trabalho não formal. O professor é visto como orientador do ensino, centrando seu trabalho em temas sociais e políticos, visando a ação transformadora da realidade e seus problemas. Enfatiza o diálogo, o trabalho em grupo, debates, relatos de experiências
A tendência progressista Histórico-Crítica visa a conscientização da determinação exercida pela sociedade sobre a educação, a educação também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para a sua própria transformação. O professor é o mediador do processo de ensino-aprendizagem e o aluno, como ser concreto.
Essa pedagogia valoriza a experiência do aluno, confronta seus saberes com os saberes científicos, construindo novos saberes. O professor é um mediador, que valoriza os conhecimentos do aluno e acredita no desenvolvimento de suas potencialidades. A pedagogia crítico social dos conteúdos estabelece como função da escola a difusão dos conteúdos de forma contextualizada vinculada à experiência concreta do aluno.
A educação é vista como processo de troca que parte da experiência do aluno.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As práticas educativas aplicadas em aula vinculam-se a uma pedagogia, ou seja, a uma teoria de educação. Ao mesmo tempo, nossas práticas e teorias educativas estão impregnadas de concepções ideológicas, filosóficas, que influenciam tal pedagogia. Nossa concepção de mundo embasa as correspondências que estabelecemos entre as aulas e as mudanças e melhorias que acreditamos prioritárias na sociedade. Um breve conhecimento das principais ideias e suas ações de ensinar, aprender e avaliar das tendências teóricas da educação escolar pode me ajudar a compreender melhor as questões pertinentes entre a prática educacional e sua relação com a nossa vida. A educação escolar e o meio social exercem ação recíproca e permanente um sobre o outro. Para os educadores mais otimistas a educação escolar é pensada de forma idealista, considerando-a muito influente e capaz de mudar, por si só, as práticas sociais. Em oposição a estes, existe um outro grupo de professores que acreditam que é a sociedade, com suas práticas, que determinam totalmente a educação escolar, a qual por sua vez é considerada reprodutora dessa sociedade, sendo capaz de mudá-la. Analisando essas proposições percebe-se que ambas precisam ser consideradas. No entanto, é importante definir quais particularmente desses posicionamentos queremos destacar em nossas aulas, quais queremos conservar e quais queremos assumir para atingirmos uma nova posição mais realista e progressista, na qual a educação escolar possa contribuir (e não responsabilizar-se sozinha) nas transformações sociais/culturais necessárias.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação.São Paulo: Editora Moderna, 1998.
LIBÂNEO,José Carlos.Democratização da Escola Pública. São Paulo : Loyola, 1990.
SAVIANI.Dermeval. Escola e democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997.
VAGULA,Edilaine et al.Didática.Londrina:
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